Governador exalta a China e diz que país tem mais liberdade
O governador Mauro Mendes (União) elogiou publicamente a China e sua liberdade, durante evento na sexta-feira (15). O chefe do Paiaguás afirmou que o ela é o maior exemplo de eficiência em gestão pública e que o Brasil deveria se inspirar na nação comunista. Segundo ele, o país asiático não é ‘bicho-papão’ que a direita afirma ser.
Segundo ele, deixando de lado a ideologia do debate sobre eficiência de gestão, já que a China é comandada pelo Partido Comunista da China (PCCh) desde 1949, o país é um dos que mais tem liberdade, entre os que o governador conheceu.
“Eu fui lá, fala que é um país comunista, nunca vi uma liberdade absoluta. Um dia um chinês me disse o seguinte: 'Quem tem mais liberdade? Vocês no Brasil ou nós aqui?' Aí ele me disse o seguinte: 'Aqui na China, você pode colocar um saco de dinheiro na cabeça, andar por qualquer rua, qualquer bairro, qualquer cidade, um saco de papel, de plástico transparente e ninguém vai colocar a mão em você'", disse Mauro Mendes nesta sexta-feira (15) durante um debate sobre cidades inteligentes no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).
O gestor também destacou a segurança pública, que segundo ele, na China não se vê roubo de celulares, como ocorre no Brasil. “Quem tem mais liberdade? Eles na China ou nós no Brasil?”, questiona. Mendes afirma que os chineses criaram uma sociedade que realmente é eficiente, assim como outras nações, citando Singapura, o Oriente Médio e o Japão.
“Tantos países que souberam construir sociedades melhores. Eu tive em Tóquio recentemente, você não encontra uma lixeira da rua. Para o nosso modelo mental, é perturbador. E aqui estamos tentando ensinar a população a jogar o lixo dentro da lata de lixo ou não jogar o lixo no local inadequado. Lá eles já eliminaram as lixeiras porque todo mundo, como cidadão, sabe que aquilo é um problema teu e não pode transformar o teu problema num problema coletivo”, pontuou.
A declaração de Mauro Mendes ocorre no momento em que ele se aproxima do bolsonarismo, que tem como grande inimigo o "fantasma do comunismo", debate iniciado no século 18, e que até hoje é usado pela direita e extrema-direita no mundo.
Atualmente, os bolsonaristas acusam o governo Lula (PT) de se aproximar mais da China do que dos EUA. Para eles, isso seria o principal motivo da taxação em 50% os produtos brasileiros, e não o fato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ter feito lobby junto ao governo Donald Trump para tentar que o país interfira no Brasil para anistiar o seu pai, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu por tentar planejar um golpe de Estado no país, e outros condenados pelo mesmo crime.









