‘Nenhuma chega nem perto de mim’, diz Emanuel sobre 20 operações durante sua gestão
Emanuel Pinheiro (MDB) contestou a informação de que sua gestão foi alvo de 20 operações policiais, afirmando que apenas uma, a Capistrum, chegou até ele. No entanto ele a desqualificou dizendo que é “perseguição política”. Sobre as operações, em geral, o prefeito de Cuiabá afirmou que “nenhuma chega nem perto de mim”.
No último mês de maio a Polícia Federal deflagrou a Operação Miasma, que cumpriu 32 mandados de busca e apreensão referentes a fraudes em licitação na Saúde de Cuiabá. Esta seria a 20ª operação que atingiu o Palácio Alencastro. Emanuel, no entanto, contesta.
“São operações que citam, [mas] o que é que chega no prefeito Emanuel Pinheiro? Nenhuma. Eu fico vendo aquele negócio que o pessoal adora né, '20 operações', primeiro que não tem 20, se você olhar as 20, viram 10/9, duas não têm nada a ver comigo, 5 já caíram, única que tem meu nome é aquela violência da Capistrum, que eu estou respondendo à altura em nível nacional, com denúncia no CNMP, no CNJ, que claramente foi fruto de perseguição política que levou promotor a ser desembargador do estado, uma série de coisas [...], então nenhuma me envolve, nenhuma chega nem perto de mim”, disse.
A Capistrum investigou o esquema de contratações irregulares na Saúde de Cuiabá, com suspeita de desvio de R$ 16 milhões. Nessa operação foram alvos o prefeito, a primeira-dama e servidores. Foi esta operação que resultou no afastamento de Emanuel Pinheiro do cargo.
Além dela, existem outras operações como a Sangria II, Overlap I, Overlap II, Overpriced I, Sinal Vermelho, Overpriced II, Curare I, Colusão, Cupincha, Fake News, Chacal, Palcoscênico, Curare III, Hypnos, Overpay, Iterum, Raio X e a Miasma. A maioria delas está relacionada à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
“Tem uma lá que eu estava vendo, eu morro de rir [...], Operação Fake News, eu nem lembrava o que era isso, o que tem a ver comigo? É uma operação, que inclusive foi anulada pela ministra Cármem Lúcia, que envolve Enoque Cavalcante, Alexandre Aprá [...] e meu irmão, e que já foi arquivada, aí botaram na minha conta, Operação Fake News, só para dizer que é mais uma”, pontuou Emanuel.
A Operação Fake News foi deflagrada para investigar a disseminação de notícias falsas por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais. Um dos alvos seria Marco Polo Pinheiro, o Popó Pinheiro, irmão do prefeito. Além de Popó, dois servidores da Prefeitura de Cuiabá também foram alvos.
Emanuel ainda afirmou que o Governo do Estado também foi alvo de operações, mas que são pouco citadas. Ele insinuou que as operações contra a sua gestão são orquestradas por adversários políticos.
“A conta das minhas é só para forçar a barra, porque não tem nada que chegue no prefeito, mas querem pegar o prefeito, querem envolver o prefeito, é aquilo que eu disse na minha gravação, eu não peço, não mando ninguém fazer nada errado, então não vão chegar [até mim] porque eu não faço mesmo. Aí o pessoal fica angustiado, mas é patrocinado por quem? Vocês sabem”.









