‘Só lamento de ter ficado afastado das minhas funções’, diz Sérgio Ricardo após absolvição
O conselheiro Sérgio Ricardo, presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), afirmou que foi alvo de delações mentirosas e comemorou ter sido absolvido na Justiça das acusações de compra de vaga na Corte de Contas. Ele ainda disse que lamenta ter ficado afastado de suas funções por quase 5 anos.
Na semana passada, o juiz Bruno D'Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletivas, julgou improcedente uma ação do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) contra o presidente do TCE por considera que não ficou comprovado que, de fato, houve a compra da vaga. Em entrevista nesta segunda-feira (18), durante evento com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na Assembleia Legislativa, Sérgio Ricardo comentou o caso.
“Eu só lamento de ter ficado afastado das minhas funções do Tribunal de Contas por quase 5 anos. Eu cheguei ao Tribunal de Contas passando por esta Casa, eu tive votação unânime aqui, eu passei aqui 3 mandatos (...). Fui votado por esta Casa numa vaga da Assembleia Legislativa, portanto eu conquistei a vaga no Tribunal de Contas de forma transparente, de forma legal, e depois de um certo tempo, de muitas denúncias, de muitas delações mentirosas eu fui absolvido das duas ações que diziam que eu tinha comprado vaga”, disse.
O presidente do TCE também foi alvo de uma ação criminal na Justiça Federal por estes fatos e acabou sendo absolvido. Ele lamentou as consequências que sofreu neste processo e o fato de que ninguém será punido por seu afastamento.
“Essa questão de compra de vaga acabou. Só fico eu com aquela sensação de ter ficado 5 anos afastado e agora os delatores não pagam nada, fica tudo dessa forma, então eu fico só com essa sensação de uma perda só minha, ninguém vai pagar por isso, mas, Deus sabe o que está fazendo e eu coloco sempre tudo nas mãos de Deus, finalmente isso acabou”.
O conselheiro afirmou que os delatores inventaram mentiras para que saíssem da cadeia. Os acordos de colaboração premiada foram firmados com Gércio Marcelino Mendonça Júnior, Silval da Cunha Barbosa e José Geraldo Riva, no âmbito da Operação Ararath.
“Aplicaram mentiras como se fossem verdades, então é isso que aconteceu e hoje a Justiça chega e definitivamente entende que todas as declarações, todas as delações eram mentirosas e hoje há a absolvição de todos aqueles que foram acusados”.
Sobre a possibilidade de acionar na Justiça os delatores ou os responsáveis por seu afastamento, o conselheiro disse que pretende deixar essa história para trás.
“Não tenho mais tempo a perder com isso, sabe? Isso aí já me causou muito aborrecimento, é página virada. Deus sabe o que faz, então isso aí, eu não quero processar ninguém, não quero mexer com nada disso”.









