Prefeito comemora, mas quer início só após Festival de Inverno
O prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner (MDB), comemorou a emissão da licença por parte do Ibama para a obra de retaludamento no Portão do Inferno. Ele, entretanto, quer convencer o Governo do Estado iniciá-la somente após o Festival de Inverno.
O evento, que é o principal do calendário turístico da cidade, terá diversas atrações musicais e acontecerá de 15 de julho a 4 de agosto. No ano passado, mais de 254 mil pessoas foram ao evento, que rendeu aproximadamente R$ 70 milhões ao comércio local.
Além de defender que as obras comecem após o festival, Froner quer que durante os trabalhos o tráfego funcione com horários flexíveis para não prejudicar a economia da cidade.
“Notícia extremamente positiva, será a solução definitiva. É resultado do empenho do governador Mauro Mendes [União]. Fizemos quatro visitas a Brasília no Ibama e no ICMBio, porque o lugar é muito restritivo, está dentro de um parque nacional e isso deu mais dificuldades no licenciamento. A obra está liberada e vamos tentar manter a normalidade”, disse.
“Temos essa preocupação para ajustamento do cronograma do Portão do Inferno. Estamos em tratativa com a Sinfra [Secretaria de Infraestrutura]. Se conseguirmos que o início da obra seja no dia 5 de agosto, para adequar [após] o Festival de Inverno, seria melhor para a cidade”, acrescentou.
O prefeito ainda contou que o movimento do comércio na cidade caiu 70% desde que o acesso ficou restrito para obras emergenciais de contenção de deslizamentos no Portão do Inferno.
“Houve redução de 70% do fluxo comercial e refletiu no comércio: gastronomia, hotelaria, turismo, construção civil... Temos que aceitar e moldar a obra para ter nossa parte de sacrifício e não entrar em colapso”, completou.
A obra
O acesso a Chapada dos Guimarães através da MT-251 foi prejudicado pelos deslizamentos de rocha ocorridos no Portão do Inferno. Por causa disso, a economia da cidade tem sido prejudicada.
Para pôr fim ao problema, o Governo do Estado assinou em março o contrato de R$ 29 milhões para realizar a obra, que deverá colocar fim aos deslizamentos. O Executivo estadual, no entanto, ainda aguardava a autorização dos órgãos federais, que foi concedida na sexta-feira (28).
O projeto, da empresa Lotufo Engenharia e Construções Ltda., prevê em 120 dias a retirada total do maciço do Portão do Inferno, por meio de uma obra de retaludamento da encosta.
O retaludamento é um processo de terraplanagem através do qual se alteram, por cortes ou aterros, os taludes originalmente existentes no local, para se conseguir uma estabilização do mesmo.









