Assembleia Legislativa convoca Consórcio BRT para explicar demora em obra
Lúdio Cabral (PT) apresentou um requerimento de convite aos representantes do Consórcio Construtor BRT Cuiabá para participar de uma audiência na Assembleia Legislativa e explicar a situação das obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) na Capital. Ele também criticou a atual gestão do governo do Estado, dizendo que deve encerrar seus 8 anos de administração sem finalizar o BRT.
O Consórcio Construtor BRT Cuiabá, que executa as obras, composto pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda, foi contratado em agosto de 2022 por R$ 468 milhões. O convite às empresas foi aprovado na sessão desta quarta-feira (22) para comparecerem a uma audiência em 13 de fevereiro.
“A Prainha é o ponto mais crítico dessas intervenções. Já era para o VLT e continua sendo para as obras do BRT. E nós ouvirmos posicionamento de que não há sequer projeto estrutural para enfrentar aquele nó crítico, isso pode inviabilizar o BRT, e olha que toda a avenida do CPA já foi arrebentada para construção da pista nova”, pontuou.
Na semana passada, as empresas e o governo do Estado trocaram acusações ao falar sobre o BRT. O governador Mauro Mendes afirmou que iria tomar medidas mais duras, caso não houvesse avanço nas obras em 10 dias. Em resposta o consórcio disse que os trabalhos não têm avançado no ritmo esperado por conta de diversas falhas no projeto, sendo que em uma delas o Estado teria determinado a continuidade das obras mesmo sem adequações.
Após a manifestação da empresa, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) também emitiu nota rebatendo os argumentos, dizendo que é dever do consórcio apresentar soluções e também tem responsabilidade pelo projeto. Lúdio afirmou que também quer saber sobre a relação das empresas com o Governo.
“Até agora, em janeiro de 2025, apenas cerca de 20% da obra foi concluída, e o prazo de conclusão era outubro do ano passado. A avaliação, hoje, é de que a obra não se conclua antes de 2026. Então, serão 8 anos de mandato do atual governo, sem que haja conclusão dessa obra. E esse conflito entre o governo e o consórcio é preocupante, por isso queremos convidar o consórcio para apresentar explicações sobre a situação da obra, para que possamos avaliar outras medidas a serem tomadas”, disse o parlamentar.









