Operação mira em grupo que lavou R$ 185 milhões do tráfico em MT; 7 são presos

Gazeta Digital • 14 de agosto de 2025

Operação Datar, da Polícia Civil, cumpre 67 ordens judiciais, na manhã desta quinta-feira (14), contra um grupo criminoso envolvido em lavagem de dinheiro do tráfico de droga em Cuiabá, Primavera do Leste, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A movimentação do grupo ultrapassou R$ 185 milhões.

 

De acordo com as informações, a operação é fruto de uma investigação qualificada de longo prazo feita pela Delegacia de Repressão a Narcóticos (Denarc), que identificou movimentações financeiras milionárias entre os investigados. 

 

Ao todo, são 7 prisões, 11 cautelares diversas de prisão, 14 mandados de busca e apreensão, além de 19 ordens de bloqueio de contas bancárias e sequestro de 16 automóveis. 

 

Investigação



Foi constatado que os alvos movimentavam valores expressivos por meio de contas próprias, sem lastro documental ou origem comprovada. Os valores eram fracionados em pequenas quantias e transitavam entre contas físicas e jurídicas para ocultar e dissimular a real origem do dinheiro. 

 

O alvo principal já está preso e agora, a operação mirou em outros integrantes do grupo criminoso. Segundo o delegado André Rigonato, responsável pelas investigações, as ordens judiciais contra os investigados buscam não apenas a responsabilização penal dos envolvidos, mas também a descapitalização dos membros do grupo criminoso.

 

“O objetivo é interromper o fluxo financeiro do grupo criminoso, ampliando o alcance das ações repressivas contra o crime organizado em Mato Grosso", disse o delegado. 

 

As investigações prosseguem com análise do material apreendido e a apuração de eventuais novos envolvidos.

Por Ascom TREMT 16 de agosto de 2025
A 17ª edição do Encontro Nacional do Colégio de Ouvidores da Justiça Eleitoral (ECOJE) foi concluída na manhã desta sexta-feira (15), em Pirenópolis (GO). O evento reuniu magistrados, ouvidores e representantes das Ouvidorias Regionais Eleitorais (OREs) de todo o país. Com o encerramento dos trabalhos, foi publicada a Carta de Pirenópolis, documento que consolida o resultado das deliberações do encontro. A programação do dia começou com a palestra “Violência Institucional e o Papel das Ouvidorias”, proferida pelo professor Roberto Heloani. Em seguida, a advogada Edilene Lobo, ex-ministra do Tribunal Superior Eleitoral, abordou o uso da inteligência artificial no combate à violência política de gênero. Após as exposições, os participantes discutiram e aprovaram as recomendações apresentadas na Carta de Pirenópolis . As principais determinações do documento foram: A criação de Comissão de Acompanhamento Legislativo de Interesse das Ouvidorias; Implementação de programas de capacitação de ouvidores e servidores para atendimento de povos e comunidades tradicionais; A adoção de procedimentos específicos de acolhimento, comunicação e processamento de denúncias de assédio e discriminação; Capacitação contínua e ações educativas permanentes para a prevenção e o enfrentamento do assédio e da discriminação; A adoção de ações permanentes para promover a acessibilidade, a inclusão e a participação ativa das pessoas com deficiência nos processos e serviços da Justiça Eleitoral; Fomentar a observância e aplicação da Resolução CNJ n.º 615/2025; A elaboração e implementação de fluxo interno padronizado para o recebimento, registro, análise preliminar e encaminhamento célere de denúncias relacionadas à violência política de gênero; A garantia de recursos humanos tecnológicos e logísticos adequados para a estruturação, instalação e funcionamento de Ouvidorias da Mulher no âmbito da Justiça Eleitoral; Criação da Revista do COJE, publicação acadêmico-institucional destinada a consolidar e disseminar o conhecimento produzido pelas Ouvidorias da Justiça Eleitoral brasileira; Desenvolvimento e apoio, pelas Ouvidorias, de iniciativas de aproximação com organizações da sociedade civil, bem como programas de apresentação da Justiça Eleitoral para crianças e adolescentes. O documento também anunciou que a próxima edição do ECOJE será realizada em 2026, na cidade de Maceió (AL), em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, em data a ser definida e divulgada posteriormente. Confira a íntegra da Carta de Pirenópolis. Com a aprovação da Carta, teve início a solenidade de encerramento do XVII ECOJE. Em seu pronunciamento, o presidente do TRE-GO, desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, expressou agradecimento e reconhecimento a todos os organizadores, participantes e colaboradores, ressaltando que já antecipava o êxito da reunião. “Já previa, pelos indicativos, o sucesso deste evento: pelas palestras, pelos encontros, pela possibilidade que tivemos de discussões de novas práticas. E saio daqui bem melhor do que cheguei, porque foi um momento de aprendizado. Isso me faz reafirmar o saber que, da Serra da Contamana ao Arroio Chuí, somos uma nação, somos o mesmo povo. Somos a mesma pátria, somos a mesma Justiça buscando aprimoramentos, buscando melhoria da atividade jurisdicional. Somos melhores, somos únicos”, declarou. A presidente do Colégio de Ouvidores da Justiça Eleitoral (COJE), juíza Lídia Carvalho, manifestou sua satisfação com o resultado do encontro. “Chegamos ao fim de mais um ECOJE com um senso de dever cumprido, com a participação recorde em relação às edições anteriores, com todos os regionais presentes”, destacou. A magistrada informou que o edital para a eleição da diretoria executiva para o próximo ano será lançado em 22 de agosto e conclamou a participação dos presentes: “Convido todos a participarem efetivamente deste processo democrático, seja candidatando-se, seja apoiando os colegas que demonstrem compromisso efetivo para conduzir o Colégio no próximo ano.” Segundo dia (14/08)  O segundo dia do evento foi marcado por palestras de alto nível e por uma apresentação cultural. Especialistas abordaram temas relevantes para o fortalecimento das ouvidorias e o aprimoramento de sua atuação: Sistema Nacional de Ouvidorias Judiciais: desafios atuais - Ronaldo Pedron Ouvidoria Eleitoral dos Povos Indígenas do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima - juíza Anita Oliveira O papel das Ouvidorias na integridade da informação nas eleições e no combate à desinformação - Joelson Dias, ex-ministro do TSE As Ouvidorias contra a desinformação: um canal de acesso à informações confiáveis - Elder Goltzman A inteligência artificial aplicada nas atividades das Ouvidorias - juiz Diogo Rais O papel das Ouvidorias dos tribunais na Política Judiciária de Combate ao Assédio Moral, Sexual e Discriminação - juiz Igo Correa Como parte da programação, os participantes prestigiaram a apresentação musical das Pastorinhas, manifestação cultural que integra as tradicionais festividades das Cavalhadas de Pirenópolis. A exibição, promovida pela Prefeitura do município, apresentou um recorte da história e das expressões artísticas locais. Ao final, o presidente do TRE-GO apresentou o vídeo de divulgação da 89ª edição do Encontro do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (Coptrel), que será realizado em outubro, também em Pirenópolis, reforçando o convite a todos para participarem.
Por Gazeta Digital 15 de agosto de 2025
Amigo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e admirador do governo Lula (PT), o mega produtor rural Eraí Maggi disse que ainda é cedo para tomar lado, mas teceu elogios a condução do governo federal e ao governo paulistano. Ele desconversou sobre articulações políticas para eleições presidenciais. À imprensa, na quinta-feira (14), o empresário criticou a antecipação de tratativa eleitoral diante da distância das eleições. Na avaliação dele, os governantes eleitos em 2022 devem focar na execução de seus mandatos, evitando disputas políticas prematuras que desviem a atenção das funções inerentes ao cargo. “Nós temos metade do governo pela frente ainda, o Tarcisio tem metade do governo lá em São Paulo, o Lula está na metade do mandato, nós temos que trabalhar, fazer o Mato Grosso. Não vamos ficar falando em política, agora não é hora. Discutir é política ano que vem, agora é só o ensaio, que deixe andar, que vá bem o Brasil, que vá bem o Tarcísio, que vá bem o Lula. Eu estou torcendo para gerar emprego, eu quero gerar indústria, nós estamos no começo do governo, não torcendo para ir mal, de jeito nenhum, o Brasil tem que ir bem”, argumentou o empresário. Além de comentar o cenário político, o empresário criticou duramente o “tarifaço”, promovido pelo presidente estadunidense Donald Trump, aos produtos importados do Brasil em 50%. Para ele, Trump não deveria tentar interferir no Judiciário, respeitando os Poderes, sua conduta expõe o país a constrangimento. Segundo o empresário, se ocupasse a presidência da República, "tentaria" conversar um pouco mais com o presidente, mas crê que Lula tentou contato. “Acho ridículo essa negociação que está se colocando, debitando o tarifaço, eu acho um pouco de humilhação, nós não precisamos passar por essa humilhação. Eu gostaria muito de estar com os Estados Unidos, a parte de inteligência artificial, as tecnologias, tudo que os Estados Unidos mandam para cá para nós, é bacana. Eu teria forçado um pouquinho mais se conversar com o Trump, mas eu imagino que ele tentou”, pontou.
Por Gazeta Digital 15 de agosto de 2025
Sócio-propietário do laboratório Bioseg e preso na Operação Contraprova, na manhã desta sexta-feira (15), em Cuiabá, Igor Phelipe Gardes Ferraz, 37, era assessor parlamentar lotado no gabinete do vereador Gustavo Padilha (PSB). Igor é biomédico e era o técnico responsável pelo laboratório, investigado por falsificar e fraudar resultado de exames. Consta no Portal de Transparência que Igor foi nomeado em cargo de comissão, como assessor parlamentar externo, na data de 06 de junho deste ano, com salário de R$ 2.250. Ao , Padilha afirmou que ‘foi pego de surpresa’ com a prisão de Igor, quem conheceu no trabalho comunitário. Porém, ressaltou que todas as medidas já foram adotadas, entre elas a exoneração do biomédico. O ato também já consta no portal da casa. Delegado Rogério Ferreira destacou que, durante a prisão, também fez apreensões na casa de Igor. “Toda essa documentação, esse material, vai ser submetido a análise, principalmente computadores, celulares e documentos. A investigação continua, os fatos são graves”, destacou. O laboratório Bioseg, que tinha sede em Cuiabá, Sorriso e Sinop, prestava serviço para vários órgãos públicos, entre eles: Câmara e Prefeitura de Cuiabá; prefeituras de Primavera do Leste, Sinop, Nova Ubiratã, Juara e outras. Foram encontradas anotações com valores, por exemplo, de R$ 2 milhões e até R$ 100 milhões em fundos. Em nota, a Câmara de Cuiabá afirmou que não mantém mais qualquer vínculo contratual com a empresa investigada desde maio, “ocasião em que a atual gestão optou pela não renovação da prestação dos serviços”. Já a Prefeitura de Cuiabá ressaltou que a operação é resultado de uma denúncia do próximo executivo municipal e “reforça que todos os contratos com a referida empresa, firmados na gestão passada, passam por reanálise para verificação da legalidade e eficiência”. Operação  Polícia cumpriu 11 mandados na investigação que apura as fraudes e falsificações de exames na Bioseg, que atua em Cuiabá, Sorriso e Sinop. Os 3 sócios da empresa estão entre os alvos, porém, apenas um – que é biomédico – foi preso de forma preventiva. Ele era o responsável técnico pelo laboratório. A rede, identificada por meio de investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), realizava exames para diversos órgãos públicos, como a Câmara e a Prefeitura de Cuiabá, e também para clínicas médicas particulares, nutricionistas e um convênio médico, além de atender pacientes particulares. A Justiça determinou ainda a interdição das 3 unidades do laboratório, bem como a suspensão do registro de biomédico do sócio preso, suspensão de contratos do laboratório com o Poder Público e proibição dos sócios de contratar com órgãos públicos da União, Estados e Municípios. Ao final do inquérito, os investigados poderão ser indiciados nos crimes de estelionato, falsificação de documento particular, peculato e associação criminosa, cujas penas podem chegar a até 25 anos de prisão, além de multa. Fatos apurados As investigações começaram em abril deste ano, após denúncia recebida pela Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá de que um dos sócios e responsável técnico pelo laboratório estaria falsificando os resultados de exames. Na ocasião, a unidade foi interditada, e o investigado chegou a ser preso em flagrante delito. O laboratório recebia e coletava amostras de material biológico, incluindo secreção de pacientes de home care, realizando ainda exames de covid-19, toxicológico e de doenças como sífilis, HIV e hepatites. Os laboratórios possuíam unidades nos municípios de Cuiabá, Sinop e Sorriso. Porém, no decorrer das investigações, foi apontado que o laboratório não realizava os exames internamente nem enviava os materiais biológicos para outros laboratórios, como afirmavam os sócios. As amostras coletadas dos pacientes eram descartadas sem qualquer análise e os resultados dos laudos eram falsificados pelo sócio responsável técnico, que também é biomédico. Ele foi preso preventivamente nesta sexta-feira. Durante o cumprimento dos mandados de buscas foram apreendidos armas, munições e diversos documentos.
Por Agência Brasil 15 de agosto de 2025
O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para 2 de setembro o início do julgamento da ação penal que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, todos réus por tentativa de Golpe de Estado. O julgamento foi marcado para começar às 9h. Zanin reservou oito sessões para a análise do caso, seis delas extraordinárias, ou seja, realizadas em horários fora do previsto para a Primeira Turma. Além do 2 de setembro, com uma sessão pela manhã e outra a tarde, a demais sessões estão previstas para ocorrer nos dias 3, 9, 10 e 12 de setembro, conforme cronograma divulgado pela secretaria da Primeira Turma. A ação penal 2668 é a mais avançada relacionada à trama golpista denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e tem como alvo o núcleo 1 da trama, também chamado núcleo “crucial”, grupo formado pelo que seriam as principais cabeças do complô. Além do relator, ministro Alexandre de Moraes, vão participar do julgamento os outros quatro ministros que compõem a Primeira Turma - Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Como de costume nas análises de mérito e presenciais, o julgamento deve ser inteiramente transmitido pela TV e Rádio Justiça, bem como pelo canal do Supremo na plataforma YouTube. Relembre A ação penal 2668 é a mais avançada relacionada à trama golpista denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e tem como alvo o núcleo 1 da trama, também chamado núcleo “crucial”, grupo formado pelo que seriam as principais cabeças do complô. Pela denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, elaborada com base nas investigações da Polícia Federal (PF), Bolsonaro foi o líder de uma trama golpista que tinha como objetivo mantê-lo no poder mesmo com derrota na tentativa de reeleição, em 2022. Segundo a narrativa da acusação, o plano golpista começou a ser colocado em prática em meados de 2021, quando Bolsonaro orientou o alto escalão de seu governo a atacar o sistema eletrônico de votação, de modo a desacreditar o processo eleitoral e criar o clima social propício a uma ruptura democrática. Ainda segundo o PGR, a tentativa de golpe culminou com o 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro que não aceitavam o resultado das eleições invadiram e depredaram amplamente as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Entre as provas apresentadas estão, por exemplo, minutas de um decreto golpista encontradas em endereços dos investigados, bem como rascunhos de planos como “Luneta”, “Copa 2022” e “Punhal Verde Amarelo”. O PGR enfatizou que tais planos chegaram a prever, inclusive, o sequestro e assassinato de autoridades ainda em 2022, entre as quais o ministro do STF Alexandre de Moraes, o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice eleito, Geraldo Alckmin. Todos os oito réus do núcleo 1 foram acusados de cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas podem superar os 30 anos de prisão. O julgamento final da ação penal contra Bolsonaro foi marcado pouco depois de todas as defesas terem entregado ao Supremo suas alegações finais no caso. O prazo final para isso se encerrou na última quarta (13). Defesas  Com a exceção da defesa de Bolsonaro, que chamou a narrativa da PGR de “absurda” e “golpe imaginado”, as demais defesas optaram em geral por não contestar a existência de uma trama golpista em si, mas concentraram esforços em desvincular seus clientes de um eventual complô, mesmo que fique provada a existência deste.
Por Gazeta Digital 15 de agosto de 2025
Polícia apreendeu duas armas de fogo, várias munições, um aparelho de choque e 650 euros na casa de um dos sócios da Bioseg, laboratório fechado durante a operação Contraprova, que apura a fraude e falsificação de exames. De acordo com as informações apuradas, nesse caso, a polícia foi até a casa do investigado para cumprir apenas busca e apreensão. Ele mora em um edifício de luxo, na avenida Senador Filinto Müller, no Quilombo, em Cuiabá. Lá, chamaram por várias vezes os moradores, mas sem sucesso. Os investigadores precisaram arrombar a porta do apartamento. O investigado não estava em casa, apenas a noiva. Ela acompanhou os trabalhos dos policiais. Foram localizadas duas armas de fogo, sendo uma carabina e uma pistola Taurus. Além disso, foram apreendidas ainda várias munições, um aparelho de choque e 650 euros. Operação Polícia cumpre 11 mandados na investigação que apura as fraudes e falsificações de exames na Bioseg, que atua em Cuiabá, Sorriso e Sinop. Os 3 sócios da empresa estão entre os alvos, porém, apenas um – que é biomédico – foi preso de forma preventiva. Ele era o responsável técnico pelo laboratório. A rede, identificada por meio de investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), realizava exames para diversos órgãos públicos, como a Câmara e a Prefeitura de Cuiabá, e também para clínicas médicas particulares, nutricionistas e um convênio médico, além de atender pacientes particulares. A Justiça determinou ainda a interdição das 3 unidades do laboratório, bem como a suspensão do registro de biomédico do sócio preso, suspensão de contratos do laboratório com o Poder Público e proibição dos sócios de contratar com órgãos públicos da União, Estados e Municípios. Ao final do inquérito, os investigados poderão ser indiciados nos crimes de estelionato, falsificação de documento particular, peculato e associação criminosa, cujas penas podem chegar a até 25 anos de prisão, além de multa. Fatos apurados As investigações começaram em abril deste ano, após denúncia recebida pela Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá de que um dos sócios e responsável técnico pelo laboratório estaria falsificando os resultados de exames. Na ocasião, a unidade foi interditada, e o investigado chegou a ser preso em flagrante delito. O laboratório recebia e coletava amostras de material biológico, incluindo secreção de pacientes de home care, realizando ainda exames de covid-19, toxicológico e de doenças como sífilis, HIV e hepatites. Os laboratórios possuíam unidades nos municípios de Cuiabá, Sinop e Sorriso. Porém, no decorrer das investigações, foi apontado que o laboratório não realizava os exames internamente nem enviava os materiais biológicos para outros laboratórios, como afirmavam os sócios. As amostras coletadas dos pacientes eram descartadas sem qualquer análise e os resultados dos laudos eram falsificados pelo sócio responsável técnico, que também é biomédico. Ele foi preso preventivamente nesta sexta-feira. Durante o cumprimento dos mandados de buscas foram apreendidos armas, munições e diversos documentos. Contraprova O nome da operação faz referência à análise de contraprova, exame de confirmação destinado a verificar a veracidade de um resultado. O nome simboliza a atuação da Polícia Civil como verdadeira “contraprova” que desmascarou os resultados falsos emitidos pelos investigados.
Por Gazeta Digital 15 de agosto de 2025
Um menino de 3 anos morreu afogado na piscina da residência da família, na manhã de quinta-feira (14), na avenida 15 de Novembro, em Alto Garças (357 km ao sul de Cuiabá). Conforme apurado pelo , a Polícia Civil foi acionada às 10h52 para realizar a liberação de um corpo no Hospital Municipal. No local, foi constatado que o caso se tratava de um acidente doméstico. O tio da vítima, que estava na unidade bastante abalado, relatou aos agentes que o menino que é criado pela avó. Porém, ontem estava aos cuidados da tia paterna. Na noite anterior eles haviam trabalhado e, quando chegaram, colocaram todas as crianças para dormir. Na manhã seguinte, quando acordaram, sentiram falta do menino. Ao procurar, o encontraram boiando na piscina da residência. De imediato ele o levou para o hospital, mas ainda assim a criança não resistiu e morreu. Corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia. Caso será investigado pela Polícia Civil.
Por Gazeta Digital 14 de agosto de 2025
A Prefeitura de Várzea Grande, na manhã desta quinta-feira (14), apresentou em audiência pública os projetos de lei de diretrizes orçamentária (PLDO) e projeto de lei orçamentária anual (PLOA) para o ano de 2026. O orçamento municipal para o próximo ano está previsto em R$ 2.037.086, 692,91. Conforme a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece as prioridades e orienta a elaboração do orçamento anual, enquanto a Lei Orçamentária Anual (LOA) detalha a arrecadação e a aplicação dos recursos em áreas específicas para o próximo exercício fiscal. A Lei Orgânica do Município estabelece que o Poder Executivo deve enviar à Câmara até 31 de agosto a Lei de Diretrizes Orçamentárias e até 31 de setembro a Lei Orçamentária Anual. A secretária municipal de planejamento, Drielli Martinez, conta que a apresentação mostra os principais pontos e planos da gestão municipal para o ano de 2026. “O orçamento contempla diversos itens que estão dentro do nosso Plano Plurianual (PPA) como por exemplo: a construção da rodoviária, do Mercado Municipal e da maternidade municipal. A gestão tem seguido à risca todo o plano de governo, o qual foi elaborado por meio de discussão com a população do município”, conta Drielli. O secretário de Gestão Fazendária, Marcos José da Silva, relata que este orçamento foi elaborado por meio de observações pontuais das necessidades do município. “A prefeita Flávia Moretti e todos os secretários estão trabalhando em atender as necessidades da população várzea-grandense. Um grande exemplo disso é que está no orçamento o processo de concessão do Departamento de Água e Esgoto (DAE), além de ampliação de diversos serviços de saúde, educação, entre outros”, destaca. A secretária municipal de Governo, Carol Mello, relata que este é o primeiro orçamento municipal da gestão Flávia Moretti. “Elaboramos um planejamento para 2026 dentro da realidade do nosso município, de forma homogênea e humanizada, dentro da realidade do município”, disse. Confira alguns pontos do orçamento: Gestão Fazendária Concurso Público, implantar IPTU verde social, implantação de Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), entre outros. Assistência Social Programa Acelera VG, construção de dois Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), construção de Centro POP, construção instituto do idoso, manutenção de restaurante popular, implantação de políticas públicas às mulheres, acesso à pessoa com transtorno espectro autista, programa de combate à pobreza menstrual, entre outros. Educação, Cultura, Esporte e Lazer Implantação do Centro de Apoio à Inclusão de Deficientes Visuais, Auditivos, Intelectuais e Neurodivergentes, concurso público, bolsa atleta, copa interbairros, competição de motocross, atividade paraolímpica, entre outros. Desenvolvimento Urbano e Regularização Fundiária Plano diretor, regularização fundiária e redução do déficit de moradia Administração Implantação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), concursos públicos e processo seletivo, valorização dos servidores e capacitação dos servidores municipais. Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável Manutenção e implantação de parques e unidades de conservação, formação e capacitação de servidores e implantação do programa de desenvolvimento rural sustentável. Defesa Social Construção do quartel da Guarda Municipal, formação e capacitação dos servidores, educação para o trânsito, entre outros. Viação e Obras Ampliação do sistema de esgoto, ampliação sistema de água, construção do Instituto Médico Legal, construção do espaço de comercialização (mercado municipal), construção terminal rodoviário, revitalização da orla, construção de pontes, manutenção de vias públicas pavimentadas, manutenção de vias não pavimentadas, implantação de energia limpa, entre outros. Serviços Públicos e Mobilidade Urbana Criação de agência reguladora, implantar o plano de mobilidade urbana, ampliação de iluminação pública, manutenção de sinalização, serviço de transporte público para mulheres vítimas de violência e pacientes do Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), construção de capela mortuária, construção e manutenção de aterro sanitário, entre outros. Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Turismo Implantar aplicativo Turismo VG, fomentar indústrias, fomentar comércios, fomentar turismo, construção centro de eventos turísticos, entre outros. Departamento Água e Esgoto (DAE) Concessão do DAE, ações contra vazamentos, manutenção das estações de tratamento de água e esgoto, entre outros. Saúde Criação do aplicativo ‘Saúde na Palma da Mão’, construção policlínica, construção de CAPS, construção Unidade Básica de Saúde (UBS), construção maternidade, construção de UBS no bairro José Carlos Guimarães, reforma e ampliação do Pronto-Socorro, implantação de Unidade de Pronto Atendimento no bairro Jardim Glória, reforma e ampliação da UPA Ipase e Cristo Rei, qualificação dos servidores, implantação do novo hospital, implantação da nova sede do Centro Especializado de Reabilitação, castrações de cães e gatos, entre outros.
Por Gazeta Digital 14 de agosto de 2025
O Consórcio Rota Agro Brasil foi o vencedor do leilão do sistema rodoviário BR-060/364/GO/MT. Trecho de quase 500 quilômetros que liga Goiás ao Mato Grosso, com uma oferta de desconto de 19,70% sobre a tarifa básica de pedágio. O lance de R$ 7,2 bilhões ocorreu por meio da Bolsa de Valores (B3), no início da tarde desta quinta-feira (14), em São Paulo. A vencedora do certame foi definida pelo maior desconto sobre a tarifa básica de pedágio. No trecho a ser concedido está previsto investimento de R$ 7,2 bilhões pelo prazo de 30 anos, recursos estes que serão utilizados para modernizar e expandir o sistema rodoviário. Durante o leilão foi informado ainda que é estimada a geração de mais de 64 mil empregos diretos e indiretos. Entre os municípios que integram a malha viária sob concessão está Rio Verde, em Goiás, e a cidade de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), cujo trecho compreende as BRs-163 e 364, responsáveis por escoar a produção agrícola para os grandes centros metropolitanos e portos do país, principalmente de São Paulo e Paraná. Entre as obras que serão executadas nas estradas estão 45 quilômetros de duplicação, 150 quilômetros de faixas adicionais, contornos viários, vias marginais, pontos de parada e descanso (PPD) para caminhoneiros e quatro novas passarelas para pedestres. Na ocasião estiveram presentes o ministro dos Transportes do Brasil, Renan Filho, Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o vice-governador de Goiás Daniel Vilela, entre outras autoridades. “Nunca antes o Brasil viveu um momento tão próspero de investimentos em infraestrutura. O agro está crescendo de forma exponencial e precisa de estrutura. Esse leilão de sucesso é a contribuição para o investimento que o agro precisa e terá mais carga para passar pelas rodovias. Uma infraestrutura mais eficiente nos garante competitividade. Estou feliz porque sou mato-grossense e fico muito feliz por todos os mato-grossenses”, disse Fávaro. O leilão já estava previsto desde 2024 e teve o plano de outorga aprovado em 13 de junho do ano passado, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Por Gazeta Digital 14 de agosto de 2025
Conhecido com um dos membros da ‘gangue do chicote’, Rafael Geon de Sousa, 37, também é um dos presos na operação Datar, da Delegacia de Repressão a Narcóticos (Danarc), que investiga lavagem de dinheiro do tráfico de drogas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Com ele, a polícia apreendeu 6 armas de fogo, munições e uma Mercedes. A operação, deflagrada nesta quinta-feira (14), tem como base um trabalho profundo que analisou a movimentação financeira entre os investigados, que desde 2019, movimentaram uma quantia de R$ 185 milhões. De acordo com as informações apuradas pela reportagem, as buscas de Rafael aconteceram em dois endereços. No primeiro, os investigadores não encontraram ninguém na residência e descobriram que, apesar do alvo não morar mais lá, utilizava a casa eventualmente. Dentro do guarda-roupa de um dos quartos, foram encontradas 5 armas de fogo. De lá, os policiais foram para o condomínio Bonavita, onde cumpriram a prisão contra Rafael. Mais uma arma de fogo foi apreendida na empresa dele, bem como um veículo de luxo, uma Mercedes. Conforme os delegados Eduardo Ribeiro e Wilson Cibulskis, dos 7 mandados de prisão expedidos na investigação, 6 foram cumpridos e um é considerado foragido. Além de Rafael, a reportagem confirmou que estão presos em Cuiabá também os DJs Diego de Lima Datto, 41, e Patrike Noro de Castro, 39. Estima-se que, desde 2019, o grupo movimentou uma quantia de R$ 180 milhões. Investigação Foi constatado que os alvos movimentavam valores expressivos por meio de contas próprias, sem lastro documental ou origem comprovada. Os valores eram fracionados em pequenas quantias e transitavam entre contas físicas e jurídicas para ocultar e dissimular a real origem do dinheiro. O alvo principal já está preso e agora, a operação mirou em outros integrantes do grupo criminoso. Segundo o delegado André Rigonato, responsável pelas investigações, as ordens judiciais contra os investigados buscam não apenas a responsabilização penal dos envolvidos, mas também a descapitalização dos membros do grupo criminoso. “O objetivo é interromper o fluxo financeiro do grupo criminoso, ampliando o alcance das ações repressivas contra o crime organizado em Mato Grosso", disse o delegado. As investigações prosseguem com análise do material apreendido e a apuração de eventuais novos envolvidos. ‘Gangue do chicote’ Em 2023, Rafael foi preso pela Polícia Civil após contratar homens para fazer cobrança. Eles usavam violência para o ato e chegaram a chicotear uma das vítimas. O ato foi gravado, compartilhado nas redes sociais e resultou em uma ação policial.
Por Mídia News 14 de agosto de 2025
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), responsabilizou as empresas do Consórcio BRT e o ex-prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), pelo atraso das obras do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido). Russi disse que empresas “sem responsabilidade” e a ação do ex-prefeito prejudicaram o cronograma da obra. Emanuel tentou várias vezes na Justiça a troca do modal e criou obstáculos para o andamento dos trabalhos, como a exigência de alvarás, autorizações e licenças. “Infelizmente, a gente ficou um tempo parado, com o ex-prefeito, empresas sem responsabilidade, empresas que assumem um compromisso e não dão conta de fazer. Nós temos bons empresários e boas empresas. Agora nós temos umas [atuando no estado] que infelizmente deixam muito a desejar”, disse nesta quarta-feira (6) na reabertura dos trabalhos na Assembleia após o recesso. A declaração ocorreu após ele ser questionado sobre o atraso na obra do BRT, em Cuiabá, que foi dividido em lotes após o contrato entre Governo do Estado e Consórcio ser rompido. Após esse rompimento, o Consórcio tinha 3 meses para terminar os trechos já iniciados, porém o prazo acabou e as obras continuam. O presidente também cobrou mais rigor do Governo do Estado nas penalidades às empresas que não entregam obras no prazo estabelecido. Segundo ele, é preciso aumentar as multas e ele garantiu que a Assembleia está atuando na fiscalização do andamento dos trabalhos. “O Estado precisa ser mais rigoroso nas multas, nas execuções dos contratos, para que realmente essas empresas saiam do mercado e não venham pegar obra em Mato Grosso”, afirmou. O Consórcio Construtor BRT Cuiabá, que executava as obras, é composto pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda. “Nós esperamos que o secretário [Marcelo Padeiro] faça a cobrança, execute o processo, cobre as multas e tome as providências necessárias nessa questão. O prazo tem que ser cumprido, se não for cumprido, se houver algum aditivo, tem que explicar o motivo dele, porque essas obras demoradas deixam o motorista sem paciência e com razão”, encerrou.