Destinos da Santa Casa: Deputado espera entendimento entre governo e prefeitura
O primeiro secretário da Assembleia Legislativa (ALMT), Doutor João (MDB), defende que a Santa Casa de Cuiabá não seja fechada para que pacientes com doenças crônicas não fiquem desamparados e crê que o Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá devem chegar num denominador comum sobre a questão. Ele ainda anuncia que na próxima semana deve ocorrer uma audiência pública na AL para debater o tema e levantar soluções.
“Na minha concepção não [fechar]. É uma instituição de mais de 200 anos, salvou muita vida, é um prédio antigo, a gente entende que é um prédio velho, mas, por exemplo, há um colégio Tem mais de 400 pacientes em programa de tratamento oncológico. Eles não têm para onde ir. Então nós temos que estudar uma maneira com calma, não vai fechando assim não, porque o buraquinho é mais embaixo, é muito sério a coisa”, disse nessa quarta-feira (7).
O parlamentar ainda afirmou que esteve com o governador Mauro Mendes (União) há alguns dias para discutir a questão e que alternativas têm sido estudadas. Segundo ele, deve haver na próxima semana uma audiência pública na AL em que a situação da Santa Casa será debatida e que as conclusões e sugestões podem ser encaminhadas ao governador e ao prefeito Abílio para que se chegue a um ‘denominador comum’.
“O que a gente mais escuta é o seguinte: a prefeitura quer é que o Estado compre para a prefeitura fazer a gestão, mas isso aí é uma conversa, tem que ser muito bem feita, muito bem conversado. Quanto custa? Quanto vale? Se o Estado não vai ter esse interesse mesmo de comprar aquele prédio lá e passar para o município e se o município tem realmente condições ações de fazer gestão”, argumentou.
Dr João ainda acrescentou que a discussão deve levar em consideração também os pacientes que vem do interior e dependem da Santa Casa para tratamento, principalmente quimioterapia, radioterapia e hemodiálise.
“É um assunto muito delicado. Se a gente for pensar no ponto de vida financeiro, tá bom, fecha tudo construiu um novo, mas não é assim. Nós temos pessoas lá dentro, pessoas em tratamento de doença séria, de câncer. Então essas pessoas tem que pensar em primeiro lugar nelas. [...] Não podem ser abandonados esses pacientes. Essa é minha posição. Vai ser a minha briga, eu vou bater nisso aí. No abandono desses pacientes”, complementou.









