Empresas receberam R$ 1,8 bi em 5 anos; seis são presos

Mídia News • 8 de novembro de 2024

Seis pessoas de uma mesma família foram presas nesta quinta-feira (07), na operação Gomorra. Segundo o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), os sócios das empresas envolvidas no esquema de fraudes a licitações indicam que Edézio Correa é a figura central da organização criminosa constituída para fraudar licitações e obter vantagens indevidas em prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso.

 

Foram presos o empresário Edézio Correa, que foi réu colaborador da Operação Sodoma, sua esposa, irmã e sobrinhos. 


Conforme o Naco, a partir dos cruzamentos dos dados de parentescos e quadros societários das empresas, foi possível estabelecer um diagrama de vínculos existentes entre as empresas Centro América Frotas Ltda, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda, Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda e Pontual Comércio Serviços Terceirizações Ltda.

As investigações revelaram ainda que nos últimos cinco anos, os montantes pagos às empresas chegam à quantia de R$ 1.8 bilhão, conforme a lista de contratos divulgada no Radar MT do Tribunal de Contas do Estado (TCE) . Durante a investigação, foram verificadas ainda movimentações financeiras entre as empresas envolvidas. 

Segundo o Naco, as empresas investigadas atuam em diversas segmentos, sempre com foco em fraudar a licitação e disponibilizam desde o fornecimento de combustível, locação de veículos e máquinas, fornecimento de material de construção até produtos e serviços médico-hospitalares.

Além de Edézio Correa, também são investigados Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Correa da Silva, Waldemar Gil Correa Barros, Eleide Maria Correa, Janio Correa da Silva e Karoline Quatti Moura. Desse grupo apenas Karoline Quatti não foi alvo de mandado de prisão.

Foram alvos de busca e apreensão as empresas pertencentes aos investigados e a Prefeitura de Barão de Melgaço.

 

Acesse a lista com os montantes pagos pelas prefeituras (AQUI)

Outras fases

 

Por se tratar de uma investigação complexa, o Naco não descarta a realização de novas fases da operação Gomorra com foco nas mais de 100 prefeituras e câmaras que possuem contratos homologados com as empresas investigadas.


Por MídiaNews 15 de setembro de 2025
O secretário de Estado de Segurança, César Roveri, fechou um acordo, na última semana, com os representantes da Segurança de Rondônia e Acre que visa fechar o cerco contra narcotraficantes nas regiões de fronteira. O documento foi assinado pelo coronel, pelo secretário de Rondônia, Felipe Vital, e pelo secretário-adjunto do Acre, Evandro Bezerra, e integra o programa Tolerância Zero contra facções criminosas do estado. De acordo com Roveri, o termo de cooperação vai permitir que os estados trabalhem em conjunto em operações complexas que envolvem narcotráfico internacional, considerando que as regiões enfrentam o mesmo problema em fronteiras com outros países. “Isso vale para capacitação, para o treinamento, para a tecnologia e para as nossas operações integradas, porque quando integramos e utilizamos uma quantidade de efetivo de Mato Grosso e uma do Acre ou de Rondônia, diminui a necessidade de colocarmos um efetivo maior somente de um estado. Os efetivos somados diminuem o gasto público de cada estado e aumentam a eficiência na operação”, explicou. Ele espera que os resultados imediatos sejam o aumento do número de apreensões de drogas, o que considera um ataque direto à parte financeira das facções criminosas. “Se não houver essa união, essa integração, principalmente das equipes de inteligência e agora com tecnologia, se não tiver isso, o crime vai vencer. Eu tenho certeza que a partir de hoje, iremos avançar muito mais”, afirmou o secretário de Rondônia, Felipe Vital. O Acre e Rondônia também comentaram sobre o avanço tecnológico de Mato Grosso na segurança pública. Atualmente, os Grupos Especiais de Fronteira (Gefron) dos três estados já trocam treinamentos, trabalhos de inteligência e informações, além de trabalho no campo operacional. 
Por Gazeta Digital 15 de setembro de 2025
Terras Raras são alvo de 27 pedidos e autorizações para pesquisa mineral em Mato Grosso. Seis empresas - sendo duas com participação de investidores australianos - e 4 pessoas físicas apresentaram junto à Agência Nacional de Mineração (ANM) requerimentos para identificar e explorar no estado essa substância mineral composta por 17 elementos químicos. Segundo a agência reguladora, as áreas visadas estão localizadas em 10 municípios: Cuiabá, Santo Antônio do Leverger, Itiquira, Alto Garças, Guiratinga, Rosário Oeste, Cocalinho, Santa Terezinha, Guarantã do Norte e Colniza. Presentes em turbinas eólicas, carros elétricos, celulares, satélites, equipamentos médicos e até em catalisadores de petróleo e automóveis, esses minerais são considerados essenciais para descarbonização da matriz energética e segurança tecnológica de diversas nações. Apesar do nome, as Terras Raras não são escassas, mas seus minérios difíceis de extrair, já que aparecem em baixas concentrações e raramente em depósitos economicamente viáveis, explica o especialista em Recursos Minerais da ANM, Mathias Heider. Atualmente a China concentra quase toda a produção mundial, sobretudo no refino e na fabricação de superímãs, o que torna o mercado altamente dependente de um único fornecedor. Mas, o Brasil tem condições de mudar esse cenário, avalia Heider. “Com o surgimento das potencialidades de Terras Raras nas argilas iônicas, o país tem tudo para conquistar protagonismo mundial, associado às questões geopolíticas da disputa entre China e Estados Unidos (EUA)”, afirma. Para avançar, no entanto, será preciso ampliar investimentos em pesquisa geológica, desenvolvimento de tecnologias de extração e reaproveitamento de rejeitos, além de consolidar uma política nacional para minerais críticos e indispensáveis. A ANM destaca que o licenciamento ambiental e a avaliação técnica (RFPs) são etapas básicas para viabilizar novos projetos, o que ainda não ocorre em estados como Mato Grosso. As Terras Raras são essenciais por seu valor econômico, impacto na geração de empregos e pela possibilidade de adensar a cadeia produtiva brasileira, indo além da exportação de minérios, pondera o representante da ANM. “O Brasil tem uma janela de oportunidade para desenvolver uma indústria robusta, dominando desde a mineração até a produção de ligas e componentes de alta tecnologia”, reforça.
Por VG Noticias 14 de setembro de 2025
A expansão da soja foi um dos principais fatores que impulsionaram o aumento da produção agrícola de Mato Grosso em 2025. Segundo o 12º levantamento da Conab, referente à Safra 2024/25 de grãos, o Estado ampliou a área destinada à oleaginosa e registrou ganhos de produtividade, contribuindo diretamente para o salto de 18,7% na produção total de grãos. A área plantada em Mato Grosso passou de 21,67 milhões para 22,3 milhões de hectares, sendo boa parte desse avanço atribuída à soja. A cultura permanece como a principal do Estado, ocupando a maior extensão cultivada e sendo determinante para o resultado da safra atual. Além da expansão da área, o Estado registrou um aumento expressivo na produtividade média, que passou de 4.349 para 5.020 quilos por hectare, conforme os dados da Conab.  O levantamento também indica que a revisão metodológica nas estimativas de área e produtividade da soja elevou os números consolidados da produção nacional, que deve alcançar 171,4 milhões de toneladas — um crescimento de 13,3% em relação à safra anterior. Mato Grosso é o principal responsável por esse resultado, respondendo pela maior parte da produção nacional da oleaginosa. A combinação de clima favorável ao longo do ciclo, ampliação de área e avanços tecnológicos no manejo das lavouras sustentou o desempenho do Estado na atual temporada. Com isso, Mato Grosso segue liderando a produção de soja no país e reforça sua relevância na composição do resultado recorde da safra brasileira de grãos em 2025.
Por Ascom 14 de setembro de 2025
A Prefeitura de Cuiabá, por meio do Procon Municipal, vinculado à Secretaria Municipal de Ordem Pública, está atuando com firmeza para apurar reajustes no preço dos combustíveis praticado por postos da capital. A medida foi tomada após denúncias da população sobre um aumento médio de R$ 0,20 no valor dos combustíveis, registrado no mês passado. Assim que as denúncias chegaram, o Procon notificou o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), solicitando esclarecimentos sobre o motivo da elevação repentina. Em resposta, o sindicato informou que os postos vinham, há meses, absorvendo aumentos no custo dos combustíveis repassado pela Petrobras e que, recentemente, parte desse valor começou a ser repassada aos consumidores.  Para confirmar a veracidade da justificativa, o Procon notificou algumas das principais redes de postos da capital e exigiu a apresentação de notas fiscais de compra e venda. Ao todo, foram entregues documentos de 21 postos de uma rede e 12 de outras duas. A equipe técnica do Procon, que conta com um fiscal especializado no setor de combustíveis, está analisando minuciosamente as notas fiscais apresentadas para verificar se os aumentos estão de acordo com as alegações feitas. O objetivo da ação é garantir total transparência na composição dos preços e assegurar que os direitos dos consumidores cuiabanos sejam respeitados. A secretária-adjunta do Procon Municipal, Mariana Almeida Borges, reforçou o compromisso do órgão com a população. "Seguiremos acompanhando a situação de perto até a conclusão do relatório técnico. Nosso foco é proteger o consumidor e garantir uma relação de consumo justa e equilibrada". A ação coordenada entre o Procon, a Secretaria Municipal de Ordem Pública e a gestão municipal reforça o compromisso da Prefeitura de Cuiabá com a transparência, a justiça nas relações de consumo e a valorização dos direitos da população.
Por Gazeta Digital 14 de setembro de 2025
O número de suicídios em Mato Grosso aumentou 256% na última década e, em 2025, já registra o maior patamar para os sete primeiros meses dos últimos 10 anos. Entre janeiro e julho, 196 pessoas tiraram a própria vida no Estado, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Desde 2015, foram 2.611 mortes em Mato Grosso e Cuiabá lidera as estatísticas, com 371 mortes no período e 30 apenas este ano. A psiquiatra Olicelia Poncioni alerta que os números devem ser ainda maiores, pois casos de suicídios são subnotificados devido ao estigma e preconceito com as doenças mentais. “Está em todos os lugares, até em quem aparenta estar bem para evitar as críticas que poderão vir caso se queixe. Está em todas as religiões, sexos, etnias, nacionalidades, naturalidades. Com certeza, a ideação suicida pode ser considerada uma pandemia, é global”.  A médica explica que doenças mentais responsáveis pelo suicídio são multifatoriais e 70% são provocados pela depressão. Os demais são por abuso de substâncias psicoativas, esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar. “Os fatores sociais englobam desde a grande exposição às redes sociais, à enxurrada de informações boas e ruins, levando a comparações e busca pela perfeição. A falta de assistência à saúde mental, difícil acesso aos profissionais, por falta de políticas públicas voltadas especificamente para essa área, ausência de medicações distribuídas gratuitamente pelas farmácias populares do governo federal, ou mesmo pelo estado e municípios, o custo elevado desses tratamentos impactam muito na renda mensal, fazendo com que as pessoas abandonem seus tratamentos”. Médico da família, pósgraduado em psiquiatria, Werley Peres destaca que após a pandemia da covid19 houve um aumento nos casos de depressão em todo o país. “Os números saltaram de 5,8% para 11,3% na população geral, então, praticamente dobrou. Se eu dobrei o número de doentes, obviamente vai aumentar as pessoas abandonem sues tratamentos”.
Por Agrolink 14 de setembro de 2025
As chuvas devem retornar a Mato Grosso na segunda quinzena de setembro, trazendo alívio para a seca que atinge o estado, segundo a EarthDaily, empresa especializada em monitoramento agrícola por satélite. Os modelos climáticos ECMWF e GFS indicam uma virada no clima, favorecendo a recomposição da umidade do solo e criando condições mais seguras para o início do plantio da soja. Atualmente, o estado enfrenta situação crítica, com quase nenhuma chuva nas últimas semanas e níveis de umidade do solo entre os mais baixos dos últimos 30 anos. O calor extremo, com temperaturas acima de 40°C, intensifica a evapotranspiração e agrava a seca, conforme dados da EarthDaily. Felippe Reis, analista de cultura da empresa, ressalta que a chegada das chuvas seria antecipada em relação a 2024 e semelhante ao padrão de 2022, mas há divergência quanto à intensidade: o modelo europeu prevê precipitações acima da média em algumas áreas, enquanto o americano indica chuvas mais restritas. No curto prazo, a seca deve persistir em grande parte do país. Além de Mato Grosso, chuvas significativas são esperadas em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e pontos do Nordeste. Nessas regiões, a umidade do solo está em níveis satisfatórios, permitindo que produtores avancem com o plantio com maior segurança. No Paraná, o cenário é mais desigual: na região Norte, a umidade está abaixo da média e pode atingir o menor nível dos últimos 10 anos, o que pode adiar a semeadura de soja e milho de verão. Apesar das diferenças entre os modelos, ambos indicam temperaturas acima da média no Centro-Oeste, Nordeste e Sul, o que pode limitar a recuperação da umidade em áreas mais secas.
Por MídiaNews 13 de setembro de 2025
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), criticou duramente o uso da bandeira dos Estados Unidos em atos bolsonaristas realizados no último domingo (7), Dia da Independência do Brasil. Max afirmou que os EUA tratam o Brasil e os brasileiros como “submundo” e disse que defende apenas “a bandeira verde e amarela”. “Jamais vou bater continência ou venerar a bandeira dos Estados Unidos ou de qualquer outro país. Eu tenho que ter orgulho do País em que vivo, do Estado em que moro. Jamais venerarei a bandeira de países que acham que somos submundo, que somos uma raça inferior”, declarou. “O 7 de Setembro é para nós fortalecermos o patriotismo, a nossa pátria, o nosso Brasil, porque não existe lugar melhor no mundo”, acrescentou. Sem citar nomes, Max Russi também criticou brasileiros que vão ao exterior para falar mal do País, em clara referência a Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos. “Tem gente que sai para fora do País para falar mal do Brasil. Eu, particularmente, acho isso ignorante e tenho pena, porque o que o Brasil tem, outros países não têm”, afirmou. Eduardo Bolsonaro tem sido o principal articulador das sobretaxas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Soberania O chamado “tarifaço” de Trump sobre produtos brasileiros reacendeu a discussão sobre a soberania do País em suas decisões. Para Max Russi, o governo brasileiro age corretamente ao não se submeter às exigências estadunidenses. Na carta que anunciou as sobretaxas, Trump afirmou que o Judiciário brasileiro realiza uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente. “Somos um povo livre. Precisamos manter isso. Não podemos nos subjulgar ou servir a nenhuma nação. Isso seria dizer: o pobre tem que atender ao rico, porque o rico é rico. [...] Não é porque um país tem condições financeiras ou um império bélico e econômico que é melhor que o Brasil”, disse. “Jamais podemos aceitar isso, e eu, como presidente de um poder como a Assembleia Legislativa, jamais irei aceitar”, completou.
Por Agência Brasil 13 de setembro de 2025
A parceria comercial entre o Brasil e a China tem rendido à economia brasileira um crescimento no número de empregos formais maior que as expansões proporcionadas por demais parceiros. De 2008 a 2022, o número de empregos ligados a exportações para a China cresceu 62%, superando as expansões identificadas nas parcerias com Estados Unidos (32,3%), Mercosul (25,1%), União Europeia (22,8%) e demais países da América do Sul (17,4%). No mesmo período, os postos formais de trabalho ligados a atividades de importação proveniente da China cresceram 55,4%, acima das expansões registradas no comércio importador com a América do Sul (21,7%), União Europeia (21%), Estados Unidos (8,7%) e Mercosul (0,3%). A constatação está no estudo Análise Socioeconômica do Comércio Brasil-China, divulgado esta semana pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). O CEBC é uma instituição sem fins lucrativos que promove o diálogo entre empresas dos dois países. O levantamento considerou parceiros no Mercosul a Argentina, Paraguai e Uruguai. Mais emprego na importação De acordo com o estudo, nas atividades ligadas a importações, a parceria Brasil-China é a maior empregadora, com mais de 5,567 milhões de postos de trabalho, 145 a mais que a União Europeia (UE). O ano de 2022 foi o primeiro da série histórica (iniciada em 2008) em que o comércio sino-brasileiro atingiu o topo do ranking de empregos. Já as atividades ligadas ao setor exportador empregavam mais de 2 milhões de pessoas no comércio sino-brasileiro. Apesar de ter sido o maior aumento ante 2008 (+62%), o comércio exportador para a China fica atrás dos demais parceiros em número absoluto de emprego, perdendo para Mercosul (3,8 milhões), União Europeia (3,6 milhões), América do Sul (3,5 milhões) e os Estados Unidos (3,4 milhões). A analista do CEBC, Camila Amigo, explica que o comércio sino-brasileiro é o que tem menos empregos na exportação por causa do perfil da pauta exportadora para a China, dominada por produtos agropecuários e minerais. “Esses setores, embora altamente competitivos e estratégicos, geram proporcionalmente menos postos de trabalho devido ao seu alto nível de mecanização em comparação a segmentos industriais mais diversificados, como aqueles que têm maior peso nas exportações brasileiras para Estados Unidos, União Europeia e Mercosul”, diz à Agência Brasil. Os dados sobre vagas ocupadas foram colhidos pelos pesquisadores por meio da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), um relatório que empresas fornecem ao Ministério do Trabalho e Emprego. Dessa forma, os dados da pesquisa se referem a empregos formais. O CEBP separa o número de empregos entre importadoras e exportadoras, pois algumas empresas atuam nas duas pontas, o que causaria duplicidade se os dois contingentes fossem somados. Metade do superávit brasileiro A China é o principal parceiro econômico do Brasil, seja nas exportações ou importações. Em 2024 existiam no Brasil cerca de 3 milhões de empresas que exportaram para a China e 40 mil com atividade de importação. Em 2024, segundo o estudo, o país asiático foi destino de 28% das vendas externas brasileiras e origem de 24% de nossas compras externas. A parceria tem resultado em superávit no lado brasileiro, isto é, vendemos mais do que compramos. Em dez anos, o Brasil acumulou saldo positivo de US$ 276 bilhões. Esse montante representa metade (51%) do nosso superávit com o mundo como um todo nesse período. Para os autores do estudo, a relação comercial com a China é estratégica não apenas no comércio exterior, sendo também um pilar da estabilidade macroeconômica. “A manutenção do superávit comercial do Brasil com a China por tantos anos contribuiu para reduzir a vulnerabilidade externa e elevar as reservas internacionais do país”, assinala trecho. “Esse cenário favoreceu o equilíbrio do balanço de pagamentos com a entrada líquida de dólares, o que ajudou a suavizar a volatilidade cambial, proteger a economia de choques internacionais e ancorar expectativas em períodos de instabilidade global”, completa o texto. Futuro da relação A analista Camila Amigo avalia que no cenário em que o Brasil enfrenta o tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos, que aplica taxas de até 50% parte dos produtos brasileiros vendidos aos americanos, o comércio sino-brasileiro apresenta bases sólidas e estruturais e se sustenta na complementaridade entre os dois países. “A China depende do Brasil como fornecedor estável de alimentos, energia e minerais, enquanto o Brasil garante acesso ao maior mercado consumidor do mundo e importa produtos importantes para a produção nacional”, avalia. “O futuro da relação comercial sino-brasileira deve estar baseado em confiança, buscar por diversificação das exportações, sustentabilidade e inclusão socioeconômica, aproveitando não apenas a demanda por commodities, mas também o espaço para novos produtos e novas empresas nesse comércio”, conclui.
Por Ascom 13 de setembro de 2025
Uma comitiva de produtores de queijo artesanal de Mato Grosso embarcou para a França em uma iniciativa inédita, fruto da parceria entre o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT), a Frente Parlamentar do Leite da Assembleia Legislativa do Estado (AL-MT). O objetivo é ampliar conhecimentos, valorizar os produtos locais e dar visibilidade ao setor queijeiro no mercado internacional. Ao todo são 10 propriedades mato-grossenses concorrem ao ‘Mondial du Fromage’ (Mundial do Queijo), realizado em Tours, na França. O deputado estadual Gilberto Cattani destacou a importância da ação conjunta que além de fortalecer os pequenos empreendedores, promove a conexão entre a cadeia produtiva e grandes empresas do setor. “A Assembleia Legislativa agradece ao Sebrae/MT por esta iniciativa, com certeza é um momento ímpar na história do queijo artesanal e da pequena produção do nosso Estado”, disse. Para Valéria Pires, gestora Estadual do Agro, do Sebrae/MT, a missão representa um marco para o setor. “Estamos proporcionando aos pequenos produtores do estado uma experiência enriquecedora, de grandes aprendizados, que contribuirá para a valorização dos queijos artesanais de Mato Grosso e para o fortalecimento das nossas Indicações Geográficas”, ressaltou. Durante a missão técnica, uma das produtoras da Estância Cupertino, localizada na Comunidade Tapaiuna, em Nova Canaã do Norte (MT), destacou a importância da oportunidade proporcionada. Para ela, a experiência foi transformadora. “A gente trabalha com leite, queijo e outros produtos, sempre com muito esforço. Estar aqui, conhecendo outra realidade, aprendendo coisas novas, é um sonho. Minha família mora há 18 anos na mesma propriedade e tira dali nosso sustento. Ver de perto como os franceses valorizam o produtor rural e o queijo artesanal me dá esperança e motiva a gente a continuar”, relatou emocionada e ansiosa pelo resultado do Concurso Mundial que deve ser revelado na próxima semana, dia 24 de setembro. Próximos passos Além de participar do Concurso Mundial, na França, os produtores também se preparam para mostrar a qualidade de seus produtos no próximo Concurso Estadual do Queijo, realizado pelo Sebrae/MT. O evento que chega a sua segunda edição, já tem data marcada, entre os dias 24 e 25 de outubro, acontece em Cuiabá, no Centro de Eventos do Pantanal. As inscrições para produtores interessados já estão abertas e seguem até 5 de outubro. Interessados podem se inscrever nosite oficial do concurso clique aqui. O festival representa mais uma oportunidade de dar visibilidade ao queijo artesanal mato-grossense, fortalecendo toda a cadeia produtiva e incentivando a valorização dos pequenos negócios rurais.
Por Ascom 13 de setembro de 2025
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participaram do anúncio do 12º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025 realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A cerimônia ocorreu na sede da Conab, em Brasília, nesta quinta-feira (11), com a presença do presidente da Companhia, Edegar Pretto e do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Texeira. O último levantamento demostra que a safra se encerrou com 350,2 milhões de toneladas, um novo recorde na série histórica. O vice-presidente Alckmin evidenciou que o recorde é resultado de competência, tecnologia e política pública. “Então a gente fica muito feliz e destaca o papel da Conab, uma política essencial para a gente possa preços mais estáveis e garantir segurança alimentar”, ressaltou. Segundo a Conab, houve uma alta de 16,3% em relação à safra 23/24, um incremento de 49,1 milhões de toneladas, sendo que milho, soja, arroz e algodão representam juntos cerca de 47 milhões de toneladas. O ministro Carlos Fávaro destacou na ocasião que os números são consequências de planejamentos e estratégias. “Como disse o presidente Lula, 2025 começa o ano da colheita. E que boa redundância é essa: falar em colheita farta”, afirmou. Fávaro acrescentou que, somando-se aos grãos, a produção agropecuária brasileira em 2024/2025 ultrapassa 1,2 bilhão de toneladas. “Não se trata apenas dos 350 milhões de toneladas de grãos. Temos ainda cerca de 650 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 70 milhões de toneladas de proteínas animais, 70 milhões de toneladas de frutas, além de celulose e outros produtos. Tudo isso sai do campo, abastece a mesa dos brasileiros e também chega às mesas de consumidores em todo o mundo, graças à competência dos homens e mulheres do agro brasileiro”, concluiu. Segundo o Levantamento, a produção de arroz alcançou 12,8 milhões de toneladas, crescimento expressivo de 20,6% em relação 23/24 e a 4ª maior já registrada. O aumento reflete a expansão de 9,8% na área semeada e as condições climáticas favoráveis, especialmente no Rio Grande do Sul, principal estado produtor. O crescimento na atual safra em relação ao ciclo 2023/24 é atribuído à expansão de 1,9 milhão de hectares na área cultivada, saindo de 79,9 milhões de hectares para 81,7 milhões de hectares em 2024/25, bem como às condições climáticas favoráveis, sobretudo no Centro-Oeste, com destaque para o Mato Grosso, o que influenciou a recuperação na produtividade média nacional das lavouras em 13,7%, sendo estimada em 4.284 quilos por hectare no atual ciclo. O presidente da Companhia, Edegar Pretto, ressaltou que houve três recordes dentro da produção de safra. “Além dessa grande safra, que é a maior de toda a história, nós temos a maior safra de soja, 171.47 milhões de toneladas, é que 13.3% a mais da safra do ano passado. Recorde na produção de milho, 139.47 milhões de toneladas, um aumento extraordinário, de mais de 20%. Maior safra de algodão em pluma, 4.06 milhões de toneladas, 9.6 7% a mais da safra do ano passado”, apresentou. Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. Com a semeadura concluída em todo o país, a área destinada para o grão apresentou redução de 19,9% em relação à safra passada, totalizando 2,4 milhões de hectares neste ciclo. Já a produtividade tende a apresentar uma recuperação, saindo de 2.579 quilos por hectare em 2024 para 3.077 kg/ha neste ano. Ainda assim, a produção está estimada em 7,5 milhões de toneladas nesta safra, redução de 4,5% em comparação com a temporada passada. Mapeamento e produtividade da soja – Como parte do aprimoramento contínuo das estimativas, a Conab divulga a revisão das produtividades das safras de soja 2021/22, 2022/23 e 2023/24 e ajustes na safra 2024/25 a partir da adoção de uma metodologia baseada na integração de sensoriamento remoto e informações de campo, além de ajustes na área cultivada, após realização de mapeamento da cultura. O objetivo é aprimorar a qualidade e a coerência espacial das estimativas, incorporando de forma sistemática sinais observados por satélite que refletem o vigor vegetativo da cultura, ao mesmo tempo em que se preserva o conhecimento de campo e a experiência acumulada pelos informantes e técnicos da companhia. A Companhia também alterou o estoque inicial para a soja na atual safra para 4,32 milhões de toneladas. A produção recorde da oleaginosa permite o aumento nas exportações do grão, com a expectativa de serem comercializadas no mercado internacional 106,25 milhões de toneladas de soja da safra 2024/25, e o incremento no consumo interno, sendo estimadas 57 milhões de toneladas do produto destinadas ao processamento no mercado doméstico. Ainda assim, é esperada uma recuperação nos estoques de passagem de soja, estimado em 9,3 milhões de toneladas ao final deste ciclo. Outras informações sobre o cultivo e as condições de mercado sobre as principais culturas cultivadas no país podem ser encontradas no 12º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, publicado no site da Conab.