Temendo se indispor com governador, Medeiros minimiza briga
Temendo embate com o Palácio Paiaguás e sonhando com uma dobradinha com o governador Mauro Mendes (União) na disputa para o Senado em 2026, o deputado federal José Medeiros (PL), evitou se posicionar na briga entre o Mendes e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Questionado sobre a briga, após o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter chamado Mauro de ‘frouxo’, ‘covarde’ e ‘politico de merda’, Medeiros culpou o presidente Lula (PT) pelo fato da classe política ter atribuído a Eduardo Bolsonaro o 'tarifaço' aos produtos brasileiros pelos Estados Unidos.
“O Lula, ele banca o mágico. Porque ele aprontou, o Alexandre de Moraes aprontou, e ele conseguiu, enganar boa parte da população brasileira de que o Eduardo é que é o ocupado. Então o governador Mauro Mendes externou sua opinião ali com base nessa narrativa do Lula. Obviamente que o Eduardo devolveu na mesma moeda, na mesma linha ali. Mas o que a gente observa é que o Lula inventou uma narrativa, divide o outro lado e com certeza deve estar morrendo de rir”, disse nesta segunda-feira (10) durante a posse do desembargador Ricardo Almeida no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Medeiros classificou como um ‘debate pontual’ a troca de ofensas de baixo calão entre Mendes e Eduardo Bolsonaro, e disse que sua preocupação é conseguir votos para a anistia irrestrita ao ex-presidente Jair Bolsonaro e todos os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“Eu não vou caçar uma confusão aqui com o União Brasil, sendo que o embate para mim tá resolvido. Um falou, o outro deu a réplica e não me cabe ficar no meio”, pontuou.
Questionado se essa crise entre Mauro Mendes e Eduardo Bolsonaro poderá afetar o apoio de Bolsonaro à candidatura de Mauro Mendes ao Senado, ele disse que isso se resolverá nacionalmente.
A posição de cautela de José Medeiros neste embate tem o único objetivo de evitar uma crise com Mauro Mendes, já que ele tem atuado para estar no palanque do governador, inclusive tendo mais simpatia pela candidatura de Otaviano Pivetta (Republicanos) ao governo do que do senador Wellington Fagundes (PL).










