Juiz alega que criou identidade de nobre inglês após crise existencial; entenda

Estadão • 21 de maio de 2025

 juiz aposentado José Eduardo Franco dos Reis, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que se apresentava como descendente da nobreza britânica e viveu 45 anos sob a falsa identidade de Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield, alega ter diagnóstico de Transtorno de Personalidade Esquizoide (TPE).

 

A defesa juntou o laudo psiquiátrico no processo em que ele responde por uso de documento falso e falsidade ideológica.

O Transtorno de Personalidade Esquizoide compõe o agrupamento dos chamados transtornos excêntricos. É caracterizado por distanciamento e desinteresse generalizado por relacionamentos interpessoais.

 

Os advogados Alberto Toron e Renato Marques Martins pedem que a Justiça autorize o chamado ‘incidente de insanidade‘ - procedimento para verificação, através de pericia médica, da saúde mental do réu. Com isso, ele pode ser declarado inimputável.

 

Segundo o documento, o magistrado adotou a identidade falsa como uma maneira de ‘começar uma vida nova‘ após um ‘drama existencial‘. Teria sido uma resposta a um ‘quadro psicológico complexo, motivado por frustração pessoal‘. A informação foi divulgada pelo portal g1 e confirmada pelo Estadão/Broadcast.

 

Ao psiquiatra, o magistrado relatou que, na época, ‘queria morrer e renascer outra pessoa‘ e que ‘tinha vergonha de sua história e de seu nome‘.

 

A defesa também pede que o Ministério Público considera um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) - instrumento jurídico em que o réu confessa o crime e se compromete a cumprir uma série de cláusulas, como o pagamento de multa e a prestação de serviços comunitários, para não responder ao processo criminal.

 

Os advogados negam que o magistrado tenha usado a identidade falsa para cometer crimes ou prejudicar terceiros.

O juiz manteve ativa a identidade brasileira, de Eduardo, que renovava periodicamente. Esse foi o fator determinante para o Ministério Público de São Paulo decidir denunciá-lo.

 

O processo tramita na 29ª Vara Criminal da Capital.

 

Segundo o Ministério Público, Edward Wickfield é na verdade José Eduardo Franco dos Reis, um cidadão de Águas da Prata, no interior de São Paulo, filho de José dos Reis e Vitalina Franco dos Reis.

 

A persona teria sido assumida pelo magistrado pouco antes da graduação. Ele se formou na prestigiosa Faculdade de Direito da USP, no Largo do São Francisco. Depois disso, prestou concurso e atuou décadas como juiz sob a identidade falsa.

 

A fraude foi descoberta em outubro de 2024, quando ele esteve no Poupatempo da Sé para pedir a segunda vida da carteira de identidade. Foram encontrados dois registros diferentes associados às mesmas digitais. A divergência só foi percebida porque os registros do Instituto de Identificação Ricardo Gumblenton Daunt (IIRGD) haviam sido digitalizados.

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, no dia 19 de setembro de 1980, José Eduardo teria comparecido a um posto de identificação da Polícia Civil e tirado o documento em nome de Edward Wickfield.

 

Para tanto, segundo a Promotoria, apresentou um certificado falso de reservista do Exército, um documento que dizia ser ele servidor do Ministério Público do Trabalho, uma carteira de trabalho e um título de eleitor, todos com o mesmo nome falso.

 

Como na época, as bases de documentos não se comunicavam entre si e os papéis não eram armazenados em sistemas eletrônicos, era fácil, de acordo com o MP, uma falsificação.

Por Gazeta Digital 25 de agosto de 2025
A deputada Janaina Riva (MDB) defendeu que o Brasil dê início ao debate sobre pena de morte e prisão perpétua para assassinos de mulheres, como forma de frear os feminicídios no país. Com Mato Grosso entre os 11 estados que mais matam mulheres, conforme o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a deputada acredita que a aplicação de leis mais duras, como a condenação por até 40 anos, não estanca o problema nacional. Poucas horas após o mais recente feminicídio registrado em Mato Grosso, que tirou a vida de Ana Paula Abreu, 33, com mais de 15 facadas, na tarde deste domingo (24), em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá), a emedebista expressou sua indignação e tristeza pelo crime e expôs sua opinião. “Perdemos mais uma mulher vítima de feminicídio em um dos estados que mais matam mulheres proporcionalmente no Brasil. A vítima agora é Ana Paula de Abreu. Ela era casada com seu assassino, Lucas França, no município de Sinop. Foram mais de 20 facadas. Deixo minha solidariedade à família de Ana Paula e digo a vocês que, às penas mais duras, não tem resolvido. Nós precisamos discutir a pena de morte e a prisão perpétua no Brasil, não temos mais outro caminho para barrar os crimes contra mulheres em nosso país e especialmente em nosso estado”, disse a deputada. Janaina ainda ressaltou o contraste entre a violência do assassino e as demonstrações de carinho que a vítima fazia em suas redes sociais. A deputada ainda reforçou que mulheres devem estar atentas aos sinais de violência e que a denúncia é uma ferramenta essencial para identificar e ajudar mulheres em situação de risco. “E há quatro dias, Ana Paula fez uma homenagem para ele nas suas redes sociais, dizendo que ele era o homem da vida dela. Que ele era quem a fazia sorrir. Infelizmente, o feminicídio não tem classe social, nem cor. E nós, mulheres, precisamos entender que a partir do momento que existe uma agressão verbal, que tem uma agressão física, que existe violência financeira, violência psicológica, não está certo. É preciso denunciar, para que assim nós possamos rastrear mulheres em situação de vulnerabilidade, risco de violência”, finaliza. O número de vítimas de feminicídio aumentou em 11 estados. Alagoas, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo registraram, juntos, 757 feminicídios em 2024 – 50,7% do total dos registros no país. No ano anterior, esse conjunto de estados tinha registrado 637 mortes do tipo, valor 18% mais baixo do que o atual. Em 2024, foram 100 mulheres mortas no estado, representando uma taxa de 5%.
Por Agência Brasil 25 de agosto de 2025
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a Polícia Federal (PF) investigar as possíveis irregularidades de emendas parlamentares que somam R$ 694 milhões em repasses do orçamento da União. A medida tem como alvo 964 emendas individuais de transferência especial, que ficaram conhecidas como “emendas Pix”, aprovadas entre 2020 e 2024 e que não tiveram plano de trabalho cadastrado no sistema oficial do governo. Dino deu 10 dias úteis para que o Tribunal de Contas da União (TCU) envie às superintendências da PF em cada estado a lista de emendas sem plano de trabalho a serem alvo de inquérito policial. O cadastro de plano de trabalho para as emendas Pix foi determinado pelo Supremo a partir de 2022, quando a Corte determinou a implementação de regras de transparência e rastreabilidade na liberação dos recursos públicos. Outras medidas Na mesma decisão, Dino determinou ainda que o Ministério da Saúde seja alertado a não executar emendas de relator ao Orçamento, identificadas pela sigla RP9, que não atendam a critérios objetivos como a correção de erros ou omissões. Fora desses critérios, as emendas não deverão ser executadas, ordenou o ministro. Em abril, Dino havia determinado o bloqueio nos repasses de 1,2 mil emendas para a área de Saúde, devido a irregularidades na abertura de conta específica para o recebimento dos recursos. Outra determinação do ministro foi para que a Controladoria-Geral da União (CGU) realize, no prazo de 10 dias úteis, uma auditoria completa dos repasses feitos à Associação Moriá entre os anos de 2022 e 2024, com prioridade para convênios firmados com o Ministério da Saúde. A entidade é suspeita de irregularidades na execução dos recursos públicos. Dino reforçou que bancos públicos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil somente podem transferir recursos de emendas parlamentares por meio da abertura de conta específica para cada emenda, ficando proibidas a utilização de “contas de passagem”. O ministro determinou que, a partir de 2026, qualquer repasse de emendas seja realizado somente por meio de Ordens de Pagamento de Parceria (OPP), sistema criado para aumentar a rastreabilidade dos recursos.
Por Gazeta Digital 25 de agosto de 2025
O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) cobrou a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) para que acelere a construção da trincheira na Avenida Miguel, em Cuiabá, para evitar crises maiores no comércio da região. Guimarães teme que empresários não resistam à queda de circulação nas lojas, diante dos constantes bloqueios na via, e fechem as portas, principalmente pela distância da conclusão das obras, previstas para agosto de 2026. Em reunião na Casa Civil com o secretário Fábio Garcia (União), Diego criticou a “dificuldade com informações” e pediu ao governo um melhor auxílio aos empresários prejudicados. O encontro também contou com a participação de líderes bairristas e comerciais. “Os empresários estão sendo impactados pelas obras, mas não dá para ‘fazer uma omelete sem quebrar os ovos’, então há transtorno. Há famílias e postos de trabalho que precisam ser mantidos para que, após as obras, possam colher os frutos com a maior trafegabilidade”, disse. “Percebemos dificuldade com as informações e problemas por conta de veículos pesados que estavam passando. Será feito um canal de comunicação para que, semanalmente, os empresários recebam um boletim do andamento da obra e a previsão das próximas semanas”, acrescentou. De acordo com o deputado, há possibilidades de acelerar o cronograma das obras, principalmente se a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, por meio da comissão de fiscalização de obras, acompanhar o projeto. “O secretário Fábio Garcia, junto ao representante da Sinfra e Energisa, trouxe informações e se comprometeu a acelerar o passo. Há previsão de que a obra seja entregue até agosto de 2026. Estaremos acompanhando até que aconteça [a conclusão] ou o cronograma seja antecipado. Saímos felizes e mais organizados para auxiliar essas empresas e comerciantes”, completou.
Por Gazeta Digital 25 de agosto de 2025
O longa “Cinco Tipos de Medo”, produção mato-grossense do diretor Bruno Bini, ganhou o prêmio de Melhor Longa-Metragem Brasileiro, no 53° Festival de Gramado, realizado nesse sábado (23). Além da estatueta principal, o filme ainda recebeu os troféus de melhor roteiro, melhor montagem e de melhor ator coadjuvante, entregue a Xamã. O filme marca a estreia de Bella Campos e do rapper Xamã nos cinemas, e também traz em seu elenco principal João Vítor Silva, Rui Ricardo Diaz e Bárbara Colen. O quinteto protagoniza uma trama inspirada em um caso real ocorrido na periferia de Cuiabá, levando para as telonas uma história eletrizante que mistura tensão, afeto e escolhas morais — tudo ambientado em um Brasil que raramente é representado nas telas. Produzido pela produtora mato-grossense Plano B Filmes e pela produtora gaúcha Druzina Content e coproduzido pela Quanta, “Cinco Tipos de Medo” tem distribuição da Downtown Filmes. Rodado em Cuiabá, Várzea Grande e Santo Antônio do Leverger, no estado de Mato Grosso, “Cinco Tipos de Medo” envolveu mais de 180 profissionais, de nove estados brasileiros. Bella Campos dá vida a Marlene, enfermeira dividida entre o amor e o risco. O rapper e ator Xamã interpreta Sapinho, traficante local, que, apesar da trajetória criminal, cuidava da segurança da comunidade. A história é baseada no episódio real em que moradores do Jardim Novo Colorado se uniram para pagar a fiança de Sapinho, temendo que sua ausência deixasse o bairro vulnerável à violência de outras facções. Segundo o diretor Bruno Bini, “o longa é, antes de tudo, um filme que nasce do Brasil profundo, com suas contradições, potências e histórias, que muitas vezes ficam fora do radar do audiovisual tradicional”. “Fazer esse longa em Mato Grosso, com talentos de diversas regiões, é uma forma de afirmar que o cinema brasileiro é múltiplo, potente e vive também nos encontros. A parceria com a Druzina Content é exemplo disso: unimos forças para contar uma história local com alcance universal. Valorizar a regionalidade é fortalecer o cinema nacional como um todo”. Para Luciana Druzina, CEO da Druzina Content, estrear o filme em Gramado tem um valor afetivo e simbólico. Foi nesse mesmo festival, em 2015, que ela conheceu Bruno Bini. “De lá pra cá, construímos uma parceria criativa que já rendeu quatro projetos juntos: ‘Loop’, ‘Cinco Tipos de Medo’, ‘Trabalho Fantasma’ e ‘Três Tempos’”, conta. “Gramado tem esse poder de criar conexões que vão além do festival. É um lugar onde ideias ganham corpo, onde encontros viram filmes. Estrear esse longa justamente aqui é como fechar um ciclo e começar outro.” Bella Campos conta que filmar em sua terra natal foi uma experiência de reconexão. “Receber esse convite foi um presente. Estou vivendo um processo profundo de reencontro, inclusive com meu sotaque. Marlene é uma mulher brasileira em essência: resiliente, determinada e cheia de camadas”. Já Xamã, ao interpretar Sapinho, vê no projeto um gesto de transformação: “Quero dar humanidade ao personagem. A gente sabe que muitas vezes a criminalidade nasce da falta de opção, e o cinema é uma dessas opções. Fazer parte desse filme é também falar sobre caminhos possíveis”. “Cinco Tipos de Medo” é uma produção viabilizada com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), através da ANCINE e do BRDE, e conta também com o apoio do Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (SECEL). A obra deve percorrer festivais ao redor do mundo antes de seu lançamento nos cinemas brasileiros.
Por Gazeta Digital 25 de agosto de 2025
A fonoaudióloga Ana Paula Abreu, 33, usou as redes sociais para se declarar ao marido, Lucas França, 4 dias antes de ser brutalmente assassinada por ele com mais de 15 facadas, na tarde deste domingo (24), em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá).  Na publicação, a vítima se referiu ao suspeito como o motivo de sua felicidade e finalizou afirmando que estaria sempre ao lado dele. "Você é o motivo pelo qual voltei a sorrir, a luz que ilumina a minha vida, a escada da minha subida, o amor da minha vida. Na saúde, na pobreza, na doença, nas alegrias e nas dores. O olhar mais lindo e mais sincero. Independentemente do que aconteça, estarei do seu lado", finalizou no post realizado no dia 21 de agosto. Conforme noticiado pelo , Ana Paula foi encontrada morta por volta das 17h na residência do casal. Ela tinha diversas perfurações de faca. Nos cômodos da casa havia marcas de sangue e facas espalhadas. Lucas tentou resistir a prisão, entrado em luta corporal com os policiais, mas foi detido e preso em flagrante. Até o momento, não há informações sobre o que teria motivado o feminicídio.
Por Agência Brasil 24 de agosto de 2025
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou neste sábado (23) que o Brasil vai superar a crise comercial aberta com as tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos (EUA) e lembrou da menor dependência em relação ao mercado norte-americano, comparado a décadas passadas. "Vai passar. Na década de 1980, era 24% a nossa exportação para os EUA, praticamente um quarto das exportações brasileiras. Hoje, é 12%. E o que está afetado é 3,3%. Isso é o que está afetado no tarifaço", observou o vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, durante participação em debate sobre conjuntura política promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília. Alckmin lembrou que, no momento, cerca de 36% das exportações aos EUA são as mais afetadas pela tarifa de 50%, e que elas atingem de forma mais preocupante alguns setores da indústria de manufatura, como máquinas e equipamentos e indústria têxtil. "Indústria de máquinas, equipamentos, calçados e têxtil. Esses são os que sofrem mais. Porque comida, [como] carne, se eu não vendi lá, eu vou ter outros mercados. Não vai cair o mundo. Café, se eu não vendi lá, vou vender em outro lugar. Agora, produto manufaturado é mais difícil de você realocar. Acaba realocando, mas demora um pouco mais", pontuou o vice-presidente, que vem atuando como o principal negociador do Brasil nessa questão. "Não vamos desistir de baixar essa alíquota e tirar mais produtos", insistiu o vice, ao lembrar que cerca nem todo produto exportado pelo Brasil foi sobretaxado. Cerca de 42% deles ficaram de fora da alíquota de 50%, enquanto outros 16% foram incluídos em taxas que atingem outros países na mesma proporção, como é o caso do aço, alumínio e cobre. Como alternativa, ressaltou Alckmin, o país deverá expandir mercados, com a assinatura do acordo Mercosul-União Europeia, que pode ocorrer até o fim do ano, além de outras tratativas, como o acordo do Mercosul com o EFTA (Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça), Singapura e Emirados Árabes Unidos. Alckmin também destacou as medidas anunciadas pelo governo federal para reduzir os impactos negativos causados aos exportadores brasileiros com o tarifaço, como abertura de linha de crédito, suspensão de tributos incidentes sobre insumos importados (drawback) e aumento do percentual de restituição de tributos federais a empresas afetadas. No âmbito internacional, o vice-presidente citou a reclamação aberta pelo governo brasileiro na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas norte-americanas e prevê que o caso pode chegar também a tribunais dos EUA. "Você não pode usar política regulatória por razões partidárias, políticas", comentou.
Por Gazeta Digital 24 de agosto de 2025
Infiltrados na ala LGBTQIA+ do Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, pelo menos oito reeducandos têm tocado o terror na unidade prisional. Extorsão aos familiares de outros presos, sob pena de morte, caso não depositem valores de até R$ 5 mil, ameaças e salves são realidades diárias, na ala que atualmente é ocupada por 60 reeducandos. O grupo, que se autointitula liderança de facção, é ainda, segundo denúncias, responsável pelo tráfico de drogas que ocorre na unidade de Várzea Grande. A comercialização vai desde maconha, cocaína a drogas sintéticas. Três presos denunciados têm a função da traficância na unidade prisional, um deles comercializa somente a maconha, o segundo apenas a cocaína e o terceiro as drogas sintéticas. A reportagem teve acesso a cartas de reeducandos da ala LGBTQIA+, num pedido de socorro, e afirmando que diversas denúncias foram levadas ao conhecimento da direção da unidade prisional, sem nenhuma ação. Uma das vítimas conta que ficou quatro dias sendo torturada, ameaçada e extorquida pelo grupo de presos, para que a família dela desse R$ 5 mil para garantir a vida da mesma. Estou com medo de medo de morrer, todo dia sofro ameaças. Venho suplicar por socorro, me ajuda pelo amor de Deus, escreveu. Há uma quadrilha que adentrou no Raio 4, raio que seria para manter a segurança dos LGBTQIA+. Mas eles estão nos extorquindo e roubando, armados, querendo também disseminar a ideologia da facção. Tem muitos que não são LGBTQIA+, mas estão em nosso meio tocando a violência. Um deles é líder do Comando Vermelho, responsável por distribuir a droga para venda no presídio e por ordenar os salves, contou outro reeducando. Mãe de um dos reeducandos conta que foi vítima do grupo de faccionados, que inicialmente pedia R$ 5 mil para não fazer nada com seu filho. A mulher dizia que não tinha o dinheiro e as ameaças continuavam, com os criminosos fazendo uma espécie de negociação para adequar às condições da mãe. Acabou que tive que dar conta de R$ 1 mil para meu filho não ser morto. Me diz como você denuncia aqui fora, se lá dentro continua a mesma coisa e os nossos filhos podem acabar pagando pelas consequências?, questiona a mãe. Denúncia lembra morte de trans  O medo de se tornarem mais uma estatística assusta os LGBTQIA+ do Ahmenon Lemos Dantas. Nas denúncias, lembram do caso que ocorreu em julho do ano passado, quando uma reeducanda trans, de 37 anos, foi espancada por detentos e morreu no Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande, três dias após o crime. A vítima foi identificada como Thiago Henrique Varcondi, nome social Gabi. Venho suplicar ajuda para o Raio 4, para que seja apenas para os LGBTQIA+, para não ter faccionados. Eles nos oprimem, agridem e nós, as vítimas, que somos levadas para o isolamento, isso encoraja eles a continuarem, propagarem a violência. Eles quem devem ser punidos, não importa quem forem, para não voltar a gestão da impunidade e permitir que outro LGBTQIA+ seja morto, como aconteceu com a Gabi, ressalta uma denúncia. No dia 22 de julho de 2024, Gabi foi internada em estado grave após ser agredida por homens onde estava presa. A vítima sofreu múltiplas fraturas e lesões, especialmente no rosto, crânio e região lombar e morreu três dias depois. Imagens de segurança mostraram os detentos abaixando as câmeras antes do crime.
Por Midia News 24 de agosto de 2025
O governador Mauro Mendes (União) criticou a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, junto a administração do presidente Donald Trump, para pressionar o Brasil a ceder na anistia e no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Mendes, a forma que o filho de Bolsonaro age não é boa para o país. “O presidente americano não tem razão. Eu não concordo com aquilo que o Eduardo fez, posso até entender a motivação dele para defender o pai. É justo, razoável, mas a forma que ele está fazendo não é boa para o Brasil e nem para política brasileira”, afirmou. “E eu não concordo com o que o Trump está fazendo, está errado. Mas não adianta eu ficar aqui jogando para a minha galera e para a parte da população que eleitoralmente está alinhado com os meus pensamentos e prejudicar Mato Grosso e o Brasil”. “Esse momento é muito ruim, temos que ter maturidade política, olhar para o Brasil e não para os interesses eleitorais. Vejo muito político fazendo isso olhando para os seus interesses eleitorais e não olhando para a realidade, isso pode ferrar com a nação brasileira”, encerrou. 
Por AgroLink 23 de agosto de 2025
O agronegócio brasileiro se aproxima de uma colheita histórica. A Conab projeta uma produção de 345,2 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, superando em mais de 24 milhões de toneladas o recorde anterior de 2022/23. O avanço não se deve apenas à expansão da área plantada, mas também ao uso crescente de tecnologias digitais e ferramentas de análise de qualidade, que tiveram crescimento de 23% no primeiro semestre de 2025, segundo a Pensalab. A tecnologia tem sido adotada por médios produtores de soja e milho, que utilizam equipamentos NIR de bancada para analisar rapidamente umidade e proteína dos grãos. Essa prática melhora a negociação com cooperativas e tradings, otimiza o momento da colheita e evita perdas financeiras, antes restrita apenas a grandes grupos. “A prática evita descontos na comercialização, otimiza o momento da colheita e melhora a negociação com tradings e cooperativas. Esse movimento mostra que a análise deixou de ser exclusividade de grandes estruturas e passou a fazer parte da rotina produtiva também dos médios produtores”, comenta o gerente de aplicação e produtos da Pensalab, Rafael Cares. Inovações em automação, inteligência artificial e portabilidade estão transformando a instrumentação analítica. Equipamentos NIR com calibrações inteligentes e ICP-OES de alta sensibilidade permitem análises rápidas e precisas de diferentes cultivares, tornando a agricultura de precisão acessível a produtores menores. “O acesso a tecnologias como o NIR portátil ou de bancada, por exemplo, já permite ao produtor avaliar a qualidade dos grãos na própria fazenda, sem esperar a análise do armazém ou da cooperativa. Isso antecipa decisões de colheita e reduz perdas. Além disso, a maior disponibilidade de laboratórios regionais equipados com ICP-OES, que atendem pequenos produtores com análise de solo e fertilizantes, democratiza o acesso à agricultura de precisão. A tendência é que esses instrumentos deixem de ser apoio técnico e passem a ser ferramentas estratégicas no dia a dia do campo”, conclui.
Por Agrolink 23 de agosto de 2025
O mercado brasileiro de galpões logísticos atingiu um marco histórico no segundo trimestre de 2025, ultrapassando 41 milhões de metros quadrados de estoque total, segundo levantamento da consultoria Buildings. O setor cresceu 970 mil m² em relação ao trimestre anterior, impulsionado pelo avanço do e-commerce e pela forte demanda de agronegócio e indústria, que expandem operações e necessitam de mais espaços para armazenagem e distribuição. A Sort Investimentos, que administra mais de R$ 3 bilhões em ativos logísticos, movimentou R$ 96 milhões em negociações no primeiro semestre, 30% a mais que em 2024. Com taxa de vacância abaixo de 3% e valorização de 15% nos ativos no semestre, a empresa projeta alta de até 20% no valor dos galpões até o fim do ano. “Além do avanço expressivo de gigantes do comércio eletrônico como Mercado Livre, Shopee e Amazon, que seguem investindo maciçamente em centros de distribuição, setores como agronegócio e indústria também vêm ganhando protagonismo nas negociações. Esses segmentos têm ampliado suas operações e apresentado grande demanda por galpões neste ano, o que surpreendeu o mercado. No caso do agronegócio, o aumento das exportações e a necessidade de armazenagem de insumos e equipamentos têm elevado a demanda por novos espaços. Já a indústria é pelo fato da expansão de parques fabris e a busca por estruturas mais eficientes para distribuição”, explica Douglas Curi, sócio da Sort Investimentos. Cidades do litoral de Santa Catarina, como Itajaí e Navegantes, registraram valor médio de R$ 4.800/m², enquanto Araquari e Garuva, com preços de R$ 3.500/m², despontam como regiões com maior potencial de valorização em 2025, devido à localização estratégica para escoamento de cargas rumo a São Paulo, principal mercado consumidor do país.