"Agro brasileiro é modelo em produção sustentável e exemplo para COP30", destaca Pérsio Landim
Enquanto o Brasil sedia a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, o agronegócio brasileiro volta ao centro das atenções como exemplo de produtividade aliada à sustentabilidade.
O advogado Pérsio Landim, especialista em agroadvocacia, conversou conosco sobre o papel do setor na agenda ambiental global e destacou iniciativas que colocam o país como uma potência verde.
Durante a entrevista, Landim ressaltou a importância de programas como o Caminho Verde Brasil, lançado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que tem como meta recuperar e converter 40 milhões de hectares de áreas já antropizadas, ou seja, terras anteriormente degradadas, em zonas produtivas sustentáveis.
“O Brasil investiu mais de R$ 50 bilhões nesses três anos para viabilizar essa conversão, e já recuperou cerca de 5 milhões de hectares. Tem case de sucesso para mostrar na COP com o compromisso da sustentabilidade alimentar, da energia renovável e dos biocombustíveis. Temos bons exemplos para o mundo”, afirmou.
Landim enfatiza que a presença brasileira na COP30 representa mais do que uma oportunidade de exposição internacional: é um momento de mostrar resultados concretos.
“Não somos apenas uma vitrine. Este é o momento de apresentar tudo o que o Brasil fez em prol do meio ambiente ao longo de 50 anos de recordes de produção de alimentos. Conseguimos crescer apostando em tecnologia, ciência e recuperação de áreas degradadas”, destacou.
Um dos pilares dessa transformação está na biotecnologia e nos bioinsumos, que substituem produtos químicos tradicionais por soluções naturais, reduzindo o impacto ambiental e aumentando a produtividade.
“Os bioinsumos terão papel fundamental na apresentação do Brasil na COP30, mostrando como o país respeita o meio ambiente para produzir alimentos. É um modelo que o mundo começa a seguir”.
Para Pérsio Landim, o futuro do agro brasileiro está diretamente ligado à convergência entre produção e preservação. “O desafio do século XXI é produzir mais, com menos impacto. O agro brasileiro está mostrando que isso é possível. E a COP30 é o palco ideal para que o mundo veja isso de perto”, concluiu.










