“Não vejo por que ter mais seis vagas dentro da Assembleia; é exagero”

MidiaNews • 13 de julho de 2025

O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania), criticou a proposta que deve ampliar o número de cadeiras na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e afirmou que será um "exagero" a criação de seis novas vagas.


Para ele, a medida trará impactos administrativos significativos, mesmo sem alterar o orçamento da Casa, que atualmente gira em torno de R$ 881,8 milhões.

 

"Mais três já está bom demais, seis é exagerado, não vejo por que ter mais seis vagas dentro da Assembleia Legislativa. Não digo que vai impactar o orçamento final do Estado, porque o Estado tem um orçamento fixo para a Assembleia, que tem que se virar com esse valor", disse em entrevista ao MidiaNews 


O aumento de seis vagas na Assembleia de Mato Grosso ocorre em decorrência do crescimento populacional do Estado, constatado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

 

A Constituição Federal determina que o número de estaduais deve ser proporcional ao de deputados federais, que, por sua vez, será ampliado de 8 para 11 mato-grossenses na Câmara Federal. Com isso, a Assembleia poderá passar de 24 para até 30 cadeiras.

 

A proposta já foi aprovada no Senado Federal, porém o presidente Lula (PT) disse que não irá sancionar o projeto que aumenta o número de federais. Em contrapartida, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que, se o petista não sancionar até o prazo final, em 16 de julho, ele próprio promulgará.

 

Ao longo da entrevista, o deputado também avaliou a atual gestão da Mesa Diretora, sob Max Russi (PSB), e disse acreditar na próxima eleição a renovação na Assembleia será baixa. Aliado do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), ele também analisou os seis primeiros meses e fez uma previsão de quando o mandato irá "deslanchar".

 

Confira os principais trechos da entrevista (e a íntegra do vídeo no final da matéria):

 

MidiaNews - Ano que vem a gente tem uma nova eleição, qual o balanço faz até o momento do seu trabalho na Assembleia Legislativa?

 

Faissal Calil - Estou muito feliz com o trabalho na Assembleia Legislativa. Estou hoje à frente da Comissão de Defesa do Consolidador e Contribuinte. A energia solar é uma grande pauta que parece que vai acabar e não acaba, porque todo ano, todo mês, todo dia aparece algo que tenta derrubar essa energia renovável e tem que ter alguém para defender a população e o meio ambiente, porque é uma energia renovável que não agride o meio ambiente. E conseguimos, através da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, uma liminar suspendendo a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre energia solar. Foi uma conquista grandiosa.

 

Além disso, a gente tem atuado muito com relação aos pedágios. Ingressamos com uma ação popular contra a Via Brasil, em relação a um aditivo contratual com pedágio lá em Alta Floresta, na MT-208, 320, o parecer do Ministério Público é favorável pela suspensão deste aditivo, que causa um prejuízo para os cofres do poder público e também um prejuízo imensurável para a população local do norte, Colíder, Terra Nova, Canaã, Carlinda.

 

A gente tem brigado nessas pautas, principalmente dentro da Assembleia, de energia e pedágio. E estou sempre pronto para estar estudando, para estar defendendo quem nos colocou lá, que é a população.


MidiaNews - A gente teve uma troca da Mesa Diretora na Assembleia. Como tem analisado o trabalho da nova composição, manteve o padrão que foi deixado pela antiga?

 

Faissal Calil - Estamos melhorando, tem o padrão da antiga mesa e considero o Max um presidente conciliador. Ele tem o dom de conseguir conciliar o Legislativo com o Executivo e com os demais órgãos. Está indo muito bem, creio que tem melhorado. Esse ano de 2025 melhorou muito a relação institucional com outros órgãos e estou feliz por ter acreditado na pessoa do Max Russi, que tem surpreendido a todos nós. Inclusive, acho que ele é uma grande via para ser candidato a governador.

 

MidiaNews - Já que o senhor puxou esse gancho, na eleição de 2022 a Assembleia teve uma renovação baixa, com vários deputados se reelegendo. Acha que em 2026 isso vai se repetir?

 

Faissal Calil - Acho que vai, você vê que a Assembleia tem evoluído. Basta pegar os anos de 2000, 2004, 2008, 2012, e ver o nível dos deputados que tem entrado. É um nível alto, são bons, são pessoas bastante capacitadas, que sabem o que estão fazendo. A renovação vai ser menor por causa do nível dos deputados que lá estão. É um nível excelente. Se comparar com outras casas legislativas, Câmaras, o nível da Assembleia hoje é muito bom.

 

MidiaNews - E tem essa expectativa de chegar ali mais seis deputados por conta dos desdobramentos da bancada federal. Como viu essa decisão? Acha que é o momento mesmo para aumentar tanto ou poderia ter mantido a quantidade anterior?

 

Faissal Calil - Mais três já está bom demais, seis é exagerado, não vejo por que ter mais seis vagas dentro da Assembleia Legislativa. Não digo que vai impactar o orçamento final do Estado, porque o Estado tem um orçamento fixo para a Assembleia, que tem que se virar com esse valor. Mas acho que para o próximo presidente vai ser um grande desafio ter que acolher mais seis deputados. O trabalho vai quase que duplicar, porque você vai ter que fazer novos gabinetes, vai ter que aumentar o RH (recursos humanos), enfim, se fosse aumentar o número de deputados, três já estariam de bom tamanho, seis é exagero.

 

MidiaNews - E os planos do senhor vai ser tentar a reeleição? A gente vê uma movimentação de alguns políticos que estão trabalhando para essa mudança de partido, quando abrir a janela no próximo ano. Pensa em mudar de partido, já recebeu algum convite de outras siglas?

 

Faissal Calil - Sim. Assim que abrir a janela vou para o PL (Partido Liberal). Não escondo isso de ninguém, nas eleições municipais eu estive com o PL, sou da direita, defendo os princípios e as virtudes da direita e vou ir para o partido que me identifico, que é o PL.

 

Não vai ser uma eleição fácil, certo, primeiramente, meu nome está à disposição para ser candidato a deputado estadual, mas se por alguma ventura, alguma diversidade surgir e eu tiver que ir à federal, estou pronto também, não nego isso a ninguém, mas tem que ir com calma. Primeiro assinar a ficha, se filiar, depois a gente escolhe qual o próximo passo.


MidiaNews - Mas isso é consolidado, então, entre a direção do PL e o senhor?

 

Faissal Calil - Consolidado. Participo já de todas as reuniões do PL, o Ananias [presidente do PL em Mato Grosso] é um grande líder, que está à frente e sempre me chama. Considera já como se eu estivesse dentro do time do PL, falta só a questão formal de assinar a ficha e estou esperando a janela.

 

MidiaNews - O senhor foi um dos grandes apoiadores da candidatura do prefeito Abilio Brunini. Que análise faz destes primeiros seis meses de mandato?

 

Faissal Calil - Fui o único deputado da Capital que ficou do lado do Abilio no primeiro turno. É até estranho, me sentia um peixinho fora d'água. O Eduardo Botelho e o Lúdio Cabral, que foram candidatos contra o Abilio, são meus colegas dentro do parlamento, mas eu tinha que defender os meus princípios.

 

Não faço parte da gestão municipal, não tenho nenhum cargo de grande importância dentro, não indiquei ninguém de grande importância, qualquer secretaria que seja, mas fico de fora, na torcida para que dê tudo certo. Acho que está se encaminhando bem.

 

Você percebe que o prefeito Abilio não adentrou em nenhum tema polêmico, no sentido de ser ruim para a população. Então o que ele prometeu na campanha vem cumprido. Esperamos melhoras no transporte, também na saúde, isso tem acontecido aos poucos, porque pegou uma prefeitura muito endividada e a gente sabe que poder público é muito burocrático.


O Abílio tenho certeza que vai começar a deslanchar até o início do ano de 2026, vai começar a entregar obras que a população está esperando: asfalto, as novas Unidades de Pronto Atendimento (Upas), chamar os enfermeiros, médicos.

 

Ele está trabalhando duro, pelo que sei e que sempre converso. Há a questão da burocracia. Para fazer um asfalto, por exemplo, no Residencial Coxipó, não é em um, dois meses que faz. Você pode até conseguir a verba, mas, para se ter uma ideia, o processo licitatório é demorado, vai demorar uns dez meses para fazer só a licitação, executar as obras. Então a entrega vai ser um pouquinho demorada sim, mas acho que a partir do início de 2026, as coisas começam a se encaixar.


MidiaNews - Muitas pessoas têm criticado Abilio por, passados seis meses, ainda culpar Emanuel Pinheiro pelos problemas da cidade. Não estaria na hora de passar a olhar mais para frente e esquecer um pouco a gestão passada?

 

Faissal Calil - Não. É algo natural, ele vai ter que responder esses ataques, porque a oposição hoje acordou. Durante os oito anos que o Emanuel esteve lá, nunca falaram nada e agora querem que os problemas de Cuiabá, que são problemas antigos, se resolvam em três, quatro meses, isso não vai acontecer.

 

Nós temos que ter coerência, é claro que quem é a oposição vai gritar e quem é a situação vai querer demonstrar que tem o trabalho feito, mas que é demorado mesmo. Não tem como deixar de responder à oposição sem lembrar do passado, tem que falar.

 

MidiaNews - O senhor também foi um dos grandes fiadores da candidatura da irmã, Paula Calil, tanto para vereadora quanto presidente da Câmara. Não acha que é uma responsabilidade muito grande assumir o comando do Legislativo municipal no primeiro mandato da vida?

 

Faissal Calil - Sim. Não tenho dúvida disso, mas eu não tinha dúvidas que ela ia conseguir fazer um bom trabalho. Está se dedicando ao máximo, não vejo mais ela na hora do almoço, quase não converso com ela, porque a hora que converso com ela, moramos lado a lado, é no café da manhã e olha lá.

 

Acho que ela tem, sim, segurado as pontas, feito um bom trabalho, sabia que ia ser difícil, aconselhei a não ter saído a presidente para cuidar mais do mandato dela, porque como você vira presidente e cuida mais dos vereadores do que do próprio mandato.

 

Mas foi um chamado também da base, que decidiu que deveria ser ela. A gente não pode fugir de todos os obstáculos, tem que enfrentar. É uma barra pesada, sim, ser presidente, mas acho que ela vem executando um bom trabalho.

 

MidiaNews - A gente vê que a presidente Paula vem sendo muito criticada por uma proximidade com o prefeito. E também tem essa questão do prefeito estar sempre na Câmara. Como vê isso, acha que faz sentido esse tipo de crítica em relação deles?

 

Faissal Calil - Veja bem, falam que é um puxadinho, mas é um puxadinho do bem. Você verifica, por exemplo, os projetos que o próprio Abilio encaminhou para a Câmara. São projetos bons, não são projetos polêmicos, não é aumento de IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), como foi feito no passado. Não é instalação de taxa de lixo, como foi feito no passado. Então, pelo contrário.

 

Eu não vejo… querem desmerecer falando que é puxadinho, mas se for puxadinho, é um puxadinho do bem. Está fazendo um ótimo trabalho.


MidiaNews - Não acha que isso mina um pouco a autoridade dela?

 

Faissal Calil - Mas eles vão falar sempre. Eles não têm o que falar, vão ter que falar isso. Vão falar o quê? Que o Abílio roubou? O Abílio não roubou. O Abílio teve 21 operações policiais nas costas? Não. Porque a base do antigo prefeito teve que segurar esses tipos de rojões, que é muito ruim, trancar processo de investigação, esse tipo de coisa. E hoje em dia não se tem mais.

 

MidiaNews - O governador Mauro Mendes é fiador da candidatura do vice Otaviano Pivetta ao Governo em 2026, mas há certa resistência de alguns setores. Acredita que o Pivetta pode ser um bom governador?

 

Faissal Calil - Ele seria um bom gestor. Nunca falei mal da pessoa do Pivetta como gestor. Acho que não tem nada contra ele enquanto gestão. Acho ele um cara muito coerente, o Mauro deve ter esse compromisso com ele. Por trás dele vem o Max Russi construindo também uma possível candidatura, que é uma coisa natural, uma hora vai chegar do Max. Temos aí a Janaína Riva, que é uma grande liderança em Mato Grosso, está procurando o espaço dela, que é legítimo também.

 

E o governador tem também uma boa fala com o Cidinho, então acho que esses nomes estão do lado do governo.

 

Tem o lado da esquerda, que não sei quem vai ser, não tenho qualquer tipo de conversa, e tem nós da direita do PL, que a nossa intenção é ter uma candidatura própria. Então ou vai ser o Odílio Balbinotti ou vai ser o Wellington Fagundes. 

 

MidiaNews - Acha possível uma composição entre o grupo do governador e os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em Mato Grosso?

 

Faissal Calil - Já teve essa composição no passado, em 2022. Já á teve essa composição, em 2024, nas eleições municipais. Rachou e agora em 2026, pode ser que novamente andem lado a lado, não podemos descartar isso. Pode ser que tenha assim uma aliança entre União e PL. Pode ser que tenha, não podemos descartar.

 

Mas seria complicado, porque a gente que vê de fora, o PL parece muito firme, até pelo resultado que teve nas últimas eleições, da força que o partido ganhou, em lançar um nome próprio mesmo.


MidiaNews - O senhor mencionou o senador Wellington Fagundes, que é uma liderança no PL, em Mato Grosso, mas ele também tem essa questão de já ter recebido algumas críticas dos bolsonaristas. Acha que isso pode prejudicá-lo, de alguma forma, em uma construção em 2026?

 

Faissal Calil - Tem uma ala mais radical que a gente não pode negar, que não vê muito bem o nome do Wellington, mas a gente tem que pensar do partido ter o nome próprio. Essa é a nossa maior preocupação.

 

As pessoas esquecem que o Wellington, durante todo o mandato como senador, sempre votou com a direita. Eu não sei por que tem um pouco dessa animosidade, porque o Wellington foi uma pessoa que sempre votou com a direita. Então, ele tem, sim, que tentar ser o candidato. Ele tem toda a legitimidade para pleitear.

 

MidiaNews - Acha possível ele ser o candidato de consenso se unindo ao grupo de Mendes?

 

Faissal Calil - Eu acho mais difícil, porque o Mauro tem compromissos, primeiro com o Pivetta e tem um certo compromisso com o Jayme, o que afastaria um pouco do Wellington. Mas esse consenso já foi feito em 2022, não descarto que seja feito em 2026. Eles têm um diálogo.


MidiaNews - Qual a chapa ideal para o senhor em 2026 para governador, vice e senadores?

 

Faissal Calil - Para o Governo que seja alguém do PL, independente do nome. Vice, temos que ter alguém que aglutine, que tenha capilaridade, que traga um partido forte, que some. Também é algo indefinido.

 

Senador, para mim, o primeiro nome é José Medeiros. Acho que é a vez dele, já foi senador, fez um ótimo trabalho, teve dois mandatos como deputado federal e sempre votou com a direita. O segundo nome, a gente não tem nada definido ainda. Não sei se o PL vai fazer alguma conjuntura com outro nome.

 

MidiaNews - O senhor, como futuro integrante do PL, acha então que o vice tem que vir de outro partido para trazer mais eleitores?

 

Faissal Calil - Com certeza. Precisamos ter um grupo forte, porque a campanha de governador não é fácil, é igual da prefeitura. A Prefeitura de Cuiabá, quando trabalhamos aqui, só tínhamos o PL. Montamos o PRTB, conseguimos 15 dias antes de fechar a janela regularizar o partido, que estava irregular. Montamos uma chapa, que fez 10 mil votos. Foi uma chapa bem votada, com 26 candidatos. O PL fez 30 mil votos na chapa de vereador, sendo que tivemos duas potências, a Samantha e a Paula, que juntas, deram quase 13 mil votos, quase metade do PL todo.

 

Então, para termos uma candidatura própria, creio que um vice tem que ser de outro partido. Esse segundo nome de senador tem que estar dentro desses dois partidos. É por isso que pode ser alguém ligado ao governador Mauro Mendes, sem problema nenhum. Eu acho que essa é a estratégia certa para o PL em 2026.


MidiaNews - O senhor foi citado no inquérito sobre as emendas da Secretaria de Estado Agricultura Familiar (Seaf) e fez duras críticas à delegada Juliana Rado, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, chamando o levantamento dela de “leviano”. Incluir o senhor nessa investigação foi uma barbeiragem da Polícia?

 

Faissal Calil - Com certeza. Tenho 24 anos de formação, antes de me formar já trabalhava no próprio Poder Judiciário de Mato Grosso. Veja bem, pegaram todo mundo que encaminhou emendas para a Pronatur [Instituto de Natureza e Turismo] nos últimos anos, colocaram num saco e botaram assim: ‘Todos esses aqui tem culpa no cartório’. Já condenaram a gente, sendo que a gente nem é indiciado, não faz parte.

 

E por que falo isso? A Pronatur é um instituto que atua no mercado há mais de 10 anos. A Pronatur é a única associação que vai até os gabinetes e fala,: ‘Temos um trabalho nesse sentido aqui, de entregar kits com esses 16 itens’. A Pronatur que faz isso. Se você vai à Seaf, não tem licitação para isso, eles não fazem esse trabalho.

 

Se você for na Seaf, a própria Seaf vaimandar procurar a Pronatur, que é um instituto consolidado. Se você quiser entregar kit com essas ferramentas para o agricultor familiar, tem que ir atrás da Pronatur’.

 

Eu considero isso aí [as emendas] algo que democratiza o dinheiro público. Por exemplo, se ficar tudo na mão do executivo, se ele tem um adversário político, pode acabar sem mandar nada para a saúde, sem mandar nada para a agricultura familiar.

 

Quando tem as emendas, a gente consegue democratizar o dinheiro público. As emendas são importantes. Infelizmente, criminalizaram uma coisa que é boa, que era para ser boa, que é agricultura familiar, através desse processo. Eu tenho até minhas dúvidas com relação a esse superfaturamento. Essa questão acho que não foi bem avaliada. Por isso que acho que houve, sim, um viés político muito forte por trás dessa investigação. Se fosse algo sério, tinha que ter pegado os secretários anteriores também, onde essa Pronatur também operou, e tinha que pegar o outro registro de preço que tem dentro da própria Secretaria que é mais caro do que o kit que está na Pronator. É tudo muito questionável.


MidiaNews - O deputado Gilberto Cattani, depois de todo esse episódio, chegou a dizer que estava estudando não mandar mais emendas, por causa desse tipo de investigação. Também tem essa insegurança?

 

Faissal Calil - Com certeza. Ano que vem, na hora de mandar emendas, vou repensar, procurar analisar muito melhor para onde está indo. As pessoas têm que entender que o deputado só assina o ofício, nem o projeto acompanha. Esse projeto, quando dada a liberação da emenda, percorre a Secretaria, o Governo de Mato Grosso, o deputado não mexe com o dinheiro. Ele só assina a emenda e, simplesmente, o projeto é protocolado na Secel (Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer), por exemplo, ou na Seaf, ou na Seduc (Secretaria do Estado de Educação), ou na SES (Secretaria do Estado de Saúde) e lá corre, lá que são feitas as licitações, o contrato, o pagamento.

 

O deputado não participa de nada disso, está fora da alçada. Assinou, encaminhou e ponto final. As pessoas não entendem isso.

 

MidiaNews - Para finalizar, acha que será necessário chamar a delegada também para ter essa conversa com os deputados? Já que naquela oitiva da CGE houve uma divergência, eles falaram que não citaram os deputados, mas existe o documento.

 

Faissal Calil - Eu não sei. Gostaria que ela fosse lá. Se eu fosse a delegada entraria em contato com o presidente Max. Sem precisar de convocação, nada, até porque tenho certeza da minha parte que não houve qualquer tipo de ato de corrupção. Tenho certeza. É por isso que eu fiz o desafio. Eu tenho certeza disso.

Por Metrópoles 7 de outubro de 2025
A China praticamente paralisou as compras de soja dos Estados Unidos nos últimos meses, o que acaba abrindo espaço para as exportações do Brasil. É o que mostra um levantamento da American Farm Bureau Federation, centenária entidade do agronegócio norte-americano, que reúne cerca de 6 milhões de agricultores. De acordo com os dados do estudo do órgão, os chineses compraram 26,5 milhões de toneladas de soja dos EUA no ano passado, o que representou cerca de 50% de suas importações totais do produto. Em 2025, no entanto, esse volume recuou para 5,8 milhões de toneladas até setembro. Segundo a entidade do agro norte-americano, “os mercados de soja se tornaram o sinal mais claro de estresse no comércio agrícola dos EUA”. “Durante junho, julho e agosto, os EUA praticamente não enviaram soja para a China, e a China não comprou nenhuma soja da nova safra para o próximo ano comercial”, diz o levantamento. “Mesmo quando os agricultores americanos produzem safras com preços competitivos, a China tem reduzido gradualmente sua dependência dos Estados Unidos, voltando-se para o Brasil, a Argentina e outros fornecedores”, alerta a American Farm Bureau Federation.  Nos nove primeiros meses deste ano, o Brasil vendeu mais de 77 milhões de toneladas de soja para a China, o que indica, segundo a entidade norte-americana, que “a América do Sul interveio para dominar o mercado e deslocar os agricultores americanos”. Outros produtos A mudança no comportamento da China em relação à compra da soja dos EUA se estende também a outros produtos. Em 2025, até aqui, os chineses também não compraram milho e trigo dos EUA, enquanto as exportações de carne suína e algodão seguem em níveis bem reduzidos. De acordo com estimativas do Departamento de Agricultura do governo dos EUA, as exportações agrícolas para o gigante asiático devem chegar a US$ 17 bilhões em 2025. Caso esse número se confirme, haverá uma queda de 30% em relação ao ano passado e de mais de 50% na comparação com 2022. Já para 2026, as exportações agrícolas para a China devem somar apenas US$ 9 bilhões, o que seria o menor patamar desde 2018. Há 13 anos, em 2012, a China desembolsou mais de US$ 25 bilhões em produtos agrícolas comprados dos EUA. Na época, esse montante correspondia a 20% de todas as suas exportações agrícolas. Pedido de socorro a Trump Em carta enviada ao presidente dos EUA, Donald Trump, em agosto deste ano, produtores de soja norte-americanos representados pela Associação Americana da Soja (ASA, na sigla em inglês) pediram que o governo do país feche rapidamente um acordo comercial com a China que assegure contratos expressivos para a compra de soja. Atualmente, a China é o maior comprador de soja do mundo. “Os produtores de soja estão sob estresse financeiro extremo. Os preços continuam caindo e, ao mesmo tempo, nossos agricultores estão pagando muito mais por insumos e equipamentos”, disse a carta da ASA a Trump, na época. No texto, os produtores de soja norte-americanos disseram ainda que “não podem sobreviver a uma disputa comercial prolongada com nosso maior cliente”. Na campanha de 2023-2024, a China comprou 54% das exportações de soja dos EUA, gerando US$ 13,2 bilhões, segundo dados da associação dos agricultores dos EUA. “Quanto mais avançarmos no outono sem chegar a um acordo com a China sobre a soja, piores serão os impactos para os produtores de soja dos EUA”, afirmaram os produtores.
Por Gazeta Digital 7 de outubro de 2025
Na próxima sexta-feira (10) ocorrerá a sessão pública da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB/MT), para a votação para a formação da lista sêxtupla com os candidatos a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) pelo 5⁰ Constitucional da entidade.  A lista também será paritária pela segunda vez consecutiva. Ou seja, serão destacados três nomes de advogados e três de advogadas. O resultado será dado imediatamente após a votação eletrônica. A disputa é pela cadeira deixada por Luiz Ferreira da Silva, que se aposentou em junho deste ano. A sessão iniciará às 13h, quando a presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, abrirá a sessão, na sede da Seccional, em Cuiabá, seguindo os ritos previstos no Provimento 102/2004 e na Resolução 500/2025. Primeiramente, a pauta iniciará com o julgamento de três pedidos de impugnação e um recurso. Em seguida, será lida a relação dos candidatos definitivamente inscritos no processo. Logo depois, um sorteio indicará a ordem dos nomes para a arguição. A comissão de arguição será nomeada na hora pela diretoria, composta por três conselheiros seccionais titulares. Após a arguição, a votação acontecerá de forma eletrônica. O próprio sistema dará o resultado de imediato na tela, identificando cada conselheiro (a) votante e seus respectivos votos. Para ser eleito, o candidato ou candidata precisarão ter metade mais um dos votos dos conselheiros (as) presentes. Não havendo eleitos na primeira rodada, serão realizados até quatro escrutínios. Para encerrar a sessão, a presidente da mesa irá declarar o resultado, ou seja, irá ler a lista sêxtupla, com três nomes de homens e três de mulheres, que será encaminhada ao TJMT, onde será reduzida a uma lista tríplice e, desta, o governador irá homologar o nome do advogado ou advogada que irá ascender ao desembargo pelo Quinto Constitucional
Por Gazeta Digital 7 de outubro de 2025
O ex-prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (PSD) ingressou com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) contestando a decisão do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Mário Kono, que negou o seu pedido para suspender a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara de Cuiabá, que apura possíveis fraudes fiscais, em sua administração (2017-2024). No documento, Pinheiro alega que apresentou prova documental demonstrando possível ausência de fato determinado específico e concreto, o que configuraria ‘fishing expedition’ (pesca probatória), nulidade da prorrogação por ausência de publicidade tempestiva e desvio de finalidade e abuso de poder pela inércia total nos 120 dias iniciais, sem atos investigativos (reuniões, oitivas, requisições ou perícias). O ex-prefeito afirma que busca apenas preservar os seus direitos fundamentais e teme um ‘linchamento virtual’. “A excepcionalidade reside na iminência de prejuízos irreparáveis, como o linchamento público do reclamante, amplificado por declarações políticas da Presidente da CPI e do Relator, inclusive com recusa de oitiva deste, violando o direito fundamental ao contraditório”, diz trecho do pedido. Leia também - Reunião do União Brasil apresenta nomes para AL, mas mantém candidatura de Jayme ‘morna’ O documento aponta, ainda, que, ao não conceder a liminar de suspensão, o Poder Judiciário Mato-grossense poderá causar prejuízos irreparáveis à ‘honra e reputação, amplificados pela exposição midiática e pela recusa em garantir o contraditório’. Além de solicitar a reforma na decisão de 2ª instância para suspender a CPI, Emanuel Pinheiro pede que ela só retorne após análise de mérito do seu pedido, que é pelo arquivamento da investigação. Na decisão reclamada, o desembargador Mário Kono rejeitou todos os argumentos, alegando que a sim delimitação e objeto a investigação, que apura possíveis fraudes fiscais e descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Nesse contexto, em juízo de cognição sumária, não vislumbro, neste momento processual, ilegalidade manifesta na definição do objeto da CPI que justifique a intervenção judicial para suspender seus trabalhos, especialmente considerando a presunção de legitimidade dos atos administrativos e a necessidade de preservação da autonomia do Poder Legislativo”, diz trecho da decisão. Na justificativa apresentada para a criação da CPI, está a possível apropriação indevida de contribuições previdenciárias, configurando, em tese, o delito previsto no art. 168-A do Código Penal Brasileiro, déficit fiscal e ausência de disponibilidade financeira, com despesas empenhadas e não liquidadas nos dois últimos quadrimestres, totalizando mais de R$ 295 milhões, sem a existência de saldo financeiro suficiente para a quitação das obrigações. Também pretende apurar a realização de pagamentos irregulares na transição de governo, com agendamentos bancários estratégicos para sobrecarregar a nova administração, somando mais de R$ 11 milhões, o descumprimento das disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), gerando desequilíbrio nas contas públicas e comprometendo a implementação de políticas públicas essenciais e possível superfaturamento na contratação de empresas para execução de serviços essenciais, sem observância às regras e procedimentos da Lei de Licitações.
Por Gazeta Digital 7 de outubro de 2025
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a "Operação Agrofraude", na manhã desta terça-feira (7), com o objetivo de cumprir 36 mandados contra um grupo criminoso de estelionatário por fraude eletrônica. Ao todo foram cumpridos 17 mandados de prisão, 19 de busca e apreensão. Na investigação, foram identificadas mais de 40 pessoas envolvidas e distribuídas em 9 estados, sendo eles: Amazonas, Acre, Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul Piauí e Mato Grosso, cujos alvos estavam concentrados nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Campo Verde. Com o andamento da investigação, os policiais identificaram que o grupo agia aplicando, golpes do falso intermediário de comercialização de grãos de milho. Estima-se que o prejuízo tenha alcançado R$ 1 milhão das últimas vítimas, todas da região da cidade de Rio Verde, em Goiás, e que, em cinco anos, o grupo já teria movimentado mais de R$ 120 milhões. Em Mato Grosso, a operação foi coordenada pela Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, com apoio de demais unidades da Diretoria Atividades Especiais (DAE) e da Diretoria Metropolitana, sendo empregados 85 policiais e 19 viaturas.
Por Midia News 7 de outubro de 2025
O governador Mauro Mendes (União) afirmou nesta segunda-feira (6) que o Governo de Mato Grosso está em alerta total devido aos casos de intoxicação por metanol que vêm sendo registrados no país. Segundo ele, as equipes de segurança estão devidamente orientadas e preparadas para agir, e pediu que a população denuncie qualquer suspeita de bebida adulterada. “O Governo está em alerta total. As forças de segurança, o Procon e todas as nossas unidades estão devidamente orientadas pela Secretaria de Segurança”, disse Mendes em coletiva à imprensa. “Pedimos ao cidadão que utilize o 181, canal de denúncia anônima, para informar qualquer evidência ou fato suspeito. Assim, nossas equipes poderão fiscalizar e proteger o cidadão e o consumidor mato-grossense”, completou. Mato Grosso teve um caso suspeito, que foi descartado pela Secretaria de Estado de Saúde nesta segunda-feira. A equipe técnica do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) analisou prontuário e exames laboratoriais do paciente, que estava sob cuidados do Hospital Regional de Peixoto de Azevedo. No dia 30 de setembro, A Polícia Militar fechou uma fábrica ilegal de bebidas alcoólicas em Nova Mutum. Uma equipe da Politec foi acionada para analisar o conteúdo, que pode ter sido adulterado com soda cáustica. Panorama no Brasil De acordo com o Ministério da Saúde, até domingo (5) foram registrados 225 casos de intoxicação por metanol no país, entre casos investigados e confirmados. Até o momento, 15 mortes foram associadas à ingestão da substância: dois confirmados em São Paulo e 13 em investigação (7 em SP, 3 em Pernambuco, 1 em Mato Grosso do Sul, 1 na Paraíba e 1 no Ceará).
Por Gazeta Digital 6 de outubro de 2025
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), rebateu as críticas de vereadores de Cuiabá sobre o andamento das obras do Bus Rapid Transit (BRT) na Capital. Em entrevista à imprensa, na última semana, o chefe do Executivo afirmou que as cobranças não contribuem para o avanço do modal, que enfrenta atrasos devido à escassez de mão de obra. “Se criticar resolvesse, eu criticaria o dia inteiro. Sairia dois, 3 dias só criticando. Agora, o governo trabalha com seriedade para resolver problemas e não só com críticas”, declarou Mendes. Conforme noticiou o , os parlamentares têm apontado que a situação “caótica” do trânsito local é agravada pela falta de informações sobre o andamento de obras realizadas simultaneamente pelo governo estadual e pela concessionária de transporte em paralelo à concessionária de água e esgoto. Além do BRT, o cronograma da construção do Complexo Leblon e outras intervenções têm impactado diretamente os comerciantes e motoristas. Ao justificar os atrasos, o governador destacou a dificuldade de mão de obra disponível. “Hoje me dê uma obra que está acontecendo por aí que não esteja atrasada por problema. Essa é a dura realidade”, alegou. Mendes ainda explicou que a escassez não atinge apenas o setor público. “Se todas as lojas, empresas de diversos tamanhos estão com falta de gente para trabalhar. As construtoras estão vivendo esse problema. Nós já rescindimos contrato por conta disso, que a empresa não performava porque não tinha gente, contratamos outra e a nova tá performando mal. Porque ele vai lá no Nordeste, em alguns estados brasileiros, traz mão de obra, o cara fica aqui 15 dias, 30 dias e vai embora, não quer ficar", acrescentou.
Por Gazeta Digital 6 de outubro de 2025
A presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso, Rosa Neide, afirmou que já estão se organizando para disputar candidaturas majoritárias no estado nas eleições de 2026, em conjunto com partidos da base aliada do governo federal. Uma semana após figuras do partido cobrarem pela imprensa um projeto ‘ousado’ da sigla para confrontar o bolsonarismo, a presidente garantiu metas internas e perspectivas grandiosas no palanque do presidente Lula (PT). Em entrevista ao , Rosa explicou que o foco da agremiação está na construção de um projeto político coletivo, e não apenas candidaturas isoladas do PT, prestigiando o arco de alianças presente no governo federal. “O partido vai trabalhar fortemente com a federação e outros partidos da base aliada do governo. Não serão candidaturas do PT em si, mas candidaturas da base do governo”, destacou Rosa Neide ao . Ela também revelou que o PT tem mantido reuniões semanais para tratar da composição das chapas estaduais, federais, ao Senado e ao Governo do Estado. Rosa afirmou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve vir a Mato Grosso para fortalecer a articulação política local. A expectativa é que ele participe de eventos com ministros e lideranças da base aliada, reforçando o compromisso do governo federal com o estado. “O presidente virá a Mato Grosso, junto a ministros, participando da nossa organização. Trabalharemos com força. Não desmerecemos ninguém, Mato Grosso é um estado democrático, que tem espaço para todos. Falas duras não nos amedrontam”, afirmou, em referência às críticas de adversários políticos. A líder petista também defendeu que o partido está empenhado em apresentar um projeto político voltado à população, com foco na melhoria da qualidade de vida dos mato-grossenses. Ela citou parcerias entre os governos federal e estadual como exemplo de atuação conjunta que já beneficia o estado. “Faremos um projeto para melhorar a vida das pessoas, essa é a nossa luta. Estamos vendo como o Governo Federal está sendo parceiro do Governo do Estado, haja vista a BR-163, construção de Institutos Federais, empréstimos para avenidas vicinais. São cerca de R$ 5 bilhões investidos”, afirmou Rosa Neide.
Por Agrolink 6 de outubro de 2025
As exportações brasileiras de soja atingiram 6,5 milhões de toneladas em setembro de 2025, recorde histórico para o mês. O volume reflete a forte demanda internacional, segundo dados do Cepea, e representa alta de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o desempenho das exportações brasileiras de soja em setembro/25 superou expectativas ao atingir 6,5 milhões de toneladas embarcadas, maior volume já registrado para o mês. O dado parcial da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostra aumento de 6,6% frente a setembro de 2024. Apesar do avanço anual, houve retração de 30,3% em relação a agosto — movimento considerado típico para o segundo semestre, quando os estoques internos se reduzem. “Esse comportamento sazonal é comum, mas não impediu que o acumulado do ano alcançasse um novo patamar”, destacam os pesquisadores do Cepea. De janeiro a setembro, os embarques totalizaram 93 milhões de toneladas, outro recorde para o período. O número reforça o protagonismo do Brasil no mercado global da oleaginosa, em um cenário de demanda aquecida e instabilidades climáticas em outros países produtores. A maior oferta de soja na Argentina, principal concorrente sul-americano, exerceu pressão sobre os embarques brasileiros no mês, reduzindo parte do ritmo de exportações. Ainda assim, a qualidade e a competitividade do produto nacional garantiram destaque nos mercados asiáticos e europeus. Além do desempenho nas exportações, o clima segue no centro das atenções dos produtores. O avanço da semeadura da safra 2025/26 de soja no Paraná contrasta com a lentidão observada no Centro-Oeste e Sudeste, onde a escassez de chuvas tem impedido o ritmo ideal de plantio. Com os embarques acumulados em alta e a nova safra sendo implantada sob condições climáticas desafiadoras, o mercado da soja brasileira vive um momento estratégico. A demanda internacional segue firme, mas produtores devem ficar atentos à dinâmica global de oferta e às políticas climáticas que podem afetar a produção nos próximos meses.
Por Gazeta Digital 6 de outubro de 2025
Tentativa de roubo em uma fazenda, na zona rural de Ribeirão Cascalheira (900 km ao leste de Cuiabá), na manhã de domingo (5), resultou na morte de um dos assaltantes. Fazendeiro reagiu, atirou e matou Ronnie Von Barros dos Santos, de 42 anos. O comparsa conseguiu fugir. De acordo com informações apuradas pelo , a Polícia Militar foi acionada, por volta das 8h, para uma ocorrência de roubo em andamento em uma fazenda. Assim que a equipe chegou, encontrou o corpo de Ronnie caído na área. Segundo o relato do funcionário, dois homens encapuzados e armados com revólveres chegaram ao galpão agrícola e o ameaçaram, exigindo informações sobre equipamentos de trator, como sistemas de piloto automático. Como não conseguiram acesso aos equipamentos, os criminosos amarraram o funcionário e o levaram, sob ameaça, até a sede da fazenda. Na casa, o proprietário estava tomando banho quando ouviu os gritos da esposa pedindo socorro. Ele conseguiu entrar pela porta dos fundos e pegar sua arma de fogo. Ao ver a mulher segurada por um dos assaltantes, o fazendeiro efetuou disparos pela janela da residência, atingindo um dos suspeitos, que caiu ao chão. O segundo homem fugiu em direção a uma área de mata, disparando contra as vítimas. Em seguida, o fazendeiro realizou novos disparos ao perceber que o assaltante ferido tentava sacar novamente a arma. Ele ainda atirou contra o pneu do veículo dos criminosos para impedir a fuga e libertou o funcionário que estava dentro do carro. A Polícia Militar constatou que o veículo utilizado no crime era um carro dublê, ostentando uma placa falsa (GWW-5854) pertencente a outro veículo, um Fiat Siena EL, de cor branca. O automóvel verdadeiro, um Fiat Siena Fire prata, possuía registro de roubo em Bom Jardim de Goiás, ocorrido em 9 de setembro de 2025. A área foi isolada e a Polícia Judiciária Civil foi acionada.
Por Ascom 5 de outubro de 2025
Pela primeira vez desde 2020, o avião superou o ônibus como meio de transporte mais usado em viagens pelo Brasil. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Turismo 2024, divulgada nesta quinta-feira (2) pelo IBGE. Segundo o levantamento, 14,7% das viagens realizadas no país foram feitas de avião, contra 11,9% em ônibus. Carro particular segue como principal meio de deslocamento. A pesquisa mostra que, em 2024, foram realizadas 20,6 milhões de viagens no território nacional, número estável em relação ao ano anterior, mas bem acima do registrado durante a pandemia, quando o turismo chegou a apenas 12,1 milhões de deslocamentos em 2021. O dado mais simbólico, no entanto, é a recuperação da aviação, que volta a ocupar posição de destaque como meio de transporte coletivo nas viagens domésticas, superando os ônibus. Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, isso é resultado de políticas públicas para ampliar a conectividade no país e democratizar o acesso ao transporte aéreo. "Com mais conectividade, tarifas acessíveis e infraestrutura adequada, a aviação civil brasileira avança não apenas como um meio de transporte, mas como vetor de integração nacional, que eleva o turismo, aumenta os negócios e gera empregos e oportunidades", afirmou. A aviação civil brasileira avança não apenas como um meio de transporte, mas como vetor de integração nacional, que eleva o turismo, aumenta os negócios e gera empregos e oportunidades", afirma Silvio Costa Filho Movimentação A escolha do avião como principal meio de transporte coletivo nas viagens pelo Brasil está ligada a um conjunto de fatores. O primeiro é o crescimento da renda média do trabalho em 2024, que avançou 4,7% segundo o IBGE. Esse movimento permitiu que mais famílias optassem pelo transporte aéreo, especialmente em viagens de negócios ou lazer de maior distância. Outro elemento é o próprio perfil das viagens. Em 2024, aumentou a proporção de deslocamentos a trabalho, que representaram 28,8% do total. Esse tipo de viagem tende a privilegiar o avião, pela rapidez e pela necessidade de otimizar o tempo. No lazer, embora o carro siga predominante, o avião também ganhou espaço diante da busca por destinos mais distantes, incluindo o crescimento do turismo cultural e gastronômico, em ascensão em várias regiões do país. Há ainda a questão dos custos. Apesar da alta de 11,7% nos gastos totais com turismo em 2024, o avião tornou-se mais atrativo em relação ao ônibus em percursos de longa distância, oferecendo economia de tempo e maior comodidade. Ambiente favorável O avanço da aviação também está ligado a medidas adotadas pelo Ministério de Portos e Aeroportos para criar um ambiente favorável para que as empresas aéreas reduzam custos, aumentem a oferta de voos e cheguem a novos mercados. Uma das iniciativas recentes é o acordo firmado com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para reduzir a judicialização no setor aéreo e diminuir custos operacionais das companhias. Outro instrumento importante é o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) que, só em 2025, terá R$ 4 bilhões disponíveis para financiar projetos das empresas aéreas, sendo que uma das condições é que elas aumentem a frequência de voos em aeroportos regionais. O ministério também conduz o programa AmpliAR, criado para modernizar e aumentar aeroportos regionais, permitindo que cidades médias e pequenas tenham acesso a voos regulares e ampliando a oferta de assentos no mercado. Mesmo não sendo uma ação direta do MPor, é possível citar as reduções contínuas nos custos do querosene de aviação (QAV) como mais um fator importante, já que isso representa cerca de 40% das despesas operacionais das companhias, o que contribui para aliviar a estrutura de custos do setor e amplia as condições para tarifas mais acessíveis.