Operação mira em ataques contra nova diretoria da Unimed Cuiabá
Equipes da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) deflagrou na manhã desta terça-feira (24) a Operação Short Code, que tem como objetivo combater crimes cibernéticos, notícias falsas e campanhas difamatórias contra a atual diretoria da Unimed Cuiabá. O grupo identificado está ligado à antiga gestão da cooperativa de Saúde.
De acordo com as informações divulgadas pela Polícia Civil, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Cuiabá e Aparecida de Goiânia (GO). Entre os crimes investigados estão os de associação criminosa, injúria, difamação, calúnia de forma qualificada.
A investigação começou após mensagens SMS serem disparadas, de forma massiva, com conteúdo difamatório contra a gestão, a partir de um site específico. Segundo a polícia, as mensagens utilizavam serviços de “short codes” (números de telefone que empresas usam para enviar e receber mensagens em massa, frequentemente usados para marketing, promoções, serviços de atendimento ao cliente) para atrair médicos cooperados a acessar o conteúdo, que continha acusações anônimas contra os atuais diretores da empresa.
As publicações tinham como objetivo destruir a imagem da nova diretoria, que assumiu a cooperativa após uma auditoria identificar um rombo de R$ 400 milhões nas contas do exercício do ano de 2022.
Vínculos
As investigações revelaram que os disparos de SMS partiram de empresas de marketing digital sediadas fora do estado, mas vinculadas a pessoas com ligação direta à antiga gestão do plano de saúde em Mato Grosso.
Os alvos foram vinculados ao uso de linhas telefônicas e serviços de envio de mensagens por meio das plataformas Infobip, MaxxMobi, Ótima Technology e MEX10 Digital, inclusive na empresa apontada como financiadora dos disparos, cujo pagamento foi rastreado até os envolvidos.
O conteúdo das mensagens era divulgado sob o pseudônimo “Edmond Dantès” — personagem da literatura que simboliza vingança —, e o site foi hospedado fora do Brasil, dificultando a responsabilização direta.
A ação contou com o apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) do Estado de Goiás e da Coordenadoria de Enfrentamento ao Crime Organizado da Polícia Civil, que fez a interlocução com o Poder Judiciário e o Ministério Público.









