‘Regimes semiaberto e aberto no Brasil não deram certo’, diz chefe do MPMT

Gazeta Digital • 9 de fevereiro de 2025

Rodrigo Fonseca, o novo procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, defendeu a mudança na forma como são cumpridas as sentenças criminais no Brasil. Para o chefe do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), os regimes “semiaberto e o aberto no Brasil não deram certo”. Ele também se posicionou contrário à redução de pena e pontuou: “se é 30 anos, tem que ficar 30 anos preso”.

 

O procurador-geral citou que existe uma mobilização nacional em busca de soluções no combate ao crime organizado. Enquanto uns, como o governador Mauro Mendes, propõem mudanças nas leis penais, outros apresentam sugestões diferentes. Para Fonseca, o foco deveria ser na forma como as penas são aplicadas.

 

“Por que se chega a essas penas tão grandes, de 136 anos? É evidente que uma pena dessas... não digo desnecessária pela gravidade do crime, mas digo que é impossível de ser cumprida por completo. (...) Eu acho que a discussão é a seguinte: é 30 anos [a pena], tem que ficar 30 anos preso. Porque se imaginarmos um sujeito de 40 anos vai sair com 70, não tem como falar que é pouco”, afirmou.

 

O procurador-geral afirmou que o ponto mais negativo da legislação penal brasileira é justamente este da redução de pena, pois permite a ocorrência de casos, segundo ele, onde “a pena é de 10 anos e o cara cumpre um ano e meio preso”.

 

“Em alguns crimes eu acho que poderia até reduzir, não tem problema. Um furto, era pra cumprir um ano, vai cumprir 6 meses, mas preso. Eu acho que essa é a discussão, a forma de cumprimento da pena, porque o [regime] semiaberto e o aberto no Brasil, eles não deram certo, nós estamos com dificuldades com estes regimes”, disse o chefe do MP.

 

Atualmente, o regime semiaberto em Mato Grosso é efetivado através do uso de tornozeleiras eletrônicas. Como não existe um prédio específico para atender as exigências legais, a transição, na prática, se dá do regime fechado ao aberto, com o monitoramento.

 

“Então assim, uma pena de 200 anos, se for 50 já está ótimo, é muito difícil alguém que vai romper aquela barreira. Agora o maior problema é que não podem ser 50 anos que virem 10, aí ficou muito pouco. Não podem ser 10 anos que virem dois. Então eu acho que essa é a discussão principal”, pontuou o procurador-geral.


Por Redação 27 de maio de 2025
Agora é oficial. Apaixonados pelo rock já podem preparar a camiseta de banda, o coturno e a bandana, pois Cuiabá receberá o show da banda norte-americana Guns n’ Roses ainda este ano. A informação, veiculada inicialmente por um perfil de página de fãs do grupo musical no Instagram no último dia 20 de maio, foi confirmada pelo secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso, David Moura, nesta terça-feira (27). David Moura comentou que ainda ontem, segunda-feira (26), esteve reunido com membros da equipe da banda para alinhar detalhes do show e garantiu que ainda esta semana o contrato será assinado. De acordo com o secretário, um grupo de 8 membros da equipe dos artistas estiveram na Arena Pantanal para uma vistoria técnica e, segundo ele, gostaram bastante do que viram e ficaram surpresos com a estrutura. Após a visita, a equipe partiu rumo ao Rio de Janeiro. A data definitiva para a vinda da banda ainda não foi cravada, mas deve ocorrer entre fim de outubro e começo do mês de novembro. Questionado Moura confirmou que o show será na Arena Pantanal e não no Parque Novo Mato Grosso, como chegou a ser divulgado em alguns veículos. As movimentações intensas de obras e outros eventos que devem ocorrer para promoção do local. Em relação a valores de ingressos e outros detalhes, o secretário adiantou que ainda não há definições e que a equipe fará uma avaliação também em relação a este ponto. Moura acrescentou que a pasta deve se pronunciar de forma oficial ainda hoje ou até amanhã sobre o show. Além de Cuiabá, outras cidades brasileiras também estavam em uma lista divulgadas por fãs sobre destinos de shows no país para a tour Because What You Want & What You Get Are Two Completely Different Things 2025. São elas Florianópolis, São Paulo, Curitiba e Brasília.
Por Gazeta Digital 27 de maio de 2025
Um dos líderes do grupo que incitava automutilação, suicídio e outras práticas humilhantes na internet, adolescente de 15 anos e morador de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), vendia fotos e vídeos pornográficos das vítimas, que são menores de idade. Ao mês, ele lucrava até R$ 3 mil. Durante coletiva de imprensa da Operação Mãos de Ferro 2, deflagrada nesta terça-feira (27), o delegado Gustavo Godoy, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), contou que a investigação descobriu que ele abriu uma conta bancária falsa, usando o nome de uma mulher. Era por essa conta que o líder recebia o dinheiro das imagens vendidas online, por meio de grupos no Telegram. “Eram imagens vazadas dessas meninas, das vítimas, que ele vendia no ambiente virtual. Além disso, a gente constatou armazenamento desse conteúdo de pedofilia, imagens de nudez envolvendo menores”, disse. Delegado destaca que, além da maldade, o grupo pensou em lucro. “A gente apurou que as fotos eram vendidas por R$ 5, R$ 10. Se ele vendesse, de repente, 10 por dia, ganha R$ 100. Em um mês, são R$ 3 mil. Um adolescente lucrando isso. Ele sabia que era errado, tanto que usava a conta aberta com documentos falsos”, disse. O líder ganhava a confiança das vítimas, que conhecia online, trocavam “nudes” e, com base nisso, ele começava a extorquir as adolescentes. “Ele dizia que se elas não fizessem o que ele queria, ia divulgar as fotos para a mãe, para o pai, elas eram acuadas e coagidas a fazer esse tipo de conteúdo, se cortar, tomar água da privada e outros”, disse. Godoy relembra ainda que, além do episódio que a jovem pega água da priva e beber, o grupo a fazia comer pedaços de papel que estavam escritos os nomes dos membros do grupo. O delegado titular da DRCI, Guilherme Berto Nascimento Fachinelli, ressaltou a importância da continuidade e do aprofundamento das ações repressivas contra este tipo de criminalidade. “A atuação integrada entre os estados e o Governo Federal tem sido fundamental para identificar e neutralizar redes criminosas que operam no ambiente digital, aliciando vítimas vulneráveis. Essa operação representa mais um avanço no enfrentamento de crimes cibernéticos, reforçando nosso compromisso com a proteção da infância e juventude e com a responsabilização daqueles que atentam contra direitos fundamentais por trás da aparente impunidade da internet”. A operação ocorreu de forma simultânea em 12 estados brasileiros, com a participação das Polícias Civis do Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo. Ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados judiciais, incluindo busca e apreensão, prisão temporária e internação socioeducativa. As ações estão concentradas nos municípios de Manaus e Uruçará (AM); Mairi (BA); Fortaleza e Itaitinga (CE); Serra (ES); Sete Lagoas e Caeté (MG); Sinop e Rondonópolis (MT); Aquidauana (MS); Marabá, Barcarena, Canaã dos Carajás e Ananindeua (PA); Oeiras (PI); Lajeado (RS); São Domingos (SE); São Paulo, Guarulhos, Porto Feliz, Itu, Santa Isabel e Altair (SP).
Por Gazeta Digital 27 de maio de 2025
Justiça declarou inconstitucionais a lei que aumentou os salários do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores do de São José do Xingu (953 km de Cuiabá) para a mesma legislatura (2021-2024). A decisão atendeu a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pelo Procurador-Geral de Justiça (PGJ). As leis são de dezembro de 2021 e fixavam o salário dos vereadores em R$ 4.7 mil mensais, com valor de R$ 7.2 mil para o presidente da Câmara. O prefeito receberia R$ 18.812,04, o vice R$ 9.406,02 e os secretários municipais R$ 5.9 mil. Em decisão unânime proferida pelo Órgão Especial da Corte, em sessão realizada no dia 15 de maio de 2025, a desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho destacou que “não restam dúvidas quanto à necessidade de aplicação do princípio da anterioridade na fixação dos subsídios de quaisquer agentes políticos”. Para a relatora, a promulgação das leis dentro da própria legislatura à qual se aplicariam configura violação ao texto constitucional. “As normas foram promulgadas em 14 de dezembro de 2021, já dentro da legislatura 2021–2024, razão pela qual resta configurada a ofensa constitucional”, pontuou. A magistrada ainda refutou a “manobra” da Câmara de que os projetos haviam sido votados ainda em 2020, mas só promulgados no ano seguinte. “A data que importa para efeitos de aplicação do princípio da anterioridade é justamente a data da promulgação, do mesmo modo que não é relevante que os efeitos concretos tenham sido aplicados apenas em 2022”, disse. Ao acolher a ação proposta pelo Ministério Público, a desembargadora também determinou que os valores pagos até o momento não deverão ser devolvidos, citando entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, a Corte declarou a inconstitucionalidade das leis com efeitos válidos a partir da decisão e não retroativos. A fixação dos subsídios, conforme reforçou o acórdão, deve respeitar o princípio da anterioridade, sendo definida por cada legislatura para a seguinte. “Em homenagem à boa-fé, para que os beneficiados não sejam compelidos à devolução do quantum remuneratório percebido, entendo que merece acolhimento, pois em consonância com o posicionamento do Supremo Tribunal Federal”, finalizou.
Por Gazeta Digital 27 de maio de 2025
O União Brasil em Mato Grosso, dirigido pelo governador Mauro Mendes, marcou para 2 de junho, a grande reunião partidária da sigla, unindo os correligionários para traçarem os próximos passos do partido diante das eleições de 2026. No ano passado, nas eleições municipais, o partido acabou liderando o ranking de sigla com mais prefeito eleito, embora tenha perdido em cidades importantes como em Cuiabá, onde lançou Eduardo Botelho; Várzea Grande apoiando Kalil Baracat (MDB) e Rondonópolis com a derrota de Thiago Silva (MDB). A informação foi confirmada pelo deputado estadual Júlio Campos em entrevista nesta segunda-feira (26). De acordo com o parlamentar, mesmo faltando mais de um ano para as eleições, o encontro vem tarde, diante das movimentações de outros partidos. “Dia 2, haverá uma reunião do partido, com a presença dos membros do diretório municipal e do diretório estadual. É necessário começarmos a nos posicionar, é uma preocupação grande, da bancada estadual na Assembleia por inatividade do diretório regional que não prepara uma chapa para disputar a Assembleia e a Câmara”, disse o deputado. Campos ainda opinou que apenas as candidaturas ao Estado e Senado estão pré-definidas, citando Jayme Campos e Mauro Mendes, respectivamente. Ele lembra que a sigla sequer tem nome suficiente para disputar a Câmara Federal e já teme um desfalque na bancada estadual na Assembleia Legislativa. “Para majoritária temos dois nomes definidos, Jayme ao Governo e Mauro ao Senado, mas temos que montar chapa boa para federal, que temos dois ou três nomes: Gisela Simona e Fábio Garcia”, explica. “A Janaina Riva e sua equipe, com o Leo Bortolin, faz um grande trabalho municipalista fortalecendo a chapa do MDB. O Republicanos, comandado pelo vice-governador Pivetta, já está se movendo com Neri Geller. O Podemos, já está agregando uma belíssima chapa. O PT e o Fávaro estão se movimentando. Nós estamos parados. Precisamos começar agilizar, se for 30 vagas na Assembleia, temos que ter 31 candidatos. Temos que trabalhar agora com ex-prefeitos e vereadores”, continua. O União Brasil em Mato Grosso, foi o partido que mais elegeu prefeitos nas eleições no Estado. A sigla considerada Centro Direita conseguiu fazer 60 prefeitos. Em segundo lugar surge o Partido Liberal, regido pelo ex-vereador rondonopolitano Anânias Filho, com 22 prefeituras. Por fim, o MDB, tocado por Carlos Bezerra, elegeu 17 prefeitos.
Por Mídia News 27 de maio de 2025
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta terça-feira (27), a Operação Ludificatum, para cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão contra investigados envolvidos em fraudes em concursos públicos realizados em diversos estados do país. A ação, coordenada pela Delegacia de Ribeirão Cascalheira, ocorre nos estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. As investigações apontam que duas empresas, pertencentes a familiares, organizaram concursos públicos com suspeita de fraudes em diversos municípios do país, com diversas irregularidades que comprometem a lisura dos processos. Nos endereços físicos cadastrados nos sites e registros oficiais das empresas investigadas funcionam outras empresas, o que reforça questionamento sobre o processo de elaboração, impressão e correção das provas. Os documentos e depoimentos mostram que, por vezes, a contratação dessas empresas está ligada a uma rede de favorecimento envolvendo familiares e associados, o que pode caracterizar a manipulação de concursos e prejudicar candidatos que participaram de forma legítima. Também foi constatado que muitas questões das provas eram idênticas entre as duas empresas, indicando o compartilhamento de banco de dados. A investigação teve origem em denúncia formalizada pela Unidade de Controle Interno do Município de Ribeirão Cascalheira, que apontou irregularidades no concurso público nº 01/2024 realizado pela Prefeitura local, incluindo suspeitas sobre o processo licitatório, curto prazo para execução do concurso violando disposição legal, contratação via dispensa de licitação e favorecimento na aprovação de diversos candidatos ligados ao poder público municipal. Entre os casos investigados, destaca-se um boletim de ocorrência de 2020 em Caiapônia (GO), onde uma empresa teria tentado coagir concorrentes da licitação oferecendo dinheiro para desistência, e outro registro em 2021 em Gaúcha do Norte (MT), em que houve confusão na aplicação do concurso para auditor interno, gerando dúvidas sobre a validade do certame. Em Jaciara, a suspeita de fraude foi identificada no processo licitatório para contratação de empresa organizadora, indicando direcionamento do certame para uma das empresas envolvidas, ambas pertencentes a parentes. Segundo o delegado de Ribeirão Cascalheira, Diogo Jobane Neto, responsável pelas investigações, a ausência de garantias mínimas de segurança digital, somadas às falhas na contratação e execução do concurso reforçaram a necessidade de diligências para esclarecer a extensão das irregularidades e possíveis fraudes. “A falta de uma banca examinadora legítima, ausência de endereço físico, associadas a uma série de outras falhas e irregularidades, como ausência de registros de empregados, levantou dúvidas sobre a idoneidade da empresa, que não comprovou sua capacidade técnica para realizar concursos públicos e sequer informou quem seriam os profissionais responsáveis pela elaboração e aplicação das provas, comprometendo a confiança no processo”, disse o delegado.
Por Gazeta Digital 27 de maio de 2025
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) investiga a empresa Capital Consig S.A, responsável por empréstimos consignados aos servidores estaduais. O inquérito foi instaurado após denúncias de fraudes e práticas lesivas aos funcionários públicos. Na tarde desta segunda-feira (26), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) também implementou uma mesa técnica para apurar as queixas dos servidores quanto a práticas abusivas. Há casos em que o servidor contratou R$ 2 mil e a dívida já passa dos R$ 700 mil. Outras denúncias tratam de valores contratados superiores aos recebidos e taxa de juros calculada sobre o montante maior. O promotor de Justiça Miguel Slhessarenko Junior aponta, ainda, a necessidade de apurar a responsabilidade da empresa e de eventuais instituições financeiras terceiras pela execução irregular dos serviços, bem como a necessidade de adoção de medidas corretivas para reparação dos danos causados aos consumidores e prevenção de novas irregularidades. A tramitação do inquérito decorre da força-tarefa instituída pelo Decreto Estadual nº 1.454, de 20 de maio de 2025, com o objetivo de apurar indícios de práticas abusivas e lesivas aos direitos dos consumidores, identificadas nos relatórios de auditoria elaborados pela Controladoria-Geral do Estado de Mato Grosso (CGE). Os documentos apontam que, no contexto dos contratos de crédito consignado firmados entre servidores públicos estaduais e a empresa Capital Consig S.A., houve a liberação de valores inferiores aos acordados nas Cédulas de Crédito Bancário (CCB). Além disso, em diversas operações, os valores efetivamente creditados nas contas dos servidores foram inferiores aos estipulados nos contratos, gerando prejuízo financeiro aos consumidores. Também teria sido identificada a transferência indevida da execução dos serviços de concessão de crédito consignado para terceiros não autorizados. “Os relatórios apontam que parte das operações de crédito foi transferida para instituições financeiras não conveniadas ao Estado, como a Cartos Sociedade de Crédito Direto S.A. e a BRK S.A. Crédito, Financiamento e Investimento, sem autorização da SEPLAG ou da Desenvolve MT”, destacou o promotor de Justiça. Segundo o promotor, os servidores públicos relataram significativa dificuldade para acessar os contratos de empréstimo firmados, tendo, em muitos casos, recorrido a órgãos de defesa do consumidor. “A terceirização comprometeu gravemente a rastreabilidade das operações, a segurança contratual e a clareza das informações prestadas aos servidores, em afronta à legislação consumerista e às normas de regência dos convênios públicos.” Para o promotor de Justiça, embora a empresa tenha reconhecido algumas falhas e alegado ter adotado medidas corretivas, estas foram implementadas apenas após a instauração de procedimento administrativo, sem correção monetária dos valores devidos e sem ampla comunicação aos consumidores afetados.
Por Gazeta Digital 26 de maio de 2025
Durante a implantação da mesa técnica para discutir o superendividamento do funcionalismo público, o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), Sérgio Ricardo, definiu a situação como uma "bagunça generalizada na vida do servidor” e demonstrou surpresa e estranhamento com os valores de consignados registrados. Conforme dados levantados, de 104 mil servidores públicos do Estado, estima-se que 62 mil deles, um percentual de mais de 59% possuam empréstimos consignados. Além disso, 42% excedem os limites de empréstimos. “Temos que revisar. Tem números que me parecem estranhos, exorbitantes demais. Iremos visitar todos esses nomes e números. Vamos discutir isso. Tem caso de servidor que só pode ser erro, ele emprestou R$ 2 mil e deve R$ 717 mil, deve ser um erro, uma distorção, não tem como. Tem um que emprestou R$ 1.205 e deve R$ 6 mil, emprestou R$ 14 mil e deve R$ 8.801, emprestou R$ 1 mil e deve R$ 299 mil”, disse. Dados repassados pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag-MT) ao Tribunal de Contas de abril de 2025, referente aos últimos 36 meses e apresentados durante a reunião, mostram exemplos de créditos concedidos em que servidores receberam um valor, mas no contrato constam dívidas mais que o triplicadas em alguns casos. Os dados chamaram atenção e chegaram a ser apontados como possível erro de extração do sistema ou mesmo casos reais que serão avaliados e analisados. Sérgio Ricardo ainda citou que existem 4 mil ações de servidores que entraram na Justiça questionando juros e situações que constam empréstimos em um valor, no entanto, o recebimento se dá em outro. Ele ainda avaliou que a empresa Capital Consig deve estar “perdida” ou “equivocada” nos números e citou falta de capacidade técnica e competência do gerenciamento de números, que avaliou como um caso de repercussão nacional. Entre os valores apresentados repassados a empresas consignatárias, estão R$ 1,363 bilhões de maio de 2022 a abril de 2023, R$ 1,562 bilhões de maio de 2023 a abril de 2024 e ainda R$ 1,714 bilhões de maio de 2024 a abril de 2025. Entre as consignatárias com os maiores repasses, a Capital Consig figura com um crescimento de R$ 4.589.207,27% ,tendo recebido R$ 106.351 no 2º quadrimestre de 2022 e R$48.807.650 no 1º quadrimestre de 2025. Para o presidente do Tribunal, o decreto nº 691 de 12 de setembro de 2016 que regulamenta a situação dos consignados é “confuso” e sugere que a partir da instalação da mesa, em conjunto com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) por meio de seus deputados, uma nova lei seja criada para definir um teto para os empréstimos. “A ideia é organizar isso, o Tribunal vai sugerir e orientar. Hoje vai sair daqui uma orientação do TCE-MT uma revisão geral neste decreto. [...] Não dá mais pra continuar assim, temos que ter diretrizes”, pontuou.
Por Gazeta Digital 26 de maio de 2025
Diante das mais distintas conjecturas políticas, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) já saiu na defesa de que seu partido tente angariar siglas voltadas ao centro, ou até mesmo centro-direita como o MDB. O parlamentar visa formar alianças e agregar ao arco da esquerda em Mato Grosso, que há algum tempo se fragiliza com a permanência de apoio ao bolsonarismo. Em entrevista ao , Lúdio afirmou que o melhor caminho para o PT em 2026 é tentar formar frente ampla, unindo os partidos que já federalizam desde 2022, como PSD, Pc do B, PV, Rede, bem como novos: PSB, MDB e até parte do União Brasil, que, em sua visão, deve se desmanchar por rachas internos. O espaço de abertura do MDB, de acordo com Lúdio, seria motivado pelo rompimento do apoio da deputada Janaina Riva (MDB) ao governo do Estado. Há cerca de um mês, Mauro Mendes (União) e a parlamentar protagonizam grandes embates. “Há espaço para uma frente bem ampla, para a disputa de 2026. PT, PSD, PCdoB, PV, PSB, o MDB cabe nessa. Tem, na minha opinião, espaço na majoritária. Tem espaço até para um pedaço do União Brasil, porque a gente não sabe qual o destino, o rumo que a União Brasil irá tomar. Pode ter um campo próprio, pode se aliar à extrema-direita”, avaliou o deputado. Questionado se teme uma ausência de quadros para candidaturas ao Estado, Senado e Câmara Federal, Lúdio afirmou que a esquerda possui bons nomes para cumprir a tarefa. “O Zé Carlos do Pátio é um nome qualificadíssimo para a disputa do governo do Estado. A doutora Natacha é outro nome qualificadíssimo que também pode nos apresentar na disputa do governo do Estado. O Fávaro é candidato à reeleição para o Senado. O Rosa Neide é uma liderança estadual importante do PT para a disputa de federal, também para a disputa de chapa majoritária. Então, assim, nós temos todas as condições de nos posicionar bem em 2026”, garantiu.
Por Gazeta Digital 26 de maio de 2025
Policial Militar Ricker Maximiano de Moraes, 35, que matou a esposa Gabrieli Daniel de Sousa, 31, na tarde de domingo (25), no Praerinho, em Cuiabá, se entregou na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e foi autuado por feminicídio nesta segunda-feira (26). A arma usada no crime também foi entregue. A informação foi confirmada pelo delegado Edison Pick, que trabalhou na cena do crime. Segundo ele, Ricker ficou em silêncio e deve passar por audiência de custódia ainda nesta segunda. A motivação do crime não foi revelada. Após matar Gabrieli, o PM levou os dois filhos do casal, de 3 e 5 anos, para a casa do pai, em Cuiabá. Lá, ele deixou o carro utilizado na fuga e a arma do crime. Polícia Militar chegou antes do local, pegou a arma. Pick criticou a ação dos policiais que “mexeram na cena”. “Mais uma vez a PM veio mexer na cena do crime, isso atrapalha demais. Não sei quem tirou. O procedimento agora é esperar a arma ser apresentada e explicar o motivo de ela ser retirada do local”, disse o delegado na porta da casa do pai de Ricker, no Jardim Tropical. Pai de Ricker também é policial militar, mas está aposentado. Conforme apurado pelo , equipes da Delegacia de Homicídios (DHPP) foram informadas que “a arma pertence a PM e que, por essa razão, seria entre em outra data na Central de Flagrantes”. Crime  Passava das 17h20 quando a polícia foi acionada para uma ocorrência de feminicídio no bairro Praeirinho. Quando a equipe chegou, encontrou o corpo de Gabrieli na cozinha da casa. A morte já tinha sido confirmada pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela estava ferida com 3 tiros de calibre .40. Uma testemunha contou que não ouviu nenhuma briga, apenas os disparos de arma de fogo. Porém, pensou que se tratava de fogos, já que na hora o jogo do Flamengo estava terminando. Depois, saiu na rua e viu o policial fardada saindo de casa com os dois filhos. A motivação do crime é investigada.
Por Gazeta Digital 26 de maio de 2025
Um policial militar matou a própria esposa a tiros, na noite deste domingo (25), na residência do casal, localizada na Rua Paraju, ao lado da casa 83, no bairro Praeirinho, em Cuiabá. Após o crime, o suspeito fugiu do local com uma criança no colo, que seria filho do casal. As primeiras informações indicam que a mulher foi alvejada dentro da própria casa. Vizinhos ouviram barulho de tiros vindo da residência e, logo em seguida, visualizaram o homem, que estava fardado, deixando o imóvel carregando uma criança.  Os moradores acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), relatando os disparos e o desespero ao verem o policial saindo armado do local. A irmã da vítima chegou à residência pouco tempo depois da tragédia. Equipes da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e do Instituto Médico Legal (IML) estão no local do crime e o suspeito ainda não foi localizado. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). (com informações de Angélica Gomes, TV Vila Real)
Mais Posts