Agricultora apoiada por Lúdio é eleita nova presidente do PT em Cuiabá; 4 anos

Gazeta Digital • 7 de julho de 2025

Agricultora família e contadora, a petista Edma Macedo foi eleita a nova presidente do partido em Cuiabá, substituindo Bob Almeida, no cargo desde 2019. Na eleição realizada no domingo (6), Edma recebeu 65,8% dos votos válidos dos filiados (771).


Edma disputava a presidência com a coordenadora do Ministério da Cultura em Mato Grosso, Lígia Viana, que teve 26,4% (310 votos), e o suplente de vereador Robinson Cireia, que recebeu 7,6% (90 votos). Um dos apoiadores da agricultora foi o deputado estadual Lúdio Cabral, que garantiu um representante do grupo no comando da sigla.


Nas redes sociais, Edma celebrou a vitória, garantiu um mandato representativo aos correligionários e ainda exaltou o então presidente da sigla.


"Agradeço de coração a confiança dos companheiros e companheiras que me escolheram para dirigir o PT em Cuiabá pelos próximos 4 anos. Agradeço, sobretudo, ao meu companheiro de luta Lúdio Cabral, ao meu filho e meu esposo, e aos grupos que apoiaram nossa candidatura e que compõem nossa chapa. E agradeço também à atual direção municipal, presidida pelo Bob Almeida, que de forma corajosa tocou o PT municipal nos últimos 6 anos”, diz trecho do agradecimento publicado.


Edma reconhece que em Cuiabá e no Estado, o PT passa por uma crise diante da dificuldade em frear a direita, já que nessa legislatura o partido perdeu uma cadeira na Câmara de Cuiabá.


“Nosso compromisso é de ampliar e fortalecer cada vez mais as lutas de trabalhadores e trabalhadoras na capital e em Mato Grosso. As tarefas que temos para 2026 e 2028 são grandes, mas maior ainda é a nossa vontade de trabalhar para que o PT seja cada vez mais unido e forte", declarou Edma Macedo.


O mandato tem duração de 4 anos e começa em setembro de 2025.

 

Direção estadual


Já para o comando do diretório estadual, a expectativa é que Rosa Neide seja eleita. Alguns municípios já tiveram as urnas apuradas e a ex-deputada-federal caminha para sucessão de Valdir Barranco (PT), que comandou a sigla por 7 anos.

Por Gazeta Digital 7 de julho de 2025
O juiz da 2ª Vara Cível de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), Cláudio Deodato Rodrigues Pereira, está em coma em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Santa Rosa, em Cuiabá, após um acidente de carro registrado na sexta-feira (4). Conforme as informações já divulgadas pela imprensa, o acidente aconteceu em Campo Verde. O carro do magistrado capotou na via. Porém, a dinâmica do acidente não foi informada. Ele foi socorrido e encaminhado para o Hospital Santa Rosa, na Capital. Assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou, por meio de nota, que Cláudio teve um traumatismo craniano. Ele está em coma induzido, mas ressaltou que o quadro é considerado estável. “O sangramento craniano foi contido por intervenção médica ainda na sexta-feira, data do acidente", diz a nota. Agora, os médicos aguardam 72 horas para reduzir a sedação e realizar nova avaliação. Leia abaixo a nota do TJ na íntegra: "O juiz da 2ª Vara Cível de Rondonópolis, Cláudio Deodato Rodrigues Pereira, está internado na UTI do Hospital Santa Rosa, em Cuiabá. Ele sofreu um acidente automobilístico na última sexta-feira (04/07). Segundo o boletim médico, está em coma induzido, mas o quadro é considerado estável. Quadro apresenta traumatismo craniano/coma induzido. O sangramento craniano foi contido por intervenção médica ainda na sexta-feira, data do acidente. Os médicos aguardam 72 horas para reduzir a sedação e realizar nova avaliação".
Por Gazeta Digital 7 de julho de 2025
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) afirmou que o MDB vem se aproximando cada vez mais de um projeto político de centro-direita, com articulações que incluem partidos como Republicanos, PL e PP. A fala foi feita nesta segunda-feira (7), em vídeo publicado no Instagram, após uma reunião com a executiva estadual do partido em Mato Grosso. Segundo Janaina, o ex-presidente Michel Temer tem liderado articulações para construir uma alternativa à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela também citou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um dos nomes mais cotados para disputar a Presidência da República em 2026. “Hoje o MDB tem como grande articulador de um projeto contra a reeleição do presidente Lula o presidente Michel Temer. Estive em Lisboa e conversei com ele, com o presidente Baleia Rossi e com o governador Tarcísio. O MDB caminha para um projeto de centro-direita, contra o governo atual”, declarou. Apesar de o MDB ainda integrar formalmente a base do governo Lula, Janaina disse que tem ouvido, inclusive no exterior, muitas críticas às políticas econômicas da atual gestão, como o aumento de impostos e a falta de incentivos a quem produz. No cenário mato-grossense, a deputada reforçou que o partido está alinhado a essas movimentações nacionais e prepara sua estrutura para as eleições de 2026. Janaina é uma das principais lideranças do MDB no estado e já se movimenta com vistas a disputar uma cadeira no Senado. A convenção estadual do partido foi marcada para 21 de agosto e deverá oficializar parte das estratégias eleitorais. Ela também destacou que a aliança entre MDB e Republicanos, que começou em São Paulo com a eleição do prefeito Ricardo Nunes, pode se repetir em âmbito nacional. Para Janaina, essa composição seria natural, dada a sintonia entre as siglas. “Estamos animados com as construções nacionais. Vejo um cenário muito positivo, com grandes lideranças de direita, de centro-direita, de centro, que estão no MDB se dispondo a discutir um novo projeto para o Brasil”, concluiu.
Por Midia News 7 de julho de 2025
O Senado deve votar nesta terça-feira (8) o projeto de lei que autoriza os jogos de azar no Brasil. O texto, que já passou pela Câmara Federal, estabelece números de cassinos, jogos do bicho e bingos por Estado. Se for aprovada, a proposta segue para a sanção do presidente Lula. O Governo Federal é a favor da proposta, já que a previsão de receita com impostos chega a R$ 22 bilhões ao ano. Como regra geral, o texto prevê a autorização de um cassino por estado, mas com exceções levando-se em conta a população e extensão territorial. Mato Grosso se enquadra naqueles que poderão ter um cassino, a ser instalado dentro de um resort. Em relação ao bingo, apenas municípios com mais de 150 mil habitantes poderiam ter licenças para a atividade. Em Mato Grosso quatro cidades se enquadram nessa exigência: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. Como seria uma licença para cada 150 mil moradores, Cuiabá teria quatro, já que a cidade tem mais de 600 mil pessoas. E para o jogo do bicho, seria uma licença a cada 700 mil habitantes. Como o Estado tem 3,6 milhões de pessoas, haveria cinco licenças. O texto também trata de máquinas de apostas, que deverão passar por auditorias periódicas e estar registradas junto ao poder público. A divisão de receita das máquinas de jogo será de 40% para a empresa locadora e 60% para o estabelecimento de bingo ou cassino, com base na diferença entre o total de apostas realizadas e os prêmios pagos. Já as apostas em corridas de cavalos poderão ser exploradas por entidades de turfe credenciadas junto ao Ministério da Agricultura. Essas mesmas organizações poderão, simultaneamente, ser credenciadas para explorar jogos de bingo e videobingo, desde que no mesmo local das corridas de cavalos. Quem operar os jogos também pode estar sujeito a dois novos impostos: a Taxa de Fiscalização de Jogos e Apostas (Tafija) e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico sobre a comercialização de jogos e apostas (Cide-Jogos). Há previsão de isenção de outros tributos para casas de apostas. O texto, cujo relator é o senador Irajá Abreu (PSD/TO), poderá sofrer alterações até o momento da votação no Senado.
Por Gazeta Digital 7 de julho de 2025
A diferença na renda mensal por trabalhador chega a mais de dois salários mínimos em municípios de Mato Grosso, como mostram dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Acorizal (62 km ao norte de Cuiabá), primeiro município no ranking, tem média de 4 salários (R$ 6.072) mínimos por registro formal, enquanto que São José do Povo (262 km ao sul), último na lista, tem média de 1,7 (R$ 2.580). A Capital do estado, Cuiabá, ficou em segundo lugar, com média de 3,7 salários (R$ 5.616,6) mínimos por trabalhador formam, seguida por Alto Garças (3,6), Cáceres (3,3) e Aripuanã (3,2). No fim do ranking, além de São José do Povo, estão os municípios de Alto Paraguai, Luciara, Rondolândia e Salto do Céu, todos com média de 1,8 salários mínimos (R$ 2.732,4). Os dados levam em conta o salário médio mensal de trabalhadores formais (carteira assinada). Uma comparação que chama atenção na estatística divulgada pelo IBGE é a disparidade entre Cuiabá e Várzea Grande. Este último tem média de 2,1 salários mínimos (R$3.187,8), quase 50% a menos em relação à Capital. De acordo com Ulisses Silva, professor do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), esse tipo de estatística é muito influenciada por extremos, isto é, quando um pequeno grupo de trabalhadores recebe um rendimento muito maior que o resto. "O fato de Cuiabá ser muito discrepante em relação à Várzea Grande é exatamente essa mesma explicação, porque Cuiabá deve concentrar a maior parte dos altos salários dessa região. Então, acaba também elevando a média salarial", explicou. Mato Grosso registra média de 2,8 salários mínimos por trabalhador (R$ 4.250,4), sexto maior do Brasil, atrás de Distrito Federal (4,9), Amapá (3,5), São Paulo (3,4), Rio de Janeiro (3,3) e Rio Grande do Sul (2,9). A média mato-grossense é a mesma de outros 3 estados: Paraná, Santa Catarina e Acre.
Por Agência Brasil 7 de julho de 2025
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, criticou neste domingo (6) medidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos contra parceiros comerciais. Durante reunião de cúpula do Brics, ele afirmou que o grupo de 11 países, em sua defesa do multilateralismo, é uma esperança de retorno à normalidade no comércio internacional. "O mundo não precisa de supertaxação, de protecionismo. Taxar a exportação de alimentos é taxar o combate à fome, é encarecer a comida no mundo. O Brics, que representa quase 50% da população mundial, ao ter um posicionamento a favor do multilateralismo, é esperança que dias normais voltem a acontecer no comércio mundial", disse Fávaro. O ministro afirmou que é um contrassenso que os Estados Unidos, sob um governo "dito liberal na economia", adote taxações e medidas protecionistas. "O Brasil, que tem um governo progressista, muito preocupado com o social, defende fortemente o multilateralismo, a não taxação, o livre mercado. É um rumo certo que o Brasil apresenta para o mundo, e o Brics é uma plataforma fundamental para isso". Gripe aviária Fávaro falou ainda que o Brasil mostrou eficiência ao lidar com a ocorrência de gripe aviária em uma granja do país. Segundo ele, o caso ficou contido em apenas um local, e somente 17 mil animais foram abatidos. Nos Estados Unidos, o ministro falou, foram 170 milhões de abates por causa da doença. Apenas nove dos mais de 20 mercados estrangeiros que restringiram a compra do frango brasileiro depois da ocorrência da gripe aviária no país ainda mantêm seus embargos. Entre eles, estão a União Europeia e a China. "Eu tive a oportunidade, durante a [reunião] bilateral do presidente Lula com o primeiro-ministro chinês, [de pedir] para que eles pudessem rever o posicionamento de restrição. Ele [o premiê] disse que já sabia do caso, e que eles estão estudando os protocolos rapidamente para retomar a compra de frango brasileiro". As relações possibilitadas pelo Brics também favoreceram, segundo Fávaro, a abertura de mais um mercado para a carne bovina brasileira: a Indonésia. "Tivemos a oportunidade de, ontem, embarcarmos a primeira carga de carne bovina brasileira para a Indonésia, um mercado muito vantajoso, muito importante, e isso está gerando oportunidade para nossa agropecuária", disse.
Por Gazeta Digital 7 de julho de 2025
A Penitenciária Central do Estado (PCE) abriga, atualmente, 42 reeducandos considerados da mais alta periculosidade. A maioria líder do Comando Vermelho em Mato Grosso (CV/MT). Todos estão inseridos no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Entre os critérios para inclusão neste regime estão: liderança ou participação ativa em organizações criminosas; risco de morte ao conviver com outros presos; envolvimento em fugas, violência ou indisciplina; condição de delator premiado, quando houver risco à integridade física; ameaça à segurança pública ou servidores. Entre as medidas previstas no RDD está a obrigatoriedade de celas individuais para os detentos, com área mínima de 6 metros quadrados, além de sistema de videomonitoramento e protocolos rígidos de segurança. Entre os presos em isolamento está Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, criador do Comando Vermelho em Mato Grosso, que acumula várias condenações com penas ultrapassam 200 anos de reclusão. Em decisão do dia 24 de junho, o juiz de Execuções Penais, Geraldo Fidelis, determinou a permanência de Sandro Louco por mais seis meses no RDD. Desde fevereiro, o reeducando está em isolamento. Renildo Silva Rios, o Nego, o “Negão” ou “Liberdade”, membro do “Conselho Final” do CV, também está no isolamento. Ele soma mais de 78 anos em condenações por furto, roubo, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Norivaldo Cebalho Teixeira, o “Véio”, apontado como um dos 36 conselheiros gerais do CV, também cumpre pena no RDD, acumulando mais de 60 anos de prisão. O reeducando Edgar Ricardo de Oliveira, atualmente custodiado no Raio 8 da PCE, soma mais de 130 anos de prisão pela morte de sete pessoas em Sinop após uma partida de sinuca. Apesar de estar em isolamento por segurança, por supostamente estar “decretado” de morte, ele, em audiência em maio deste ano, pediu para sair do isolamento, declarando ter plena convicção de que nada lhe acontecerá e negando a existência de qualquer ameaça contra sua vida. Na lista dos isolados também está o ex-policial militar Hércules de Araújo Agostinho, ex-pistoleiro de João Arcanjo Ribeiro. O detento coleciona condenações que ultrapassam 200 anos de prisão. Apesar de estar no regime há quase três anos, para manter sua segurança pelo fato de ter sido PM, Hércules também pediu para sair, negando qualquer ameaça a sua vida. “A verdade é que a Penitenciária Central do Estado, por si só, já e considerada uma unidade de segurança máxima, enquanto que o seu Raio 8 é um ‘plus’ a tal ideia de segurança, ao se constituir em local para se aplicar o Regime Disciplinar Diferenciado, seja em razão das hipóteses elencadas na legislação estadual para inclusão de pessoas privadas de liberdade ou, ainda, por força das ‘garantias’ impostas aos presos que lá se encontram. Frisa-se, as regras são idênticas àquelas disciplinadas na Lei de Execuções Penais em relação ao RDD”, comentou o juiz Geraldo Fidelis em uma das decisões.
Por Gazeta Digital 7 de julho de 2025
O Tribunal de Contas da União (TCU) manteve a decisão que determinou o reequilíbrio econômico e financeiro do contrato de concessão da BR-163/MT. Desse modo, os valores indevidamente cobrados pela concessionária antes da efetiva conclusão das obras de duplicação em 10% da extensão terão que ser ressarcidos. Na decisão, o ministro Augusto Nardes apontou que a Nova Rota Oeste, que pertence ao MT-PAR, não atendeu os requisitos solicitados pelo TCU anteriormente. A determinação ainda considerou que a Nova Rota atendeu parcialmente ao pedido para apurar a data em que as obras de duplicação em 10% da extensão foram efetivamente concluídas, de modo que atendesse ao escopo e aos parâmetros de desempenho do Programa de Exploração da Rodovia (PER), o que também garantirá identificar o valor real dos pedágios cobrados indevidamente neste período. A investigação sobre a cobrança começou em 2022, quando a Odebrecht ainda era responsável pela rodovia. Na época, verificou-se que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) permitiu a cobrança de pedágio antes que a concessionária tivesse concluído todas as obrigações contratuais. A cobrança seria ilegal já que nos termos estabelecidos, a concessionária não poderia aplicar a tarifa de pedágio sem cumprir algumas obrigações, como adotar medidas de segurança, realizar melhorias na via e entregar, nessa 3ª etapa, ao menos 10% da extensão total das obras de duplicação previstas. A duplicação da BR-163, ao norte de Mato Grosso, começou em 2023, após o governo do Estado assumir a gestão da Nova Rota do Oeste e realizar um aporte financeiro de R$ 1,6 bilhões. Ao todo, o Estado investirá mais de R$ 9 bilhões na duplicação, sendo que R$ 5,05 bilhões foi aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Outro lado A Concessionária foi procurada e questionada sobre a decisão. Em resposta, encaminhou a seguinte nota: Inicialmente, é importante esclarecer que a referida decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) não determina que a concessionária faça o ressarcimento da cobrança da tarifa de pedágio. O documento pontua que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) faça uma apuração do suposto valor cobrado indevidamente. Contudo, a própria decisão ressalta que os efeitos dessa apuração a ser calculada, assim como o processo relacionado ao assunto, estão suspensos em razão do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre ANTT e Nova Rota do Oeste e validado pelo TCU na época da sua celebração. É importante informar ainda que o cumprimento integral do TAC resultará na extinção do processo e seus efeitos. Por fim, a concessionária reafirma o entendimento de que cumpriu com todas as condições exigidas em contrato para o início da arrecadação de pedágio na BR-163, incluindo a duplicação dos 10% exigidos, conforme defendido perante a corte, lembrando que a ANTT sempre acompanhou o andamento de todas as obras e serviços realizados pela empresa, desde a assinatura do contrato de concessão e emitiu todas as autorizações necessárias à época o que legitimou o início da cobrança de pedágio na rodovia.
Por Gazeta Digital 6 de julho de 2025
Um adolescente de 14 anos, que matou os pais e o irmão mais novo no Rio de Janeiro, trocou mensagens com a namorada, de 15 anos, moradora de Mato Grosso, momentos antes de cometer o triplo homicídio. Em uma das conversas obtidas pela Polícia Civil, ele afirma: “vou matar meus pais mais cedo do que imaginava”. Ambos foram apreendidos e permanecem internados: ele no Rio de Janeiro e ela em Cuiabá. O caso chocou o país e reacendeu o alerta sobre o uso indiscriminado da internet por crianças e adolescentes. A relação entre os dois jovens, segundo as investigações, começou de forma virtual, em jogo online, e envolvia troca de mensagens sobre violência e planos macabros. Ambos tinham menos de 10 anos na época. O delegado Guilherme Fachinelli, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), explicou os riscos da exposição precoce de jovens ao ambiente digital, o papel dos pais na prevenção e como a polícia atua em casos envolvendo menores e crimes cibernéticos. GD: Temos observado aumento no número de menores envolvidos em crimes no ambiente virtual, exemplo disso são as operações já deflagradas pela sua equipe. Há algum fator que possa contribuir para isso? Pela sua vivência aqui, o quem tem atraído os jovens para essas práticas? Delegado: O fácil à internet. Hoje, você tem crianças já com acesso ao smartphone. Ele não precisa do notebook para ter acesso a situações completas, porque o smartphone virou um computador, um notebook. A partir dali, ele consegue baixar aplicativos, ele consegue baixar browser de navegação, onde ele tem a possibilidade de navegar anonimamente, pode baixar o Proton e conseguir acessar a Dark, a Deep Web. Somado a isso, a internet, aparentemente, deu voz para quem não tinha. GD: No último mês, um crime cometido no Rio de Janeiro teve desfecho em Mato Grosso. Envolve dois menores, de 14 e 15 anos, que se conheceram aos 9 anos em um jogo online. Um deles matou os pais e o irmão, com o apoio do outro. Chama atenção, fora todo o crime, a idade com que eles tiveram acesso ao mundo virtual. Qual é a preocupação da polícia hoje onde as crianças estão cada vez mais inseridas nesse ambiente? Delegado: A nossa função é repressiva, é investigativa. Uma vez comunicado o fato, investigar e levar para o Poder Judiciário. Eu tenho um bom contato aqui com o promotor da Infância e Juventude. A gente não tem a atribuição para fazer esse acompanhamento psicossocial, porque, geralmente, aqui você vai ter o adolescente que é vítima, mas a gente identifica aqui o adolescente para a prática do crime, não necessariamente identificamos as vítimas. E aí a atribuição da polícia para aí. Identificou, está aqui o Ministério Público, está aqui o Poder Judiciário, e aí dentro do Poder Judiciário sei que tem tudo um acompanhamento por assistentes sociais, psicólogos. Mas aí nessa fase processual nós já não trabalhamos. GD: Como os pais podem proteger seus filhos? Há alguma orientação da autoridade policial sobre como monitorar e cuidar da ‘vida online’ desses menores? Delegado: O que mais funciona, a meu ver, é aquele cuidado, às vezes até chato dos pais, de que criança e adolescente não têm direito a intimidade e privacidade. Não tem. Se ele não paga a sua internet, se ele não compra seu celular, se ele não consegue se manter, se ele está dentro da casa do pai e da mãe, quem indica as regras são pai e mãe, não é o adolescente. Então, o conselho é que sejam pais chatos, porque pais chatos tendem a não ter problema com seus filhos. É lógico que isso a partir da construção do diálogo familiar. GD: O presidente Lula defende a Regulamentação das redes sociais, você, como delegado, acredita isso pode ter um efeito positivo na diminuição dos crimes? Delegado: Acredito que as plataformas sendo compelidas a responderem no prazo ágil que dê para a gente intervir em situação de crime, eu não sei se é questão de regulação ou não. Eu preciso da resposta para executar a política pública que, no caso da criança e adolescente, é proteger de forma integral. Mas, como eu disse, nesses casos, eles têm respondido. Em regra, a gente não tem dificuldade. GD: Há algum tipo de dificuldade para responsabilizar menores pelos crimes, mesmo quando há provas claras de envolvimento? Delegado : Não. A gente tem feito as investigações envolvendo crianças e adolescentes. Eles não ficam presos, eles ficam apreendidos, internados, em razão de procedimentos nossos, aí a população fala, “ah, mas só no máximo 3 anos”. Porque são 3 anos reavaliados a cada 6 meses. Mas é a regra do jogo. E se isso é suficiente ou não, eu não estabeleço política pública, eu executo a política pública. Foi caso que a gente conseguiu aqui que as redes sociais de um adolescente fossem suspensas, a gente levou isso para o Judiciário e solicitou. Esse adolescente aqui não tem condição de ter rede social. E aí a gente conseguiu essa cautelar para suspender as redes sociais desse adolescente. Então, dentro da proporcionalidade, da razoabilidade, eu acredito que estão tendo as respostas. GD: Em Mato Grosso, quais são os crimes virtuais mais registrados? Delegado: Aqui invasão de dispositivo eletrônico é o mais comum. A gente trabalha muito a questão daquele armazenamento, que é fazer o download e o armazenamento da pornografia de infantos juvenis. A gente tem vários casos nesse sentido. Temos tido alguns casos que têm aparecido mais esse ano, que é o caso da produção desse conteúdo, da produção desse conteúdo de pornografia de infanto juvenil, depois para compartilhamento ou venda.
Por Gazeta Digital 6 de julho de 2025
Operação integrada da Segurança Pública apreendeu 510 quilos de cocaína na zona rural de General Carneiro (442 km ao leste de Cuiabá), no final da tarde de sábado (5). Na ação, um suspeito foi preso. O flagrante aconteceu após um avião ter sido flagrado pousando em uma pista clandestina na região. De acordo com as informações divulgadas pelo 5º Comando Regional, a denúncia era de que o avião chegou da Bolívia e descarregou uma grande carga de drogas na região. Em diligências, os policiais encontraram uma S10 prata com um ocupante. Ele estava manuseando vários fardos em um buraco, que fica próximo à pista clandestina. Ao ser abordado, o suspeito confessou que um avião chegou no local dois dias antes e que ele era o responsável por esconder a carga até ela ser levada novamente. Nos fardos, os policiais encontraram cocaína. O material foi apreendido, o suspeito preso em flagrantes por tráfico de drogas e encaminhado para a Polícia Federal de Barra do Garças. Caso segue sob investigação.
Por Gazeta Digital 5 de julho de 2025
Promessa antiga, os projetos da MT-030, rodovia que garante reduzir a distância entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães, ainda precisam superar desafios técnicos para que a obra possa sair definitivamente do papel. O principal entrave se dá no trecho mais crítico da rota: a subida da serra, na chegada à Chapada, que exige soluções de engenharia específicas devido à inclinação do terreno. A empresa Ecoplan, responsável pelos estudos de viabilidade do traçado, irá apresentar na terça-feira (09) uma proposta técnica para dar andamento da via. Além de reduzir o trajeto entre a Capital e a cidade turística, a rota também é uma alternativa para contornar o trecho do Portão do Inferno, que registra deslizamento de rochas há pelo menos uma década, colocando em risco a segurança que quem trafega pela região. Deslumbrante pela beleza de seus paredões, o local começou a ser recortado em agosto do ano passado, quando a queda de pedras se tornou mais frequente, mas agora a obra está parada e sem previsão de retomada. Diante do cenário, o próprio vice-governador, Otaviano Pivetta (Republicanos), afirmou que a estrada era alternativa viável no momento para rota de acesso à Chapada. Ainda é cedo para falar de um custo exato. Contudo, estima-se que a nova rodovia seja orçada entre R$ 350 e R$ 400 milhões, com prazo de execução entre 1 ano e meio e 2 anos após a licitação. Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (Republicanos), faz a linha de frente na defesa da estrada. Por videochamada com a reportagem, o parlamentar mostrou o mapa do projeto e explicou que técnicos estudam a construção do viaduto, para resolver o entrave no ponto crítico da obra. “Esse projeto vem desde 2014 e a gente está lutando com ele. Agora, a empresa Ecoplan, que é renomada, está em campo fazendo o estudo do trecho crítico da serra, ali próximo à subestação de Chapada. A inclinação da rampa é o grande desafio, que precisa respeitar um limite de até 9%. Talvez será necessário um viaduto”, explicou o parlamentar. Rodovia em foco A nova rodovia voltou ao centro das atenções após o governador Mauro Mendes (União) reconhecer falhas nos estudos de viabilidade do trecho do Portão do Inferno, alvo de recorrentes deslizamentos e interdições. Atualmente a única ligação direta entre as cidades é pela MT-251. Recentemente, o governo anunciou a construção de um túnel na região do paredão. Enquanto isso, a MT-030 desponta como alternativa viável e promissora. Por onde ela passa O traçado da MT-030 começa na avenida dos Trabalhadores, na Capital, passa pela Ponte de Ferro e cruza o Rodoanel. Dali, segue praticamente em linha reta, paralela ao linhão da usina do Rio do Casca, até alcançar a MT-251, já próximo à subestação de energia de Chapada dos Guimarães. Com aproximadamente 30 quilômetros de extensão, tem potencial para desafogar o trânsito pesado da MT-251, que não é duplicada e sequer tem acostamento em algumas partes. Nininho estima que a licitação possa ocorrer até o primeiro semestre de 2026, e que a construção, uma vez iniciada, leve de um ano e meio a dois anos para ser concluída. “O único gargalo do projeto é justamente esse ponto de subida da serra. A gente já está com estudo em andamento há mais de 40 dias. A mesma empresa que está elaborando o estudo poderá ser contratada para executar o projeto executivo completo. Se tudo correr bem, acredito que a licitação possa ocorrer até o primeiro semestre de 2026”, estimou o deputado. A expectativa da população é grande e já virou tema do documentário “MT-030: O Caminho para o Desenvolvimento”, do Instituto Apoena. Em relatos, moradores da região da Ponte de Ferro e de comunidades que abarcam o traçado da MT-030 relatam décadas de espera por melhorias. “Eu estou aqui há 13 anos. Sofri bastante com poeira, buracos... e escuto falar dessa obra há mais de 30 anos”, conta Jucinete Ricardo da Cruz. Outros moradores enxergam a nova via como alavanca para o desenvolvimento. “O turismo vai melhorar com certeza. Vai encurtar a distância e criar uma nova rota. O custo de transporte diário vai cair”, afirmou Rafael Camargo da Silva. Já a comerciante Jessica Duarte relata a insegurança e os custos aumentam toda vez que o Portão do Inferno é interditado. “Tudo que a gente pede tem frete, e quando fechou o Portão, o frete subiu”, disse. O prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner (União), também defende a nova rota. “A MT-251 está sobrecarregada com veículos de passeio, de trabalho, com cargas pesadas. A MT-030 permitirá um acesso mais rápido e seguro. É uma obra de custo elevado, mas essencial para o desenvolvimento regional”, disse. O impacto urbanístico também é citado por Nininho, que aposta na transformação no perfil da Chapada. “Vai virar um braço de Cuiabá. As pessoas que hoje moram no Coxipó, por exemplo, vão chegar mais rápido a Chapada do que em casa, pela fluidez da MT-030. Chapada pode se transformar em um ‘Campos do Jordão’ mato-grossense, com investimentos e infraestrutura”, finalizou.
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