Criminosos que movimentaram R$ 100 milhões com o tráfico são alvos de operação em MT; 16 presos

Gazeta Digital • 2 de setembro de 2025

Criminosos que atuam no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na região metropolitana de Cuiabá são alvos da Operação Conductor, deflagrada na manhã desta terça-feira (2), pela Polícia Civil. A investigação aponta que o grupo movimentou R$ 100 milhões. Grupo alugava casas em Várzea Grande para esconder as drogas, armas e munições. As entregas aconteciam até em supermercados. 

 

Conforme as informações da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e da Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), são cumpridos 16 mandados de prisão preventiva, 35 mandados de busca e apreensão, 39 bloqueios de valores e 5 sequestros de veículos.

 

Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Quarta Vara Criminal da Comarca de Cáceres, em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, São Luís (MA) e Jaboatão dos Guararapes (PE).

 

Investigação

 

A investigação começou após a prisão de um homem, de 31 anos, no dia 12 de abril de 2024, em Cáceres, pela Polícia Rodoviária Federal, que estava transportando 153,8 mil kg de cocaína em seu veículo, um Renault Master Eurolaf, que simulava ser utilizado para o transporte de passageiros.

 

Após a apreensão, as investigações, que tiveram duração de mais de um ano, identificaram um grupo criminoso voltado para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com envolvimento de pelo menos 31 pessoas físicas e oito pessoas jurídicas.

 

O líder do grupo, morador de Várzea Grande, controlava o transporte da droga desde a região de fronteira, o armazenamento, negociação e distribuição na região metropolitana de Cuiabá.

 

“Durante o período de cerca de 4 meses, o grupo recebeu mais de duas toneladas de drogas, armas de fogo e munições, sendo um carregamento por semana. O valor estimado da droga recebida nesse período é de R$ 45 milhões, que corresponde à quantia bloqueada/sequestrada dos investigados”, afirmou a delegada Bruna Laet, responsável pela investigação do caso.

 

Os entorpecentes do grupo eram destinados tanto ao consumo local quanto enviados a outros estados da federação. As investigações apontaram que a movimentação financeira do grupo com a comercialização da droga chega a R$ 100 milhões.

 

“Esse grupo criminoso alugava residências de médio padrão em Várzea Grande exclusivamente para armazenar a droga, armas de fogo e munições, e realizava a entrega desses materiais em supermercados e terminais de ônibus”, relatou a delegada Bruna Laet.

 

Durante as investigações, a Polícia Civil contou com a cooperação da Receita Federal e da Politec, que foram essenciais na obtenção de provas e, consequentemente, na identificação da estrutura e modus operandi da organização, bem como com a celeridade do Ministério Público e do Poder Judiciário, respectivamente, nas manifestações e decisões.

 

A operação conta com apoio de equipes da Delegacia Regional de Cáceres e das Diretorias Metropolitana, de Interior e de Atividades Especiais.

 

O nome da operação, Conductor, faz menção à função desempenhada pelo homem que transportava a droga da região de fronteira até Várzea Grande e simulava realizar o transporte de passageiros na van que foi apreendida com a droga.

Por Gazeta Digital 2 de setembro de 2025
A inauguração do Autódromo Internacional de Cuiabá deve ser antecipada para o dia 15 de novembro, um sábado, com uma prova noturna de Stock Car. O cronograma adiantado das obras de pavimentação do circuito de 4.600m de extensão e o período de estiagem colaboraram com a possibilidade da antecipação. Iniciadas em 2022, com a terraplanagem, a obra, que fica no Parque Novo Mato Grosso, já está na fase de aplicação do SMA - Stone Matrix Asphalt (Matriz Pétrea Asfáltica) -, um tipo de mistura asfáltica projetada para maximizar a resistência e durabilidade de pavimentos. Sua composição se caracteriza por uma alta porcentagem de agregados graúdos que formam um esqueleto, preenchido por um mástique asfáltico e fibras de celulose para evitar o escoamento do ligante. Simultaneamente os guard-rails já estão sendo instalados nos principais pontos do circuito, e, em seguida, após a conclusão do pavimento, serão instaladas as zebras em todas as curvas, dentro dos padrões da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Como a Vicar, promotora da Stock Car, ainda não confirmou as datas de novembro no calendário, e Brasília havia anunciado a reinauguração do autódromo local para o dia 30/11, a capital mato-grossense deve ficar com a data. Estrutura A Gazeta apurou que para a corrida inaugural, a estrutura do autódromo não estará toda concluída e que, portando, os boxes e padocks serão montados com tendas móveis e climatizadas. A conclusão da obra está prevista para 2026, inclusive com as com arquibancadas e um túnel de acesso sob a reta principal do circuito. “Acredito que até meados desse mês a pavimentação esteja concluída. O parque terá um cunho social muito grande, geração de empregos, fomento ao turismo, esporte, cultura, entretenimento para as famílias, será uma grande vitrine junto aos grandes eventos esportivos do potencial do nosso estado ao mundo, e dará condições do filho do ribeirinho desfrutar, sonhar e prosperar diante do maior Parque da América Latina. O Parque Novo Mato Grosso será um grande presente que o Governador Mauro Mendes deixará para todos nós mato-grossenses”, declarou o piloto Reck Júnior.
Por Agência Brasil 2 de setembro de 2025
O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados sobre uma tentativa de golpe de Estado, afirmou ao abrir o julgamento do caso nesta terça-feira (2) que todos os réus serão julgados de forma imparcial, como qualquer cidadão, sem que o Supremo Tribunal Federal (STF) ceda a qualquer tipo de pressão interna ou externa. Em discurso antes de iniciar a leitura do relatório sobre o caso, primeiro passo do julgamento, Moraes afirmou que os réus foram submetidos ao devido processo legal, com ampla defesa e oportunidade de contraditório. Havendo provas de que são culpados, eles serão condenados, mas se houver “qualquer dúvida razoável” sobre a autoria dos crimes, serão absolvidos. “Assim se faz Justiça”, afirmou. “Esse é o papel do Supremo Tribunal Federal (STF), julgar com imparcialidade e aplicar a Justiça a cada um dos casos concretos, independentemente de ameaças ou coação, ignorando pressões internas ou externas”, assegurou o ministro.  Sem citar o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que vem atuando abertamente em prol de sanções do governo dos Estados Unidos contra ministros do Supremo e outras autoridades brasileiras em razão do julgamento de seu pai, Moraes mencionou “condutas dolosas e conscientes”, que de forma “covarde e traiçoeira” tentam submeter o judiciário brasileiro “ao crivo de Estado estrangeiro”. “Essa tentativa de obstrução não afetará a imparcialidade e a independência dos juízes deste Supremo Tribunal Federal”, asseverou Moraes, antes de prosseguir o julgamento com a leitura do relatório. Moraes fez ainda uma defesa da soberania nacional, que será protegida pelos ministros do Supremo de forma “inflexível”, garantiu. “A história deste Supremo Tribunal Federal demonstra que jamais faltou ou jamais faltará coragem aos seus membros para repudiar as agressões dos inimigos da soberania nacional, da democracia, do Estado de Direito ou da independência do Poder Judiciário.” Desde julho, com a proximidade do desfecho da ação penal contra o núcleo principal da trama golpista, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem imposto tarifas da ordem de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. Citando diretamente o caso de Bolsonaro, com quem Trump possui afinidades ideológicas, a Casa Branca também revogou vistos de ministros do Supremo e de seus familiares, bem como enquadrou Moraes na Lei Magntisky, que prevê sanções econômicas contra violadores de direitos humanos. A expectativa, segundo aliados de Bolsonaro, é que uma eventual condenação do ex-presidente irá provocar a imposição de novas sanções de Trump contra autoridades brasileiras. Bolsonaristas têm condicionado um recuo da Casa Branca à aprovação de uma anistia ampla aos réus da trama golpista. Polarização Alexandre de Moraes destacou ainda a polarização política do país e os conflitos que isso ocasiona, mas avaliou que a desejada pacificação somente virá com a observância das leis e da Constituição, nunca pela covardia e impunidade. “A pacificação do país, que é o desejo de todos nós, depende do respeito à Constituição, da aplicação das leis e do fortalecimento das instituições nacionais, não havendo a possibilidade de se confundir a necessária pacificação com a covardia do apaziguamento.” Ainda segundo o relator, a impunidade, além de não trazer a pacificação, cria traumas e corrói a democracia. "A história nos ensina que a impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação, pois o caminho aparentemente mais fácil – e só aparentemente –, que é o da impunidade, deixa cicatrizes traumáticas na sociedade e corrói a democracia, como, lamentavelmente, o passado recente no Brasil demonstra." Julgamento O julgamento de Bolsonaro e de mais sete ex-auxiliares por uma tentativa de golpe de Estado e mais quatro crimes começou nesta terça, com a leitura de um resumo do caso pelo relator, ministro Alexandre de Morares. Todos foram acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) dos seguintes crimes: liderar ou integrar organização criminosa armada, atentar violentamente contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas podem ultrapassar os 40 anos de prisão. A análise do caso ocorre na sala de audiências da Primeira Turma do Supremo, em Brasília, e é transmitida ao vivo pela TV e Rádio Justiça e também pelo canal oficial do STF no YouTube.
Por Agência Brasil 2 de setembro de 2025
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2), às 9h, o julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pela trama golpista para tentar reverter o resultado das eleições de 2022. O grupo faz parte do núcleo crucial da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Foram destinadas oito sessões para análise do caso, marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. A expectativa é que o primeiro dia do julgamento seja destinado às manifestações das defesas e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que fará a acusação. A votação que vai condenar ou absolver os réus deve começar somente nas próximas sessões. As penas podem passar de 30 anos de prisão. Quem são os réus? Jair Bolsonaro – ex-presidente da República; Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier- ex-comandante da Marinha; Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto - ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro na chapa de 2022; Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Crimes Os réus respondem no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes. A possibilidade de suspensão está prevista na Constituição. A suspensão vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro. Ramagem continua respondendo pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Primeira sessão A sessão de hoje será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Em seguida, o ministro chamará o processo para julgamento e dará a palavra a Alexandre de Moraes, relator do caso, que fará a leitura do relatório. O documento contém o resumo de todas as etapas percorridas no processo, desde as investigações até a apresentação das alegações finais, última fase antes do julgamento. Após a leitura do relatório, Zanin passará a palavra para a acusação e às defesas dos réus. O procurador-geral da República será responsável pela acusação. Paulo Gonet terá a palavra pelo prazo de até duas horas para defender a condenação dos réus. Após a sustentação da PGR, os advogados dos réus serão convidados a subir à tribuna para as sustentações orais em favor de seus clientes. Eles terão prazo de até uma hora para suas considerações. O julgamento será interrompido para o almoço por volta das 12h. À tarde, a sessão será retomada por volta das 14h. Além de Moraes, relator do caso, fazem parte da Primeira Turma os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin. Votos Nas próximas sessões, o primeiro a votar será Alexandre de Moraes. Em sua manifestação, o ministro vai analisar questões preliminares suscitadas pelas defesas de Bolsonaro e dos demais acusados, como pedidos de nulidade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e um dos réus, alegações de cerceamento de defesa, pedidos para retirar o caso do STF, além das solicitações de absolvição. Moraes poderá solicitar que a turma delibere imediatamente sobre a questões preliminares ou deixar a análise desses quesitos para votação conjunta com o mérito. Após a abordagem das questões preliminares, Moraes se pronunciará sobre o mérito do processo, ou seja, se condena ou absolve os acusados e qual o tempo de cumprimento de pena. A condenação ou absolvição ocorrerá com o voto da maioria de três dos cinco ministros da turma. Acusações Pesam contra os acusados a suposta participação na elaboração do plano "Punhal Verde e Amarelo", com planejamento voltado ao sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin. Também consta na denúncia da PGR a produção da chamada “minuta do golpe”, documento que seria de conhecimento de Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa e de sítio no país para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Lula. A denúncia também cita o suposto envolvimento dos acusados com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Por Ascom 2 de setembro de 2025
O Governo de Mato Grosso assinou, nesta segunda-feira (1º), três novos contratos de concessões para rodovias estaduais. Com investimentos previstos de R$ 3,6 bilhões ao longo dos próximos 30 anos por parte da iniciativa privada, os contratos garantem tanto a manutenção dos trechos concedidos, quanto a continuidade de que o Estado terá recursos para investir em novas rodovias. “Desde 2019, nós entregamos quase 6 mil quilômetros de asfalto, mais de 220 pontes de concreto. Mas Mato Grosso tem uma malha rodoviária enorme, assim como uma produção agrícola gigantesca. Então, a manutenção das estradas é muito importante. Com as concessões, o Estado pode construir e pavimentar mais estradas, construir mais pontes e, consequentemente, desenvolver ainda mais o Estado”, afirmou o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira. As rodovias que agora passam a ser administradas pela iniciativa privada somam 964,5 quilômetros, passando por algumas das principais regiões produtoras de Mato Grosso. Com esses novos contratos, Mato Grosso passa a ter 2.381 km de rodovias concedidas. Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, o que está sendo feito é uma parceria com o setor privado para acelerar o crescimento de Mato Grosso. “Esse é um modelo que deu certo na Europa, foi assim que eles fizeram o seu salto na infraestrutura. É assim que os Estados Unidos também fazem as suas estradas. É um modelo de parceria para o nosso desenvolvimento”, disse. Os contratos assinados por Mato Grosso trazem uma série de inovações, como o pagamento de pedágio e pesagem de veículos de carga sem a necessidade de parar os veículos. O secretário adjunto de Logística e Concessões da Sinfra, Caio Albuquerque, explicou, ainda, que há uma cláusula que prevê as adaptações climáticas das rodovias, que já se tornou uma referência junto à Organização das Nações Unidas (ONU). “Esse é um trabalho de uma grande equipe, para fazer um trabalho estruturado. Por mais que o cenário macroeconômico seja difícil, nós trouxemos investimentos. E também entregamos algo novo para Mato Grosso, fomos atrás de entregar o melhor que fosse possível e dar um passo a mais em relação ao que já é feito”, explicou. O secretário adjunto também explicou que, agora, as concessionárias que assumem as rodovias vão se instalar nos trechos. Os contratos preveem que os primeiros 12 meses são dedicados à execução de obras iniciais e, apenas após cumpridos esses requisitos, é que a cobrança das tarifas de pedágio podem ser autorizadas. O deputado estadual Valmir Moretto afirmou que a assinatura dos contratos demonstra a preocupação de Mato Grosso com a população. “Não é apenas o desenvolvimento do Estado, mas uma preocupação com a segurança de cada usuário da rodovia, para que tenham sempre boas estradas para andar”, afirmou. Foram assinados os contratos para os seguintes trechos Lote 1 - Rota do Arinos, que corresponde a 237,5 km das MTs 160/220/242/338 nos municípios de Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gaúchos, Itanhangá, Juara e Tapurah. Lote 2 - Rota da Produção, que corresponde a 418,5 km das MTs 160/235/249/480 nos municípios de Diamantino, São José do Rio Claro, Campo Novo dos Parecis, Nova Maringá, Nova Mutum, Nova Marilândia, Santo Afonso e Tangará da Serra. Lote 5 - Rodovia da Integração, que corresponde a 308,3 km das MTs 020/326 nos municípios de Paranatinga, Campinápolis, Água Boa e Canarana. Também estiveram presentes na assinatura os deputados estaduais Nininho, Dilmar Dal Bosco e Doutor João; o secretário-chefe de Gabinete da Governadoria, Jordan Espíndola; o secretário de Estado de Justiça, Vitor Hugo Bruzulato; e o presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager), Luis Alberto Néspolo, além de prefeitos e vereadores de diversos municípios.
Por Gazeta Digital 1 de setembro de 2025
O vereador Chico 2000 (PL) conseguiu reverter decisão de afastamento e está autorizado a reassumir seu cargo na Câmara de Vereadores de Cuiabá. A determinação já havia atendido a pedido da defesa do parlamentar Sargento Joelson (PSB) e foi estendida ao ex-presidente do Legislativo municipal. Conforme decisão do desembargador Juvenal Pereira da Silva, do Tribunal de Justiça (TJMT), a defesa alegou excesso de prazo da medida cautelar, bem como falta de contemporaneidade da denúncia feita por Abilio Brunini, na época deputado federal. Em sua avaliação, o magistrado ponderou que remover do cargo um político eleito pelo povo, sem demonstração de “perigo concreto” excede a razoabilidade. Contudo, pondera que a medida não ameniza as acusações contra ambos vereadores, investigados por corrupção. “Nesse quadro, entendo que a revogação específica da cautelar de suspensão do exercício do mandato emerge como providência de estrita conformidade constitucional, repondo-se o paciente ao cargo para o qual foi eleito, sem prejuízo da persecução penal”, diz trecho da decisão que atende ao pedido de Sargento Joelson, que teve a cautelar revista na sexta-feira (29). “Ademais, nos termos do art. 580 do CPP, estendo os efeitos da presente decisão ao vereador Francisco Carlos Amorim Silveira ‘Chico 2000’, porquanto se encontra em idêntica situação fático-processual do paciente, submetido às mesmas medidas cautelares, inexistindo qualquer elemento que justifique tratamento jurídico diverso. Assim, fica igualmente revogada a medida de afastamento do exercício de seu mandato, mantidas, contudo, as demais cautelares já impostas, nos mesmos moldes ora deliberados”, é trecho do documento desta segunda-feira (1). Com as recentes decisões, ainda não foi divulgado quando os vereadores retornarão às sessões da Câmara de Cuiabá. O caso Conforme as investigações, Sargento Joelson teria negociado com aval de Chico 2000, que era presidente da Câmara na época, o pagamento de R$ 250 mil em propina para a aprovação de um projeto, do Executivo, que autorizava a renegociação de dívidas da prefeitura para obter certidões negativas Assim, poderia receber recursos para pagar empresas, entre elas, a HB20 Construções, responsável pelas obras do Contorno Leste. Áudios e troca de mensagens, entre Joelson e um representante da empresa, revelam, em tese, que Chico 2000 sabia das negociações.
Por Agência Brasil 1 de setembro de 2025
O Brasil superou em julho, pela primeira vez na história, a marca de 5 milhões de barris de petróleo e gás natural produzidos por dia. O recorde de 5,160 milhões foi divulgado nesta segunda-feira (1º) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão regulador da indústria de óleo e gás. Em relação somente ao petróleo, o boletim mensal da ANP aponta que a produção no mês foi de 3,959 milhões de barris diários, aumento de 5,4% ante junho e de 22,5% perante julho de 2024. Já a produção de gás natural em julho foi de 190,89 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), expansão de 5,1% ante junho e de 26,1% na comparação com julho de 2024. A produção nos campos do pré-sal respondeu em julho por 79,1% do total, atingindo 4,077 milhões de barris por dia. Esse volume representa alta de 5,6% em relação ao mês anterior e de 24,2% ante julho de 2024. O óleo e o gás do pré-sal foram extraídos de 169 poços. O campo mais produtivo é o de Tupi, na Bacia de Santos. De lá saíram praticamente 800 ml barris por dia de petróleo. Em termos individuais, a plataforma que mais contribuiu para o recorde do mês foi o FPSO (navio-plataforma) Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, também na Bacia de Santos, com 184,3 mil barris de petróleo diários. Origem da produção A ANP explica que as variações no volume de produção são causadas por fatores como paradas programadas de plataformas para manutenção, entrada em operação de poços, parada de poços para manutenção ou limpeza, início de instalação de plataformas, entre outros. De todo o petróleo produzido no Brasil em julho, 97,7% vêm de campos marítimos. Em relação ao gás natural, 86,1% vêm dos mares. A Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, é responsável por 89,78% do total de petróleo e gás natural produzidos. O Rio de Janeiro é o principal estado produtor, com 88% do petróleo nacional e 77% do gás natural. De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que representa empresas do setor, o Brasil é o 8º maior produtor de petróleo no mundo. Os cinco maiores produtores – Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Canadá e Irã – são responsáveis por metade da produção mundial. Queima de gás Em termos de aproveitamento de gás, a ANP informa que atingiu a marca de 97,1%, ou seja, menos de 3% do gás proveniente dos poços é queimado na atmosfera. A maior parte (54%) é reinjetada nos poços, 33% são disponibilizados ao mercado e 10% são utilizados como fonte de energia pelas próprias plataformas.
Por Gazeta Digital 1 de setembro de 2025
Ronaldo Rodrigues da Silva, 38, morreu e uma pessoa ficou ferida em um acidente envolvendo uma motocicleta, nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (1), na MT-251, em Chapada dos Guimarães (67 km ao norte de Cuiabá). Conforme o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada às 06h para atender um acidente de trânsito com vítimas na curva da Mata Fria. Ao chegar no local, análises preliminares constataram que o condutor da moto perdeu o controle ao entrar na curva. Com o impacto da queda, ele não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. Outro homem, que estava na garupa, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento. Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) foi acionada para análise da ocorrência. Dinâmica precisa do acidente será investigada pela Polícia Civil.
Por Gazeta Digital 1 de setembro de 2025
A Justiça de Mato Grosso concedeu liminar favorável à empresa Monte Rodovias S.A., administradora de pelo menos quatro trechos de rodovias no país, e suspendeu o leilão desta segunda-feira (1), avaliado em R$ 10,2 bilhões. A decisão, do juiz Luís Aparecido Bortolussi Júnior, ainda anulou a exclusão da mesma empresa do processo licitatório da concessão de mais de 630 km de rodovias estaduais. "Ante o exposto, defiro a liminar para suspender os efeitos do Aviso de Anulação da Concorrência n. 58/2024 e do Aviso de Convocação da sessão designada para 01/09/2025, assegurando à impetrante a manutenção de sua participação no certame, até o julgamento final deste mandado de segurança", diz trecho da decisão. A Monte Rodovias ingressou com a ação alegando que a exigência da Certidão de Acervo Operacional (CAO/CREA), imposta pela Comissão de Contratação da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), não constava no edital da licitação. Segundo a empresa, o edital previa apenas a apresentação de atestados técnicos, ART e CAT, motivo pelo qual a exigência seria ilegal e violaria o princípio da vinculação ao instrumento convocatório. Na sua decisão, o juiz concordou com a argumentação da empresa, afirmando que a exigência violou o princípio da vinculação ao instrumento convocatório. “Em nenhum momento o edital mencionou a necessidade de apresentação de CAO, de modo que a exigência feita pela Comissão de Contratação inovou nas regras do certame, em afronta ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório”, diz trecho da decisão. Dessa forma, a Justiça determinou a suspensão imediata dos efeitos dos atos administrativos que haviam anulado a licitação e convocado nova sessão para esta segunda-feira (1º). Leilão alvo do TCE O processo de concessão foi alvo do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), que atendeu a uma denúncia apresentada por uma das empresas participantes do certame. A denúncia apontou que Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), que conduz o processo de concessão, exigiu inicialmente experiência comprovada na “execução, coordenação, gerência ou supervisão de gestão e exploração de rodovias” que tenham gerado um faturamento anual de quase R$ 200 milhões. Logo após o fim do período para impugnação do edital a “regra mudou”, e passou a considerar um valor de faturamento de operação. Com isso, o presidente do órgão exigiu explicações da secretaria, que alegou interpretação equivocada da denunciante, mas optou por suspender o leilão. A Concessão A concessão de mais de 630 km de rodovias estaduais, avaliado em R$ 10,2 bilhões, conhecido como Lote 6, interligavam cidades como Sinop, Vera, Planalto da Serra e Chapada dos Guimarães, passando pelas MT-020, MT-140, MT-225, MT-244 e MT-251, rotas estratégicas no escoamento da produção agrícola
Por Gazeta Digital 1 de setembro de 2025
Em tom conciliador e até mesmo pacifista, o empresário e ex-governador de São Paulo, João Doria, rechaçou a polarização na política brasileira e também no âmbito das relações comerciais, em especial o ‘tarifaço’ imposto por Donald Trump ao Brasil. Doria repudiou a penalização do país, mas acredita que com diálogo entre os empresários do setor privado a situação possa ser amenizada. Ele cobra uma política de não enfrentamento e conflitos entre poderes. “Foi uma medida absolutamente injusta do governo americano de Trump. Foi uma decisão política, não técnica. A balança comercial é muito favorável aos Estados Unidos, não haveria nenhuma justificativa técnica para a conduta. Transformar isso num patamar político e numa defesa política, há uma diferença grande. O Brasil deveria fazer a política da diplomacia. Esta, sim, seria a mais adequada, a mais recomendável, ainda que diante de uma medida injusta do governo americano em relação ao Brasil”, declarou durante sua vinda a Cuiabá na quinta-feira (28). Com perfil tradicional de político do chamado "centrão”, Doria argumentou que insistir na diplomacia e no diálogo é a melhor saída e pode permitir a reversão da situação para setores punidos com tarifário de 50%. Ele ainda recomenda que o setor privado, por meio das suas associações de classe, confederações, federações, dialogue com os empresários americanos e cita como exemplo a situação da Embraer e dos produtores de laranja de São Paulo, que ficaram de fora da sanção comercial. “Esse é o bom caminho para reduzir o efeito e, se possível, até eliminar o efeito do tarifário. Confronto não é o melhor caminho”, acrescentou. Dória ainda comenta que a polarização política atrapalha o crescimento, em concordância com a fala do ex-presidente Michel Temer na tarde de quarta-feira, também no evento LIDE, a quem elogiou as ponderações. “A economia que não se desenvolve, principalmente com medidas populistas que tentam contrapor as dificuldades políticas, aumentam a inflação, mantém a taxa de juros num patamar elevado e não contribui para o desenvolvimento do país e, ao mesmo tempo, quem paga o pior preço de uma crise como essa é a população mais humilde”, analisou. Afastado da política e até então sem intenção de retornar ao meio, Doria condenou o que chamou de “extremismos” entre esquerda e direita no Brasil e avaliou que o conflito entre os poderes “não é contribuitivo” e cobrou autonomia de cada um dos 3 poderes. “O confronto é ruim para o Brasil. Eu tenho dito desde o início do governo Lula que é preciso pacificar o Brasil. Não se pode governar olhando o retrovisor o tempo inteiro, olhando o passado e julgando o passado. Precisa olhar o futuro e trabalhar para o bem do país olhando o futuro. Você tem que saber perdoar, compreender as pessoas, os fatos, as circunstâncias. Isso não significa não aplicar a lei onde ela precisa ser aplicada, mas não precisa fazer isso com ódio e com a determinação de punir”, concluiu.
Por Gazeta Digital 1 de setembro de 2025
A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, divulgou nesta segunda-feira (1) fotos do governador Mauro Mendes (União) após exames realizados na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, onde ele está internado desde domingo (31). As imagens mostram o gestor sorridente, ao lado da equipe médica responsável por seu acompanhamento. Parque Novo Mato Grosso por volta das 7h da manhã deste domingo para fazer uma vistoria no local com sua equipe e teria caído Segundo boletim divulgado pela unidade de saúde, Mendes fraturou 4 costelas após cair de uma estrutura de cerca de 3 metros no Parque Novo Mato Grosso. Apesar do acidente, o governador está consciente, orientado e em bom estado geral. Conforme noticiou o , o governador chegou no Parque Novo Mato Grosso por volta das 7h da manhã deste domingo para fazer uma vistoria no local com sua equipe e teria caído por volta das 10h de uma plataforma com 3 metros de altura. Diante do ocorrido a equipe insistiu para que fosse a uma unidade médica, tendo o conduzido em um veículo próprio. Ele foi encaminhado para a Santa Casa, onde deu entrada e desde então passa por diversos exames de imagem e laboratoriais para monitorar sua saúde e identificar traumas. Na publicação, Virginia destacou o cuidado recebido pelo marido e agradeceu aos profissionais de saúde. “Olha só quem apareceu saindo do exame pra desejar uma ótima semana pra gente! MM segue sendo muito bem cuidado pelos condutores Pedro Cardoso Da Costa Neto e Joermes Pinto Da Silva, pelo médico Raul Carvalho de Campos, pelo técnico de enfermagem Mauricio da Silva e, principalmente, pela enfermeira Bianca Lorranny Rodrigues, que tem sido essencial em sua recuperação. Ele está bem, graças a Deus. Obrigado Senhor por mais um milagre em nossas vidas!” escreveu.