Pix automático: como funciona a nova modalidade de pagamento?
Em 2025, o Pix ganhará uma nova funcionalidade para facilitar dispêndios de contas e mensalidades: o Pix automático — o Banco Central (BC) faz nesta quarta-feira (04) a apresentação oficial da categoria.
O mecanismo permite que pagamentos recorrentes a empresas, como contas de água, luz, academias, assinaturas, condomínio, entre outros, sejam feitos automaticamente. Em outras palavras, a função é uma versão mais avançada do débito automático.
A principal diferença entre os dois métodos é que o débito em conta precisa de um convênio entre empresas e bancos, já o Pix automático pode ser autorizado por qualquer pessoa para qualquer empresa.
Segundo o Banco Central, a novidade tem como intuito oferecer a praticidade do Pix e mais inclusão para consumidores e empresas na hora de pagar as contas. O BC destaca que a ferramenta mantém os mesmos padrões de segurança do Pix. No caso de ocorrer algum problema, o usuário pode acessar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do BC.O relatório da Moody’s sobre o impacto dos sistemas de pagamento instantâneo na América Latina identifica que essas funcionalidades estão remodelando todo o setor bancário, com implicações para receitas bancárias e competição no setor. “Inspirada pelo êxito do Pix, a Colômbia prepara o lançamento do Bre-B, sistema semelhante com potencial para reduzir a forte preferência nacional por dinheiro em espécie”, disse a Moody’s.
A operação do Pix automático será totalmente disponibilizado para todos os usuários em 16 de junho.
Como funcionará?
Na nova função, o cliente só precisa autorizar o pagamento uma vez pela área Pix do aplicativo do banco sem precisar repetir a operação a cada mês. Esses pagamentos serão processados automaticamente e a frequência poderá ser decidida entre semanal, mensal, trimestral ou anual.
Ao aprovar o Pix automático, o consumidor poderá cancelar o pagamento até a meia noite do dia anterior à cobrança. De acordo com as regras do BC, no dia do vencimento, o sistema faz até duas tentativas de cobrança. Se não houver saldo suficiente na conta, outras três tentativas serão realizadas nos dias seguintes. Quando o pagamento for feito com atraso, os juros e a multa serão incluídos na cobrança seguinte.
Também será possível definir um limite máximo para os débitos automáticos com os valores das cobranças, podendo ser fixos ou variar de mês para mês. A empresa recebedora poderá estabelecer valores mínimos para as cobranças. O BC irá detalhar mais regras ainda esta semana.
Bancos antecipam adesão
Algumas instituições já estão adiantando a ferramenta. Desde 29 de maio, o Banco do Brasil disponibilizou o Pix Automático para todos os clientes pessoa física e empresas.
Para as companhias, no entanto, o uso da ferramenta exige um convênio com o Banco do Brasil e um prazo de 90 dias para agendamento da cobrança, tempo maior ao estabelecido pelo BC de dois a dez dias antes do vencimento da conta.
Já o Bradesco disponibiliza o serviço só para clientes empresariais e que tenham conta-corrente. A autorização para consumidores de outras instituições está prevista para 16 de junho. O Itaú segue o mesmo modelo, com expectativa de expansão a partir deste mês.
No Santander a utilização é permitida por pessoas físicas e jurídicas, com a condição que tenham conta em uma das instituições participantes do sistema.









