Criminosos que movimentaram R$ 100 milhões com o tráfico são alvos de operação em MT; 16 presos
Criminosos que atuam no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na região metropolitana de Cuiabá são alvos da Operação Conductor, deflagrada na manhã desta terça-feira (2), pela Polícia Civil. A investigação aponta que o grupo movimentou R$ 100 milhões. Grupo alugava casas em Várzea Grande para esconder as drogas, armas e munições. As entregas aconteciam até em supermercados.
Conforme as informações da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e da Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), são cumpridos 16 mandados de prisão preventiva, 35 mandados de busca e apreensão, 39 bloqueios de valores e 5 sequestros de veículos.
Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Quarta Vara Criminal da Comarca de Cáceres, em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, São Luís (MA) e Jaboatão dos Guararapes (PE).
Investigação
A investigação começou após a prisão de um homem, de 31 anos, no dia 12 de abril de 2024, em Cáceres, pela Polícia Rodoviária Federal, que estava transportando 153,8 mil kg de cocaína em seu veículo, um Renault Master Eurolaf, que simulava ser utilizado para o transporte de passageiros.
Após a apreensão, as investigações, que tiveram duração de mais de um ano, identificaram um grupo criminoso voltado para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com envolvimento de pelo menos 31 pessoas físicas e oito pessoas jurídicas.
O líder do grupo, morador de Várzea Grande, controlava o transporte da droga desde a região de fronteira, o armazenamento, negociação e distribuição na região metropolitana de Cuiabá.
“Durante o período de cerca de 4 meses, o grupo recebeu mais de duas toneladas de drogas, armas de fogo e munições, sendo um carregamento por semana. O valor estimado da droga recebida nesse período é de R$ 45 milhões, que corresponde à quantia bloqueada/sequestrada dos investigados”, afirmou a delegada Bruna Laet, responsável pela investigação do caso.
Os entorpecentes do grupo eram destinados tanto ao consumo local quanto enviados a outros estados da federação. As investigações apontaram que a movimentação financeira do grupo com a comercialização da droga chega a R$ 100 milhões.
“Esse grupo criminoso alugava residências de médio padrão em Várzea Grande exclusivamente para armazenar a droga, armas de fogo e munições, e realizava a entrega desses materiais em supermercados e terminais de ônibus”, relatou a delegada Bruna Laet.
Durante as investigações, a Polícia Civil contou com a cooperação da Receita Federal e da Politec, que foram essenciais na obtenção de provas e, consequentemente, na identificação da estrutura e modus operandi da organização, bem como com a celeridade do Ministério Público e do Poder Judiciário, respectivamente, nas manifestações e decisões.
A operação conta com apoio de equipes da Delegacia Regional de Cáceres e das Diretorias Metropolitana, de Interior e de Atividades Especiais.
O nome da operação, Conductor, faz menção à função desempenhada pelo homem que transportava a droga da região de fronteira até Várzea Grande e simulava realizar o transporte de passageiros na van que foi apreendida com a droga.









