Governador admite falhas em presídios e frisa que 'culpados serão penalizados'
Diante das duas recentes fugas na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, e Complexo Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, o governador Mauro Mendes (União Brasil) admitiu falhas na segurança das respectivas prisões. Entretanto, garantiu investigar internamente se houve algum tipo de apoio policial para que os detentos escapassem.
Em entrevista à imprensa, Mauro Mendes disse que a Secretaria de Justiça de Mato Grosso (Sejus-MT) está focada em apurações, que, segundo ele, irão mostrar se houve facilitação.
O governador disse que as fugas são casos isolados e que, desde o ano passado, por meio de decretos do Executivo, restringiu acessos nas unidades prisionais.
“Está tendo falha, já cobrei duramente a Sejus, que está investigando. Existem indícios muito fortes e, em breve, divulgaremos isso. Trabalhamos para identificar os responsáveis. Já tivemos 11 policiais penais presos, advogados e mais gente. Muita coisa mudou lá dentro. Contra essas mudanças, existem articulações para desconstruir o belo trabalho, mas não vamos parar. As falhas serão apuradas, os responsáveis serão mostrados e penalizados”, garantiu.
As fugas aconteceram em datas diferentes. A primeira, registrada na semana passada, em Várzea Grande, possibilitou a fuga de Bruno Fernandes de Souza Costa,24, Luan Augusto dos Santos Lima, 25, Ismael Mendes de Paula, 26, Sandro Teixeira dos Santos, 38 e Edvaldo de França Almeira, 39. Um foi localizado.
A segunda, na madrugada de domingo (17), quando duas presas de alta periculosidade escaparam em Cuiabá. As fugitivas foram identificadas como Angélica Saraiva de Sá, 34, conhecida como “Angeliquinha”, e Jéssica Leal da Silva, 36, apelidada de “Arlequina”. Ambas são apontadas como líderes do Comando Vermelho em municípios do interior de Mato Grosso.
Segundo informações, elas serraram duas grades da cela 11, no Raio 4, onde estavam custodiadas. Em seguida, romperam a proteção superior da cobertura, tiveram acesso ao pavilhão e depois à área externa do presídio. A fuga ocorreu pela obra da fábrica dentro da penitenciária, cujo portão estava apenas encostado e sem vigilância.









