Operação prende 27 pessoas por golpe e fraude online em MT e mais três estados

Gazeta Digital • 15 de julho de 2025

Operação Reversus, deflagrada na manhã desta terça-feira (15), pela Polícia Civil de Mato Grosso, cumpre mais de 50 ordens judiciais - entre elas 27 prisões - contra um grupo especializado em golpes e fraudes eletrônicas, fazendo vítimas em vários estados do país. Contas bancárias dos alvos foram bloqueadas, atingindo um valor de até R$ 2,7 milhões. 

 

Segundo a assessoria do órgão, o grupo atuava no golpe do "falso intermediário". Além das 27 prisões, são cumpridas 24 buscas e apreensões, inclusive dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE). Foram sequestrados bens de até R$ 100 mil de cada investigado, além do bloquei das contas. 

 

 

Segundo o delegado Bruno Mendo Palmiro, responsável pelas investigações na Delegacia Especializada de Estelionato, o grupo criminoso atuava de forma contínua entre os anos de 2023 e 2024, aplicando diversos golpes por meio de anúncios falsos de venda de veículos e gado, com prejuízos superiores a R$ 800 mil às vítimas.

 

As diligências são realizadas de forma simultânea em Mato Grosso, Rio de Janeiro, Piauí e Minas Gerais, com o apoio operacional das Polícias Civis dos respectivos Estados.

 

Esquema criminoso



As investigações foram iniciadas depois de um golpe ocorrido em janeiro de 2024, em Cuiabá, no qual a vítima foi atraída por um anúncio fraudulento de venda de veículo no Facebook. Após o primeiro contato, ela foi induzida a manter comunicação com um suposto intermediador — que se passava por advogado — e acabou transferindo R$ 45 mil via Pix, acreditando estar em uma negociação legítima.

 

Durante os trabalhos de apuração dos fatos, o autor intelectual da fraude foi identificado e está, atualmente, custodiado na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Ele cumpre mais de 40 anos de prisão por crimes como homicídio, tráfico e roubo. Já o responsável pela publicação do anúncio fraudulento teve sua prisão decretada na cidade de Teresina (Piauí).

 

O dinheiro obtido com o golpe foi inicialmente enviado ao Estado do Rio de Janeiro, distribuído entre 13 contas bancárias distintas e, posteriormente, transferido de volta a Cuiabá, onde foi novamente pulverizado em 11 contas diferentes, até se concentrar, majoritariamente, na conta de uma investigada residente em um condomínio de alto padrão.

 

Essa investigada possui condenação com trânsito em julgado por fraudes no Estado de Minas Gerais. Ela é também viúva de um homem com extensa ficha criminal, executado por facções criminosas na fronteira com a Bolívia, onde seu corpo e veículo foram incendiados.

 

As investigações revelaram uma estrutura criminosa complexa e altamente coordenada, com clara divisão de tarefas entre os membros e estratégias de movimentação financeira projetadas para dificultar o rastreamento dos valores.

 

Se condenados, os investigados podem ser apenados com até 20 anos de reclusão, considerando a prática conjunta dos crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, podendo a pena ultrapassar 30 anos em caso de agravantes.

Por Agência Brasil 15 de julho de 2025
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista. A manifestação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, por volta das 23h45, e faz parte das alegações finais, a última fase antes do julgamento dos acusados, que deve ocorrer em setembro deste ano. No documento, que tem 517 páginas, o procurador-geral, Paulo Gonet, defende que Bolsonaro e os demais réus sejam condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. As penas máximas para os crimes passam de 30 anos de prisão. Além de Bolsonaro, a PGR pediu a condenação dos seguintes réus: Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022; General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa; Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.  Em caso de condenação, Cid deverá ter a pena suspensa devido ao acordo de delação premiada assinado com a Policia Federal (PF) durante as investigações. Bolsonaro Na manifestação, o procurador-geral descreveu o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro na trama golpista. Segundo ele, Bolsonaro figura como líder da organização criminosa e foi o “principal articulador e maior beneficiário” das ações para tentar implantar um golpe de Estado no país em 2022. Nas palavras de Gonet, o ex-presidente instrumentalizou o aparato estatal e operou em “esquema persistente” de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório após o resultado das eleições presidenciais. “Com o apoio de membros do alto escalão do governo e de setores estratégicos das Forças Armadas, mobilizou sistematicamente agentes, recursos e competências estatais, à revelia do interesse público, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias”, disse o procurador. Próximos passos Com a apresentação da manifestação da PGR, começa a contar o prazo de 15 dias para que a defesa de Mauro Cid, delator na investigação, apresente suas alegações finais ao STF. Em seguida, será a vez das defesas dos réus apresentarem suas alegações no mesmo prazo. Após receber todas as manifestações, a data do julgamento será marcada pela Primeira Turma da Corte. Nos bastidores do STF, a expectativa é de que o julgamento seja realizado em setembro deste ano.
Por MidiaNews 15 de julho de 2025
Um dos principais nomes do Progressista, o ex-senador Cidinho Santos descartou a ideia de compor uma chapa como candidato a vice-governador ao lado de Otaviano Pivetta (Republicanos) na disputa pela sucessão do Palácio Paiaguás. “Concorrer a algo quem sabe, mas na chapa do Pivetta acho que eu não agrego, porque tenho o mesmo perfil dele, basicamente o mesmo eleitorado, que é o pessoal do agro, empresários”, afirmou à imprensa na segunda-feira (14). “Acho que ele tem que ter para agregar uma mulher como vice. Ou um homem, uma pessoa da Baixada Cuiabana, que pudesse agregar mais na chapa”, acrescentou. Apesar de negar a composição com Pivetta, Cidinho pela primeira vez se mostrou aberto a tentar disputar a eleição como candidato a senador. A confirmação ocorreu quando ele foi questionado pela imprensa se, ao invés de ser candidato a vice-governador, teria interesse em fazer uma dobradinha com o governador Mauro Mendes (União) na eleição para o Senado Federal. Mendes é um dos principais cotados para ser candidato a senador em 2026, mas ainda não confirmou a intenção de pleitear o cargo. “Acredito que sim”, afirmou Cidinho à reportagem ao ser perguntado sobre este cenário. Mesmo confirmando ter interesse pelo Senado, Cidinho negou que esteja construindo a candidatura neste momento. Na semana passada, ele foi apontado como “coringa” do grupo do governador pelo deputado estadual Paulo Araújo (PP). Porém, ele afirmou que era pela sua capacidade de unir o grupo. “Não, é porque ficam falando que sou uma pessoa que une todo mundo. Lá na frente pode ser que meu nome seja necessário, mas não é uma situação que eu trabalhe com essa possibilidade. Não estou construindo nada, só a rodovia da BR-163”, disse em referências as obras da Nova Rota Oeste, da qual ele é presidente do conselho.
Por Redação 15 de julho de 2025
A decisão do presidente Donald Trump de impor tarifas de 50% a produtos brasileiros pode ter gerado um efeito bumerangue na política brasileira. Em vez de prejudicar o governo petista, o chamado “tarifaço” parece ter impulsionado a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da opinião pública. É o que mostra a nova pesquisa do instituto AtlasIntel, divulgada nesta terça-feira (15/7) em parceria com a Bloomberg. Segundo o levantamento, a aprovação de Lula subiu para 49,7%, alcançando empate técnico com a desaprovação, que ficou em 50,3%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Esse é o melhor resultado do presidente em 2025 e marca uma reversão da tendência negativa registrada desde dezembro de 2024, quando a desaprovação ultrapassava com folga a aprovação.  Em março deste ano, por exemplo, 53,6% dos entrevistados desaprovavam o presidente, enquanto apenas 44,9% o aprovavam — uma diferença de quase nove pontos. A recuperação, embora ainda tímida, sugere que a condução firme do governo diante da crise com os Estados Unidos teve efeito positivo entre os eleitores. Política externa ganha força A pesquisa também revela uma melhora significativa na percepção sobre a política externa brasileira. Após a promulgação da chamada Lei da Reciprocidade e o tom duro adotado pela diplomacia brasileira contra a medida de Trump, 60,2% dos entrevistados disseram aprovar a condução internacional do governo. Apenas 38,9% a desaprovam. Em novembro do ano passado, o cenário era bem mais dividido: 49,6% aprovavam e 47,3% desaprovavam a política externa. A resposta ao tarifaço foi considerada “adequada” por 44,8% da população. Outros 27,5% a classificaram como “agressiva” e 25,2% como “fraca”. As tarifas impostas por Trump foram consideradas “injustificadas” por 62,2% dos entrevistados. Já 36,8% as avaliaram como “justificadas”. As opiniões sobre as motivações do ex-presidente dos EUA também se dividiram: 40,9% acreditam que as sanções comerciais são uma retaliação à presença ativa do Brasil no Brics e 36,9% atribuem a medida à influência da família Bolsonaro no cenário político norte-americano. Governo ainda enfrenta desafios, mas vê sinal de alívio Apesar da melhora nos índices de aprovação pessoal do presidente, a avaliação do governo como um todo ainda mostra mais críticas do que elogios. Para 49,4% dos entrevistados, a gestão de Lula é “ruim” ou “péssima”. Já 43,4% a consideram “ótima” ou “boa”. Ainda assim, a distância entre os dois campos diminuiu nos últimos meses. Quando questionados sobre quem tem melhor desempenho no plano internacional, 61,1% afirmaram que o petista é superior a Jair Bolsonaro, enquanto 38,8% consideram Lula pior que o ex-presidente. A possibilidade de um acordo entre Brasil e Estados Unidos para superar o impasse comercial ainda divide opiniões: 47,9% acreditam que o governo conseguirá chegar a um entendimento, enquanto 38,8% estão céticos. Outros 13,3% não souberam opinar. A melhora nos índices de popularidade surge em um momento crucial para Lula, que busca consolidar sua liderança política em meio à turbulência econômica e às pressões externas. Com a disputa presidencial de 2026 no horizonte e a oposição cada vez mais vocal, a capacidade de resposta rápida e firme do governo pode ser um ativo valioso. Com a tensão entre Brasil e Estados Unidos longe de um desfecho, os próximos meses serão decisivos para saber se o salto de aprovação será duradouro ou apenas uma reação passageira a um choque internacional.
Por Gazeta Digital 15 de julho de 2025
O governador Mauro Mendes (União) conseguiu estancar o início de uma crise interna dentro do União Brasil, após ter declarado apoio à candidatura do seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos) ao governo em 2026. Diante das principais lideranças da legenda, Mendes destacou que a decisão final de apoio ou de candidatura própria ao governo do partido será coletivo e não individual. A reunião para aparar as ‘arestas’ foi realizada dentro do Palácio Paiaguás, na noite de ontem (14), com a presença do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, os irmãos Júlio e Jayme Campos, e os deputados estaduais Eduardo Botelho e Dilmar Dal Bosco. Mendes afirmou que tem um compromisso pessoal de apoiar Pivetta, mas que o partido é quem definirá se apoiará Pivetta ou se terá candidatura própria. “A reunião foi ótima. O Mauro disse que o seu apoio ao Pivetta é pessoal. E disse que o senador Jayme Campos pode construir sua candidatura ao governo sem nenhuma resistência. Mas que a decisão sobre eleição majoritária terá que ser apenas no ano que vem”, disse Botelho ao . Leia também - 'Será por sorteio, não ordem de chegada', diz secretária após população dormir na rua para cadastro em programa O parlamentar ainda explicou que o próprio governador ainda não decidiu o seu futuro político, se deixará o governo em março e disputar o Senado, ou se concluirá o mandato. “Ele não está 100% convencido sobre esse assunto”. Já Jayme Campos afirmou que seu nome está disponível para disputar o governo ou a reeleição ao Senado, e que iria se movimentar para construir o seu nome dentro do partido. Aliança com o PL Durante a reunião também foi colocado a discussão sobre a aproximação que o governador tem tido com o Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo os presentes, Mendes afirmou que existe sim uma conversa para uma repetição para uma aliança como ocorreu em 2022, mas que isso só ocorreria, caso o PL recuasse de uma candidatura própria ao governo, que hoje é do senador Wellington Fagundes (PL). Eduardo Botelho deixou a reunião satisfeito, destacando que o encontro põe fim a qualquer 'mal-estar' dentro do partido. Ele também afirmou que o foco neste segundo semestre será construção das chapas proporcionais. “Cada um saiu com uma missão para ajudar na construção das chapas para deputado estadual e federal. Porque para se ter uma candidatura majoritária, é preciso ter base, que basicamente são deputados estaduais e federais. Então precisamos construir duas chapas fortes”, concluiu.
Por Gazeta Digital 15 de julho de 2025
Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (15), a 3ª fase da Operação Escamotes, que investiga o tráfico de drogas e armas saindo de Mato Grosso para outros estados do Brasil. Nessa fase, são cumpridas 5 prisões. As informações são preliminares, já que a operação está em andamento. As diligências começaram em 2024, quando a PF descobriu que carros alugados no Estado partiam para Goiás, Rio de Janeiro e Bahia com droga e armas. Para isso, os criminosos utilizavam fundos falsos nos veículos. A primeira fase foi deflagrada em maio de 2024. Já a segunda em novembro. A investigação começou agosto de 2023, durante a prisão em flagrante de uma pessoa transportando cerca de 40 quilos de entorpecentes em um fundo falso de um veículo. Com a apuração, a polícia conseguiu chegar aos líderes do grupo criminoso. Estima-se que o grupo tenha transportado toneladas de entorpecentes e diversas unidades de armas de fogo de uso permitido e restrito para outros estados da federação.
Por Canal Rural 14 de julho de 2025
O governo federal vai trabalhar para reverter a imposição de tarifas comerciais sobre as exportações do Brasil aos Estados Unidos, anunciada na quarta-feira (9) pelo presidente Donald Trump, afirmou o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, em São Paulo, neste domingo (13). “Nós vamos trabalhar para reverter isso, porque não tem sentido essa tarifa. Ela, inclusive, prejudica também o consumidor norte-americano. Nós entendemos que ela é inadequada, ela não se justifica. Vamos recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC)”, disse Alckmin. Segundo o vice-presidente, o governo se reunirá nos próximos dias com o setor privado, e também está sendo analisada a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica, sancionada em abril, que estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual, em resposta a medidas unilaterais adotadas por país ou bloco econômico que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira. “Os Estados Unidos têm conosco superávit na balança comercial, tanto de serviços quanto de bens. O Brasil não é problema para os Estados Unidos. Os Estados Unidos têm déficit na sua balança. E o Brasil e os Estados Unidos têm uma integração produtiva. Nós temos 200 anos de amizade com os Estados Unidos. Então, não se justifica e o mundo econômico precisa de estabilidade e de previsibilidade”, afirmou. Comitê Interministerial Em reunião realizada na noite de domingo (13), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a criação de comitê interministerial para conversar com o setores mais afetados pelo tarifação , de acordo com informação da Folha de São Paulo. Lula avisou aos ministros que se reunirá pessoalmente com empresários para tratar do tema e a partir desses diálogos irá traçar estratégias com setores para atuação e negociação com o governo norte-americano. Ainda de acordo com a Folha, o comitê contará com a participação dos ministérios da Fazenda, Relações Internacionais e Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Por Persio Oliveira 14 de julho de 2025
Empresário Idirley Alves Pacheco, preso pelo assassinato do ex-jogador da seleção brasileira de vôlei, Everton Pereira Fagundes da Conceição, 46, deixou a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por volta das 13h30 e se recusou falar com a imprensa. Idirley saiu da unidade conduzido por policiais até a viatura, após prestar depoimento. No depoimento, alegou que vinha sendo extorquido pela vítima e por isso matou. A nova versão foi relatada informalmente por ele à Polícia Civil, após se entregar na manhã desta segunda-feira (14), na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), 4 dias após o homicídio. Segundo o delegado Caio Albuquerque, Idirley será interrogado formalmente, mas já apresentou uma versão preliminar durante diligências realizadas pela equipe policial. “É uma versão que ele até estava dizendo para os policiais, por ocasião das diligências atrás da arma, seria uma extorsão, que a vítima estaria extorquindo ele. Mas vamos, no interrogatório, caso ele queira dizer, questionar em que consiste essa extorsão, valores, porque e quais pessoas estariam envolvidas nisso”, explicou o delegado. Idirley negou motivação passional e qualquer sentimento de ciúmes. “Ele refuta a questão passional. Ele fala que não tinha ciúmes”, disse Albuquerque. A Polícia Civil, no entanto, ainda trata as informações como preliminares e destaca que a investigação seguirá com apuração de todas as circunstâncias e possíveis testemunhas. “Não quer dizer que a Polícia Civil vai acreditar nessa versão. É uma versão dele, né? Por óbvio ele tem até o direito de permanecer em silêncio e dar a versão que melhor lhe aprouver”, afirmou o delegado. O caso De acordo com as investigações iniciais, Idirley armou a emboscada para executar o ex-jogador a tiros, dentro da caminhonete, na altura do posto Bom Clima, na avenida Dr. Hélio Ribeiro, no Residencial Paiaguás, em Cuiabá. Após desferir pelo menos 5 disparos contra a vítima, que conduzia a caminhonete Amarok do assassino, ele fugiu. Baleada, a vítima perdeu o controle da direção, bateu em outro veículo e morreu ainda na caminhonete. Inicialmente, as investigações apontaram que o crime teria sido motivado por ciúmes do assassino em relação à ex-companheira, que estaria mantendo um relacionamento com a vítima. Os 3 fazem parte do mesmo círculo de amizade e Everton inclusive estaria tentando apaziguar a situação entre o casal, já que a ex-mulher do assassino já teria pedido medidas protetivas contra ele por ameaças. Na noite do crime, Idirley atraiu o jogador pedindo que fizesse um favor a ele, para levar a caminhonete até um local específico. Embarcou com ele no veículo e em dado momento passou para o banco de trás, anunciando o suposto sequestro, que terminou em homicídio.
Por Gazeta Digital 14 de julho de 2025
Cerca de 54% dos reeducandos do sistema prisional de Mato Grosso são ligados a facções criminosas ou subordinadas a elas. O apontamento é da professora de Criminologia e Direito Penal da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Vladia Soares. Só nos presídios mato-grossenses existem mais de 14 mil pessoas cumprindo pena e, cerca de 7,4 mil, têm essa ligação. A estimativa é que dentro e fora do sistema prisional, considerando levantamento do Poder Judiciário, existam mais de 30 mil vinculados às organizações criminosas. Esses números refletem um panorama amplo, englobando detentos presos por envolvimento direto, familiares que atuam como apoio logístico ou financeiro e colaboradores da rede criminosa. Vladia enfatiza que é necessário cortar o comando das lideranças e enfraquecer o poder de recrutamento. Para ela, quanto mais chances de reinserção social, menos atrativo é o abraço da facção, em especial nos presídios, onde as vulnerabilidades e necessidades são acentuadas. Uma das medidas destacadas pela advogada é a separação efetiva entre presos faccionados e não faccionados. Separar internos por perfil criminal, não apenas por grau de periculosidade, evitar que presos recém-chegados ou de baixa periculosidade sejam colocados em alas dominadas por facções. Criação de unidades específicas para presos não vinculados a facções. Um exemplo prático seria criar alas neutras com proteção e programas especiais para quem não quer aderir a facções. A professora destaca ser essencial a proteção ativa para os que não aderem ou querem sair das organizações criminosas. Deve-se garantir segurança física e apoio legal a presos que não querem se envolver ou desejam sair de facções. Criar programas de delação e desligamento com sigilo e proteção real. Presos que abandonam facções sem proteção são alvos. O Estado precisa garantir segurança a eles. Para coibir que as facções continuem agindo de dentro dos presídios, Vladia defende o combate rigoroso ao uso de celulares e comunicação ilícita. É preciso implantar bloqueadores de sinal funcionais (e fiscalizar a manutenção deles). Uso de body scanners, revistas eletrônicas e inteligência penitenciária e monitoramento reforçado de visitas e advogados suspeitos de colaboração, completou. De dentro das grades, as ordens  Juiz da Vara de Execuções Penais e coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo do Estado de Mato, Geraldo Fidelis destaca que, como é o conhecimento de todos, as lideranças das facções criminosas que operam em Mato Grosso estão dentro das grades. O problema é isolá-las, porque o grande Calcanhar de Aquiles é a comunicação. Também há inúmeras situações de entrada de celulares dentro das penitenciárias. Isso tem que ser debelado e tem diminuído. O magistrado cita como exemplo de sucesso o modelo adotado em Santiago, no Chile, que elimina qualquer tipo de sinal celular dentro dos presídios. Em Santiago, a penitenciária fica ao lado do Tribunal de Justiça. Os telefones do Tribunal de Justiça operam normalmente, enquanto os da penitenciária, que ficam a um muro de distância, ficam bloqueados totalmente. Ele reforça que a política de separação por facções em Mato Grosso também é importante, porque garante maior tranquilidade no trato da pessoa que está encarcerada. Existe necessidade de fazer esse isolamento e o Estado tem que buscar esses meios. Lideranças presas, mas com comunicação Coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso, promotor de Justiça Adriano Roberto Alves cita que, em Mato Grosso, mais de 90% das lideranças das facções estão presas. No entanto, existem muitas regalias que permitem a comunicação e ordens mesmo por trás das grades. Se você isola eles, 90% das lideranças estarão incapacitadas de passar ordens. A legislação de execução penal tinha que mudar nesse sentido, tornando mais rigoroso. Hoje o tratamento que dá-se a eles é cheio de privilégios. Pode receber visita íntima, tem banho de sol e é comum, nesses momentos, os líderes estarem juntos. Teria que isolar, inclusive de visita íntima, porque é uma forma de passar comando para o exterior e receber de celular. Esses privilégios propiciam que as facções continuem passando ordens para comandar o tráfico, disse. Adriano destaca a necessidade de um tratamento diferenciado para quem é faccionado e é líder. A outra forma de combate seria focando nos jovens. Nós temos a segunda população de jovens que não trabalha e nem estuda. São pessoas desocupadas, sem perspectiva de vida, sem instrução, sem formação e que são facilmente arregimentadas pelo lucro fácil, pela oferta de pertencer a essas facções violentas. Teria que ter um trabalho social desses jovens, salientou. Relação direta com o sistema prisional Delegado da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, Frederico Murta comenta que o crime organizado e as facções criminosas, de uma maneira geral, sempre tiveram e continuam tendo uma relação direta com o sistema prisional. As duas principais facções criminosas do Brasil hoje, Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital, por exemplo, foram criadas dentro do sistema prisional. E tem ainda dentro do sistema prisional uma importante base de funcionamento. Isso é algo histórico e dificilmente vai ser mudado, pode ser melhorado, mas isso vai continuar tendo reflexos diretos. O delegado enfatiza que o crime organizado vai estar sempre buscando se renovar. Ele vai estar sempre buscando alternativas para tornar os seus serviços, as suas atividades mais lucrativas. A melhor forma das facções executarem os serviços, conforme o delegado, é recrutando menores. Por quê? A legislação com relação aos menores é muito frágil. As leis são muito frouxas, o menor de idade não fica preso, ele não é condenado por crime, fica internado durante um tempo curto. Isso torna uma moeda muito interessante para o crime organizado e eles sempre se valendo das dificuldades sociais. Então, é por isso que a gente sempre fala que a segurança pública não é o problema em si. A segurança pública, a gente lida com reflexo de vários problemas sociais. A questão de educação, de saúde, saneamento básico, tudo isso desencadeia o problema que a gente sente na segurança pública. A polícia, ela faz um enfrentamento, ela lida com os reflexos de vários problemas sociais.
Por Gazeta Digital 14 de julho de 2025
Foi aprovada nesta sexta-feira (11) pelo Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) a paridade da lista sêxtupla dos candidatos e candidatas à vaga do Quinto Constitucional, com a eleição de 3 advogados e 3 advogadas. O Conselho realizou reunião em Sessão Extraordinária de forma virtual para discussão e aprovação do edital de abertura das inscrições para processo seletivo de formação da lista. O Edital aprovado será publicado no Diário Eletrônico da OAB e, a partir de então, começam a contar os prazos previstos no Provimento 102/2004 do Conselho Federal da OAB (CFOAB). Durante a sessão foram apresentadas duas propostas, uma pelo conselheiro José Patrocínio Júnior, prevendo votação híbrida, com escolha direta distritalizada e representação regional; e outra do conselheiro Silas do Nascimento propondo o voto secreto foram rejeitadas pelo Conselho Pleno. De acordo com a presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, na próxima sessão será avaliada a criação de um grupo de estudos para discutir possíveis mudanças e outros avanços, com segurança jurídica, para processos futuros. Ela ainda avaliou que está confiante de que, o conselho eleito, fará a escolha de acordo com a apresentação e a qualidades de cada candidato e candidata sem interferências externas. A sessão extraordinária do Conselho Pleno foi conduzida pela presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, ao lado do secretário-geral Josemar Carmerino, com a participação do vice-presidente Giovane Santin, o diretor-tesoureiro Max Ferreira Mendes e a secretária-geral adjunta Aline Luciana, além do presidente da Caixa de Assistência dos Advogados (CAA/MT), Rodrigo Araújo. "A paridade sempre foi defendida por nós, inclusive na sessão de 2023, quando formamos a primeira lista sêxtupla paritária, a proposta foi aprovada por aclamação. Para mim é uma bandeira da qual não abro mão, assim, é uma grande alegria ver que a paridade foi, novamente, aprovada de forma unânime", celebrou Gisela Cardoso. Diversos conselheiros e conselheiras fizeram questão de manifestar o seu total apoio a lista paritária - uma conquista da advocacia mato-grossense. "A paridade assegura às mulheres advogadas o direito à participação efetiva. A diversidade na composição dos tribunais fortalece a legitimidade social do Poder Judiciário, aproximando-o da realidade social e conferindo maior representatividade às decisões judiciais", defendeu a conselheira Ninagin Dallagnol, autora da proposta de paridade para o processo atual. "Nosso trabalho é pela realização de uma eleição democrática, transparente e responsável. A expectativa é que advogados e advogadas com história de serviços prestados à Ordem e à sociedade se coloquem à disposição para representar a advocacia no Tribunal de Justiça", afirmou Gisela Cardoso. Vaga ao Quinto Constitucional  A Constituição Federal estabelece que um quinto das vagas em determinados tribunais seja preenchido por advogados e membros do Ministério Público para garantir pluralidade e diversidade de experiência e visão no Poder Judiciário. A OAB receberá comunicado do Tribunal de Justiça sobre a vaga e deve publicar edital para inscrições. Posteriormente uma lista sêxtupla deve ser elaborada, visando a paridade de gênero, com 50% dos inscritos mulheres e 50% homens. Em sequência o TJ vota e formula lista tríplice, encaminhada ao governador para escolha de um nome.
Por Gazeta Digital 13 de julho de 2025
Os senadores que representam Mato Grosso estão divididos com relação ao projeto de lei nº 2.234, de 2022, que trata sobre a exploração de jogos e apostas, como as bets e cassinos, em todo o território nacional. A matéria ainda não foi votada no Senado, mas os parlamentares já declararam seus votos. Nesta última semana, o PL chegou a ser pautado para ser votado, contudo, o presidente da casa, senador Davi Alcolumbre (União-AP), decidiu retirá-lo por considerar que é um projeto muito polêmico e que havia alguns parlamentares fora do Brasil, em missão oficial, que gostariam de participar da deliberação da matéria. Senadores, porém, já deixaram claro seus posicionamentos. Ao jornal A Gazeta a senadora Margareth Buzetti (PSD) afirmou que o país deixa de arrecadar ao manter este tipo de prática como ilegal. O Brasil, quando o assunto é jogo de azar, prioriza a hipocrisia. É impressionante. Basta olhar o jogo do bicho, principalmente no Rio de Janeiro. São incontáveis mortes por disputa de território. (...) Ainda é uma contravenção penal. Enquanto isso, o país deixa de arrecadar. Eu sou a favor, sim, da liberação dos cassinos físicos, desde que com responsabilidade, disse. A parlamentar viu como positiva a atitude do senador Davi Alcolumbre, de retirar o PL da pauta, pois avalia que ainda é preciso fazer alguns ajustes no texto. O texto que estava para ser votado na semana passada ainda tinha algumas brechas e deixava dúvidas. Mas, se conseguirmos chegar a um projeto, a um relatório, que determine a instalação de cassinos físicos com regras claras, (...) eu não vejo problema. Sou a favor, sim. O governo não quer tanto aumentar a arrecadação? Está aí uma forma. O senador Jayme Campos (União) já votou favorável ao projeto quando ele tramitou na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Já o senador Wellington Fagundes (PL) é totalmente contra a aprovação do PL. Ele cobrou que haja pressão popular para que o PL não passe no Congresso. Sou totalmente contra aprovar jogos de azar no Brasil, cassinos e bingos. Não dá para aceitar. O Brasil precisa investir na Saúde, na Educação, cuidar do povo brasileiro e não fazer com que muitos se desesperem, inclusive perdendo o seu dinheirinho e esse dinheiro indo para a mão de quem? Dos ricos, dos mais ricos ainda. Portanto voto contra jogos de azar, cassinos, bingos.
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