Receita paga nesta segunda maior lote de restituição do IR da história

Agência Brasil • 30 de junho de 2025

Cerca de 6,5 milhões de contribuintes que entregaram a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física de 2025 nas primeiras semanas do prazo acertarão as contas com o Leão. Nesta segunda-feira (30), a Receita Federal libera o segundo dos cinco lotes de restituição deste ano, o maior da história em número de contribuintes e em valor. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores.


Ao todo, 6.545.322 contribuintes receberão R$ 11 bilhões. Todo o valor, informou o Fisco, irá para contribuintes com prioridade no reembolso.


As restituições estão distribuídas da seguinte forma:


4.764.634 contribuintes que usaram a declaração pré-preenchida e/ou optaram simultaneamente por receber a restituição via Pix;

1.044.585 contribuintes de 60 a 79 anos;

496.650 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;

148.090 contribuintes acima de 80 anos;

91.363 contribuintes com deficiência física ou mental ou doença grave.

Embora não tenham prioridade por lei, os contribuintes que usaram dois procedimentos em conjunto, pré-preenchida e Pix, passaram a ter prioridade no recebimento da restiuição neste ano. Neste lote, não haverá pagamento a contribuintes sem prioridade.


Liberada no último dia 23 a consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.


O pagamento será feito na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar uma pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.


Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).


Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessando o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".

Por Gazeta Digital 30 de junho de 2025
Em um café da manhã servido em sua própria casa, em Cuiabá, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) deu o tom aos convidados sobre a disputa ao governo de Mato Grosso em 2026 e foi categórico ao garantir para aliados: “sou candidato, independente do que aconteça”. O encontro ocorreu domingo (29). A frase marcou o momento mais incisivo de uma reunião com clima político afiado, café quente e alinhamentos estratégicos. Até agora, Pivetta se movimentava sem muito alarde. A reunião marca a sinalização clara de que não pretende abrir mão da candidatura ao Palácio Paiaguás, como se ventila diante de alguns impasses enfrentados pelo governo. O encontro reuniu nomes já conhecidos do cenário local, como presidente e o vice-presidente do Partido Novo em Mato Grosso, Sérgio Antunes e Paulo Henrique Araújo, o secretário de Fazenda Rogério Gallo, além do empresário Alvaro de Carvalho. Apesar dos desgastes recentes do governo, como a denúncia feita pelo Republicanos sobre um suposto esquema envolvendo emendas parlamentares e entraves nas obras no Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), Portão do Inferno e a polêmica dos consignados, aliados e Pivetta não consideram um recuo. Na conversa, discutiu-se a formação de uma frente ampla, envolvendo Republicanos, Partido Novo e até o Partido Liberal (PL) e União Brasil, legenda que podem ter Wellington Fagundes ao governo e Jayme Campos, como candidatos Paiaguás. “A ideia é manter o modelo que hoje gere Mato Grosso, com diálogo entre os partidos da direita e centro-direita”, disse uma fonte. O Novo, apesar de ainda modesto em termos eleitorais, já sinalizou disposição para ocupar espaço na composição majoritária e na eleição proporcional, principalmente na disputa por cadeiras na Câmara dos Deputados. O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões de Almeida, também participou do encontro. A conversa também trouxe a temperatura da política nacional em torno de nomes dos governadores Romeu Zema (MG) e Tarcísio de Freitas (SP), prováveis figuras centrais na disputa presidencial de 2026. O encontro foi selado com uma “selfie” sorridente, publicada pelo próprio vice-governador no Instagram. “Manhã de domingo falando sobre os desafios e soluções para o estado de Mato Grosso”.
Por Gazeta Digital 30 de junho de 2025
Homem de 35 anos foi preso, na sexta-feira (27), pela Polícia Federal, após passar um trote afirmando que um atentado suicida estava programado para acontecer no dia 23 de junho no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande. A farsa mobilizou grande parte da equipe federal para investigar o caso. Suspeito alegou ser esquizofrênico e que não sabe o motivo de ter feito a falsa denúncia. Segundo apurado pelo , durante o interrogatório na sede da PF, o homem confirmou que foi o autor das ligações para o órgão no dia 21 de junho, onde denunciou um suposto atentado terrorista suicida no aeroporto em Várzea Grande. Afirmou que foi um trote, que buscou o telefone da PF na internet. Alegou ainda que faz tratamento psiquiátrico, mas estava sem tomar remédios diante do alto custo. Alegou ainda que tudo que narrou na denúncia é “ficção” e que foi “inventado”. Segundo a PF, o homem teria indicado um lugar, às margens de um rio, onde os suspeitos estariam escondidos. Porém, quando chegaram no local indicado, ele fugiu e abandonou as equipes. Ao ser questionado, disse que foi pescar no local e visualizou a casa, montando a trama na cabeça. Sobre a fuga, alegou que ficou com medo e fugiu. Para consumar os trotes, ele teria utilizado os telefones do sogro, do pai e de um colega para dar mais ‘veracidade nas informações’. Ele também encaminhou imagens aos agentes, alegou que pegou tudo online. Ao ser informado que a falsa denúncia mobilizou equipes de forma emergencial interestadual, ele pediu desculpas pelo transtorno. Após ser preso, ele passou por audiência de custódia, onde foi solto com uso de tornozeleira eletrônica. “De uma análise dos autos é possível verificar que o documento juntado, em que o Hospital Municipal de Cuiabá/MT solicita o agendamento de consulta psiquiátrica ao investigado, em 19/09/2023, já comprova diagnóstico inicial de transtornos mentais. Veja-se, portanto, que diante da desarticulação da suposta ameaça, evidenciando-se que se tratava somente de uma conduta impensada”, diz trecho da decisão do juiz federal Paulo Cézar Alves Sodré.
Por Gazeta Digital 30 de junho de 2025
Prestes a completar um ano do início das obras no Portão do Inferno e de mais de 26% dos trabalhos executados, com mais de R$ 9,3 milhões pagos, o governo de Mato Grosso suspendeu as modificações do local. O projeto, que consistia no retaludamento, corte do paredão rochoso, foi descartado após o estado admitir falhas nos estudos técnicos que embasaram a intervenção. Segundo Mapa de Obras da Secretaria de Estado de Infraestrutura, a obra, que iniciou em agosto de 2024, tinha valor inicial de R$ 29,5 milhões. O contrato sofreu aditivo de mais de R$ 8 milhões, passando a custar R$ 37,6 milhões. Aditivos de prazos também foram acrescentados. A previsão de conclusão era dezembro do ano passado. O prazo foi estendido para abril deste ano e, em seguida, para agosto. Agora, a obra está parada, tendo o governo apresentado como melhor alternativa a construção de um túnel. No entanto, em um estudo feito por vários técnicos, entre eles o secretário da Sinfra, Marcelo Oliveira, a construção do túnel foi apontada como mais demorada, de maior complexidade e traz como empecilho a falta de empresa capacitada para construção. “Será o primeiro túnel executado no Estado do Mato Grosso. Existem empresas nacionais capacitadas, porém dificuldade de disponibilidade de empresas locais com expertise, eventual consórcio com empresas locais poderá haver transferência de tecnologias. Túnel de baixa cobertura e maior complexidade de execução”, diz trecho do estudo. O projeto destaca que a obra é de maior custo comparando com outras soluções, com necessidade de eventual empresa com expertise na execução de túneis. Mas destaca que a proposta permite a manutenção do maciço existente, popularmente conhecido como mirante do Portão do Inferno que se constitui como arte da cultura regional. “O tempo para execução da obra é maior que o retaludamento, necessitando a manutenção da estrada atual, problema de risco ao usuário permanece durante a obra, impactando o dia a dia da comunidade de Chapada dos Guimarães, com eventual diminuição da receita devido ao impacto direto sobre o fluxo de turistas. Demanda tratamento, mitigação e monitoramento dos taludes atuais da rodovia”, aponta outro trecho. 
Por Gazeta Digital 30 de junho de 2025
Com tempo de TV e fundo eleitoral unificados, a federação formada por Solidariedade e PRD começa a montar sua chapa em Mato Grosso com um olho nas eleições proporcionais e outro nas articulações para o governo estadual. A união marca o reposicionamento definitivo das duas siglas no campo da centro-direita, com a missão de fortalecer candidaturas alinhadas ao grupo político do governador Mauro Mendes, que já articula os rumos da sucessão em 2026. A prioridade, segundo lideranças locais, é lançar nomes viáveis à Assembleia Legislativa sem abrir mão de alianças majoritárias com figuras consolidadas no estado. O presidente estadual do PRD, Mauro Carvalho, afirmou que a união das siglas traz benefícios estratégicos. “Mais tempo de TV e maior fundo eleitoral. Isso ajuda muito na organização das campanhas”, avaliou. Ele disse que a discussão sobre o uso desses recursos deve ocorrer apenas em 2026, mas que a estrutura conjunta começa a ser formada desde já. “Já combinei com o presidente do Solidariedade aqui, que já o conheço há 20 anos, e convidei para usar uma sala no prédio do PRD para estarmos juntos. Vamos começar a montar uma chapa”, contou. Mauro também deixou claro o alinhamento com o grupo governista: “Tenho um compromisso com Otaviano Pivetta (Republicanos) ao governo e Mauro Mendes (União) para 2026. Ele me disse que não tem problema. Deixei claro que se algo mudar entre os dois para o próximo ano, aí sim estamos livres para tomar qualquer outra decisão. Já estamos alinhados nisso”. Do lado do Solidariedade, o presidente estadual Marco Aurélio Ribeiro disse que a federação reforça a linha política que o partido já seguia. “Ela vem para fortalecer. Se consolidou a linha em que já estávamos seguindo aqui em Mato Grosso, no campo da centro-direita”, afirmou. Ele pontuou que, no plano nacional, o partido era visto como centro-esquerda, o que para ele não era verdade. Ao comentar as projeções eleitorais, Marco Aurélio demonstrou otimismo. “Acreditamos que temos chance de eleger até quatro deputados estaduais no próximo ano”, disse. Atualmente, o Solidariedade conta com dois vereadores em Cuiabá e três vices em municípios do interior, enquanto o PRD possui 62 vereadores, 10 vices, cinco prefeitos e um deputado estadual, Chico Guarnieri. A federação partidária é uma reunião de partidos com o objetivo de permitir às legendas atuarem de forma unificada em todo o país, com a obrigatoriedade de permanecerem juntas em um mesmo bloco por pelo menos quatro anos. 
Por Gazeta Digital 30 de junho de 2025
O mês de junho foi sombrio em Mato Grosso em relação à violência máxima imposta às mulheres, com o registro de 10 casos de feminicídio. O número representa 34,4% do percentual destes crimes do ano, que somam 27 mortes, total 42% maior que no ano passado que, até o último dia de junho, somava 19 assassinatos de mulheres. Mas a ação de feminicidas domésticos ou comunitários não deve parar por aí e o ciclo de violência vai continuar, alerta a médica legista Alessandra Carvalho Mariano, Diretora Metropolitana de Medicina Legal em Cuiabá. Isso porque, estes criminosos estão inseridos na mesma base da pirâmide social que naturaliza a violência contra as mulheres por meio de gestos, músicas, conceitos misóginos, entre outros, desde a infância, na educação dos lares mato-grossenses. Só mudando essa educação que os crimes de feminicídio vão reduzir, alerta a diretora. A médica assegura que existem estudos que identificam os perfis destes criminosos: homens que mutilam os corpos de suas presas, usando de extrema violência. Mulheres que têm parte de seus órgãos cortados e levados como “troféus” por feminicidas que hoje vivem na sociedade e estão prontos a agir a qualquer momento, em bares, nas avenidas das cidades e, principalmente, dentro dos lares. Apesar da diferença de perfil dos assassinos, os crimes são praticados com o mesmo requinte de violência ao destruírem os corpos das mulheres. Mas Alessandra assegura que existe como evitar muitas dessas mortes, pois os feminicidas dão pistas claras de que estão diante de uma vítima em potencial. Mas muitas mulheres ignoram estes sinais e acabam mortas. Quanto aos feminicidas comunitários são aqueles que não têm vínculo emocional com a vítima. Eles podem escolher ela em via pública, em um ponto de ônibus ou durante um encontro casual em um bar, ou na balada. Agem de dois modos na abordagem: ou com extrema violência, ou através da sedução. No primeiro caso, Alessandra alerta para os riscos graves e reais impostos a adolescentes e crianças que transitam sem a companhia de pais ou responsáveis ao deixarem escolas, cursos. “Crianças ou adolescentes sozinhos estão expostos a esse tipo de criminoso e o responsável pode responder pelo crime de abandono de incapaz”. A diretora lembra que enquanto a criança está na escola, está sob responsabilidade da direção. Mas quando deixa a unidade, a responsabilidade é toda da família.
Por FolhaPress 29 de junho de 2025
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou para condenar o mecânico Fábio Alexandre de Oliveira a 17 anos de prisão. Ele foi filmado durante os ataques de 8 de janeiro de 2023 sentado na cadeira do ministro. Para o ministro, Oliveira deve ser condenado a penas maiores que as mínimas previstas no Código Penal porque o réu teve conduta desfavorável em todas as circunstâncias avaliadas judicialmente. "É extremamente grave a conduta de participar da operacionalização de concerto criminoso voltado a aniquilar os pilares essenciais do estado democrático de direito, mediante violência e danos gravíssimos ao patrimônio público", diz Moraes no voto. O julgamento ocorre no plenário virtual do STF, com término previsto para 5 de agosto. Faltam os votos dos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux. A PGR (Procuradoria-Geral da República) descreveu com detalhes em suas alegações finais a conduta de Fábio Alexandre de Oliveira no dia 8 de janeiro. Segundo a acusação, Erlon Paliotta Ferrite filmou Oliveira de dentro do plenário do STF após uma multidão invadir o tribunal. O réu estava "utilizando luvas para dificultar sua identificação datiloscópica e com máscara de proteção contra gases sobre suas pernas". A Procuradoria diz que as peças usadas por Oliveira e o contexto evidenciam a "intenção e preparação para a prática de atos de que poderiam resultar em confronto com as forças de segurança pública que guarneciam os prédios invadidos". No vídeo divulgado nas redes sociais, Fábio Oliveira aparece sentado em uma das poltronas utilizadas pelos ministros do Supremo. "Cadeira do Xandão aqui, ó! Aqui ó, vagabundo! Aqui é o povo que manda", diz o réu, que na sequência profere palavrões, segundo transcrição da PGR. Ferrite, que gravava o vídeo, completa: "Cadeira do Xandão agora é do meu irmão Fábio! E já era! Nós tomou a cadeira do Xandão aí, ó". "O Relatório de Análise de Polícia Judiciária n. 105/2023 também identificou outro vídeo em que Fábio Alexandre de Oliveira é visto no evento golpista do 8 de janeiro, na companhia de terceiro não identificado, subindo a rampa do Congresso", diz a PGR. Moraes destaca em seu voto que o réu reconheceu, durante o processo, que gravou o vídeo. Ele, porém, tentou "desqualificar o conteúdo, alegando que desconhecia que seria transmitido ao vivo e que se tratou de uma 'brincadeira'". A defesa pediu a absolvição, disse que o caso não deveria tramitar no Supremo e argumentou que não teve acesso integral às provas. Disse que o réu apenas "exerceu seu direito constitucional de manifestação" e que não havia comprovação de que tenha ocorrido ação violenta. "A ampla documentação juntada aos autos, demonstrativa do ânimo de instigação do acusado, corroborada pelo interrogatório perante a Polícia Federal, consoante detalhado em item anterior, confirmam a prática do delito imputado pela Procuradoria-Geral", diz Moraes.
Por Gazeta Digital 29 de junho de 2025
Um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) havia identificado, antes do início das obras de retaludamento do paredão em Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte), que o projeto era inviável, não seria concluído no prazo previsto e poderia trazer prejuízos ambientais. O relatório foi ignorado e, após 10 meses de obra, o trabalho suspenso por conta dos problemas apontados ainda no início e pelo grupo de estudo. O comunicado foi feito pelo governo do Estado, no começo da semana, com 26% do cronograma executado e R$ 10 milhões investidos. Publicado oficialmente em 12 de junho de 2024, o relatório técnico foi conduzido por 4 pesquisadores, o doutor em geociências Caiubi Kuhn, o mestre em engenharia civil Renan Rodrigues Pires, o doutor em geografia Cleberson Ribeiro de Jesus e a geóloga e doutora em ciências ambientais Flavia Regina Pereira Santos. O documento foi encomendado pelo município de Chapada dos Guimarães, mas não considerado pelo governo de Mato Grosso ao definir medidas para conter o deslizamento de rochas nos paredões. Um estudo interno foi realizado e adotada a solução menos recomendada pelos pesquisadores da universidade. Os 4 profissionais utilizaram não somente levantamentos realizados na época, como também estudos anteriores que mapeavam e traziam informações sobre a região. Os registros indicavam que os deslizamentos ocorriam no local desde 2013 e recomendavam providências. "Nós fizemos a análise de todos os relatórios que encontramos e que estavam disponíveis em várias fontes, até mesmo pelo próprio processo, o inquérito que existe do Ministério Público sobre esse tema. Foi uma leitura de milhares de páginas que fizemos para justamente identificar essas informações. Não é um estudo simplesmente com a opinião técnica de algumas pessoas, utilizamos todos os estudos anteriores que estavam disponíveis de forma pública", afirmou Caiubi Kuhn, um dos participantes do relatório. O documento publicado apresentava alternativas para a solução do problema na região do Portão do Inferno, bem como a avaliação e classificação de qual seria a melhor aplicada. Entre as possibilidades estavam a construção de um túnel, o desgaste e elevação da lateral do morro e a construção de um viaduto, com uma ponte, sendo a última a melhor delas. “A melhor alternativa corresponde ao viaduto para o Portão do Inferno, em virtude das dificuldades técnicas e do impacto na paisagem relacionadas as alternativas de túnel e corte no morro”, afirma trecho do relatório. Outro estudo realizado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) indicada outras soluções. A adotada pelo governo foi aquela menos considerada pelo relatório, porém, a Sinfra apresentou como justificativa curto prazo de execução, uma opção mais economicamente viável e que permitira a trafegabilidade segura no local. Mesmo assim, o relatório dirigido pelos 4 pesquisadores apontou que seria necessária a utilização de explosivos, que poderiam atingir a pista, obrigando a interrupção no trânsito, além de considerar a possibilidade do orçamento previsto, de quase R$ 30 milhões, ser insuficiente e assim como prazo de 120 dias, o que se provou real. O levantamento previa, também, que ao iniciarem as obras, outras movimentações rochosas poderiam ocorrer, trazendo o risco de problemas no viaduto onde hoje existe a rodovia. “O ponto é que nesse estudo que fizemos, a gente conseguiu prever esse cenário. O que está colocado no estudo acabou se consolidando e o que o governo tinha previsto não se consolidou. Nosso estudo é um estudo técnico, não é uma posição política”, frisou o doutor. Na última terça-feira (24), o governador Mauro Mendes (União) afirmou que, com as escavações, foi encontrado um tipo de solo que torna inviável a continuidade do projeto previsto. “Quando a empresa chegou no local e começou a limpar, percebeu dificuldades. Solicitamos então novas sondagens, feitas do topo do morro. Foi uma mobilização gigante. Colocamos vários guindastes para levar a máquina até o topo. E foi aí que veio a surpresa do tipo de solo encontrado”, declarou o chefe do Executivo. O relatório apontava para esse risco, considerando principalmente as explosões necessárias para o corte do morro, que poderia causar instabilidade na estrutura do morro. “Com este volume de solo de 3ª categoria, é absolutamente necessário a utilização de explosivos, que podem vir a instabilizar outras regiões da MT-251 que, conforme indicado por este estudo, possuem riscos médios a altos de queda de bloco”, apresenta o relatório em trecho da página 60. Um anúncio realizado pela Sinfra na sexta-feira (27), afirmou que as obras serão interrompidas e que uma nova solução será implementada no local, desta vez, com um túnel. O túnel seria uma opção melhor que a da primeira tentativa, porém ainda não é a mais adequada, de acordo com o estudo da UFMT. A obra de retaludamento já consumiu R$ 9.946.664,49. Deste total, o governo realizou o pagamento de R$ 9.387.347,64 de acordo com dados da do Mapa de Obras da Sinfra. A pasta trabalha na elaboração do anteprojeto de engenharia, para realizar outra licitação. O edital para nova contratação deve ser publicado em agosto deste ano.
Por Gazeta Digital 29 de junho de 2025
O ministro da Agricultura e Pecuária, senador licenciado e presidente do PSD-MT, Carlos Fávaro, afirmousa que está dirigindo uma reestruturação no quadro de filiados de seu partido, visando às eleições de 2026. Ele pretende oxigenação no grupo. Sem revelar nomes, Fávaro disse que o diretório tem "disparado convites" para políticos que desejam caminhar na ala centro-esquerda e acredita no êxito das próximas eleições. Em entrevista à imprensa, Fávaro disse que o foco do partido, além de sua reeleição ao Senado, é formar uma grande chapa estadual para disputar a Assembleia Legislativa, já que na atual legislatura a sigla contava com apenas dois nomes, Wilson Santos e Nininho, sendo que esse último já deixou a sigla. “PSD está de forma orgânica reorganizando os quadros, renovando, trazendo gente que nos traz orgulho. Trabalhamos para ter chapas fortes estaduais, tenho convicção que o PSD se tornará uma grande sigla partidária em 2026”, anunciou Fávaro. Por ter um ministro no governo Lula, o PSD em Mato Grosso caminha na ala centro-esquerda, o que desagradou alguns nomes, como Margareth Buzetti, suplente de senadora e Nininho. Temendo represálias dos eleitores de Mato Grosso, considerados extremamente bolsonaristas, os parlamentares afirmam suas insatisfações com a legenda e já anunciaram a debandada. Além de Fávaro e Wilson, a sigla não conta com nomes "históricos' politicamente falando. Internamente, a direção estuda lançar novatos para tentar recompor o quadro, ao menos para a disputa estadual, como a ex-candidata a vice-prefeita de Cuiabá, Rafaela Fávaro, e Irajá Lacerda, secretario executivo do Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA). No mês passado, a sigla chegou a fazer um almoço com alguns políticos para estreitar laços. Júlio Campos e Jayme Campos, ambos do União Brasil, estiveram presentes, mas garantiram que foi apenas visita de cortesia.
Por Persio Oliveira 29 de junho de 2025
O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), José Zuquim Nogueira, se queixou sobre o baixo efetivo do Judiciário mato-grossense e citou que tem enfrentado dificuldades diante da falta de magistrados e outros servidores. De acordo com Zuquim, existem novos setores sendo criados, principalmente no interior, mas não há funcionários suficientes para suprir as demandas. Há um concurso para formação de cadastro reserva que teve resultado divulgado em maio, mas ainda não foi homologado para iniciar as convocações, nem definida a quantidade de aprovados a serem nomeados. “Eu preciso de, no mínimo, 30 juízes hoje. Agora, no mês de julho, vou instalar o juízo de garantias, que é uma determinação e eu tenho que cumprir, mas eu não tenho juiz para isso. Tenho que fazer uma movimentação de 10 juízes e vão ficar 10 unidades vagas. Eu tenho que instalar uma vara em Barra do Garças, contra o crime organizado, mais uma em Peixoto de Azevedo, que está desativada. Eu tenho que instalar mais uma em São Félix do Araguaia, que está desativada. Então, eu preciso de magistrados e eu não tenho magistrados”, argumentou durante evento esta semana. Segundo Zuquim, a defasagem chega ao ponto de não ter oficial de justiça para cumprir os mandados judiciais em algumas localidades. “Têm comarca que eu não tenho um oficial de justiça. Eu tive que nomear oficial de justiça provisório para a comarca não parar. Comarca no norte, em Pontes e Lacerda. Nós temos Cotriguaçu, nós temos Juína, nós temos Colniza e ninguém quer ir para esses lugares. Até para nomear provisoriamente, temporariamente, nós estamos tendo dificuldades”, alegou. O presidente comentou sobre o concurso com provas realizadas este ano para servidores do Judiciário e ainda não há precisão de chamamento. As provas foram realizadas este ano e o resultado divulgado em maio. Apesar das queixas, o presidente não informou quantos servidores espera para preencher vagas, pois aguarda abertura do processo de remoção interna. “Com o processo de remoção, nós vamos ter ideia de cada unidade. Porque o concurso foi feito para ser chamado conforme a necessidade. Especificamente o quantitativo nós não temos. Só depois do processo de remoção interna”, reiterou.
Por Persio Oliveira 28 de junho de 2025
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, adiantou que vai lançar na próxima segunda-feira (30) o Plano Safra 2025, que segundo ele será o maior dos últimos anos. Lula afirmou que vai ajudar os fazendeiros, mesmo que eles façam Pix para Bolsonaro. A declaração foi feita em Tocantins, onde o presidente regulariza sete assentamentos que terão capacidade para beneficiar 896 famílias e entrega 169 títulos de regularização fundiária. “Na segunda-feira vamos anunciar o Plano Safra, o terceiro maior Plano Safra da história, o primeiro foi em 2023, o segundo em 2024 e esse agora. Três anos seguidos, estamos anunciando os maiores Planos Safras da história para o agronegócio e para a agricultura familiar”, disse. Lula acrescentou: “E eu não vou perguntar para quem o fazendeiro votou, não me interessa. Não quero saber se ele é um fazendeiro que faz Pix para ajudar o Bolsonaro na vagabundagem dele, eu não quero saber. O que eu quero saber é se ele está produzindo para esse país e o país está ganhando com isso, ele vai ter o que merece: ele vai ter crédito”, disse. O chefe do Palácio do Planalto disse que os agricultores devem receber crédito porque o Brasil “recebe muito a agricultura brasileira”. “O Brasil está virando verdadeiramente o celeiro do mundo. Mas ao mesmo tempo que vamos fazer o maior crédito para o grande, vamos fazer o maior crédito para o pequeno”, disse. No evento, Lula ainda teceu outras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Passamos dois anos arrumando a casa. Passamos dois anos, fazendo reparo na desgraceira que foi feita. Inclusive, na economia para tentar ganhar as eleições foram gastos equivalente a R$ 300 bilhões nesse país, para ver se ganhava as eleições”, citou. “Não vou parar com a reforma agrária”  Sobre as entregas desta sexta-feira, Lula também disse que o governo vai continuar fazendo reformas agrárias pelo país. “O Brasil tem mais ou menos 5 milhões de pequenas propriedades rurais, dessas propriedades, mais de 4,5 milhões tem até 100 hectares, ou seja, 85% das propriedades são até 100 hectares, portanto são pequenos e médios produtores”, explicou Lula. “São essa gente que coloca comida na nossa boca, são essa gente que produz comida de verdade, para alimentar a gente, para fazer merenda escolar, e para sustentar, inclusive, os grandes fazendeiros. Porque o cara que tem uma grande fazenda de soja ele não cria uma galinha caipira porque não é rentável, mas vai comprar do pequeno produtor. É por isso que vamos continuar fazendo reforma agrária nesse país”, disse. Na agenda oficial, o presidente Lula assinou um acordo de cooperação técnica com o governo do estado que pretende acelerar a regularização fundiária de 1,9 milhão de hectares, equivalente a cerca de 7% do território do estado que atualmente pertence à União. No evento, Lula regularizou sete novos assentamentos que terão capacidade para beneficiar 896 famílias. Além disso, entregou 169 títulos de regularização fundiária em terras públicas federais para agricultores familiares e 17 títulos de propriedade para assentados da reforma agrária. Os sete Projetos de Assentamento contemplados foram: PA Taboca II (930 ha, 39 unidades familiares); PA Recanto da Esperança (781 ha, 57 UF); PA Recanto do Bebedouro (800 ha, 50 UF); PA Águas Claras (1.162 ha, 84 UF); PA Vitória IV (382 ha, 20 UF); PA Santa Maria (4.943 ha, 292 UF); e PA Esmeralda (6.557 ha, 354 UF). Outra medida do governo federal foi entregar 350 títulos de regularização fundiária para moradores de São Bento (TO). Com essa doação, a prefeitura poderá emitir os títulos individuais, consolidando a posse dos terrenos onde essas famílias já construíram suas casas. Esta é a segunda entrega na localidade, de um total que beneficiará 1.028 famílias.
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