Promotores pedem que assassinos de Zampieri sejam julgados pelo Tribunal do Júri
Em memoriais finais, os promotores de Justiça do Núcleo de Defesa da Vida pronunciaram Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas para que sejam julgados pelo Tribunal do Júri pelo homicídio do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro de 2023 em Cuiabá.
O documento foi assinado pelos promotores Samuel Frungilo, Vinicius Gahyva Martins, Jorge Paulo Damante Pereira e Marcelle Rodrigues da Costa e Faria. Os representantes do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) destacaram que Antônio, Hedilerson e Etevaldo foram denunciados pelo homicídio com as qualificadoras de emprego de arma de fogo de uso restrito, recurso que dificultou a defesa da vítima, concurso de agentes e mediante paga e promessa de recompensa. A denúncia foi recebida em fevereiro deste ano.
“A pronúncia dos acuados é medida que se impõe ao feito, eis que o acervo probatório coligido aos autos atesta a existência do crime de homicídio triplamente qualificado, em face de Roberto Zampieri. Frisa-se, por oportuno, que a morte de Zampieri somente foi alcançada ante ao somatório de esforços de todos os acusados, cada um desempenhando determinadas tarefas, que contribuíram para a consumação do homicídio”, argumentaram.
Os promotores consideraram todas os depoimentos e provas juntadas nos autos, que apontaram o papel de cada um dos réus no crime, e com isso pediram que seja julgada procedente a denúncia para que Antônio, Hedilerson e Etevaldo sejam pronunciados pelo homicídio.
O caso
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava em uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. O executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o crime ocorrido contra o advogado.
No dia 22, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro, foi apontado como intermediário do crime, sendo responsável por contratar o executor e entregar a arma de fogo.
Coronel do Exército, Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, foi preso no dia manhã de janeiro, em Belo Horizonte (MG), acusado de ser o financiador do crime. O suposto mandante, Aníbal Manoel Laurindo, está solto.









